Glórias do Passado: março 2009

 

Temporada de 1975/76 - 7ª Parte


O ponto mais alto da época de 1975/76 foi a presença do Vitoria SC na final da Taça de Portugal, depois de uma, verdadeiramente, sensacional caminhada realizada naquela competição, eliminando, entre outros, o FC Porto e o Sporting CP.

Infelizmente, o Vitoria SC acabou por não conseguir conquistar o troféu, sobretudo, devido à prejudicial e muito celebre arbitragem de António Garrido, o árbitro que dirigiu aquela a final da Taça de Portugal.

O percurso que levaria o Vitoria SC à final da Taça de Portugal da temporada de 1975/76 iniciou-se nos 16/avos de final onde eliminou a equipa do FC Famalicão. Jogando na cidade de Guimarães, numa tarde de Domingo de muito sol, o Vitoria SC demonstrou muitas dificuldades em derrotar a briosa equipa famalicense.

Apesar da formação do FC Famalicão militar na 2ª Divisão Nacional era, reconhecidamente, uma equipa valorosa, razão suficiente mas que adicionada a uma certa sobranceria do Vitoria SC, menosprezando o adversário e encarando o jogo como um simples treino, tornou aquela eliminatória bastante complicada.

O Vitoria SC revelou ao longo da partida, obviamente, ser superior ao adversário, porém, o FC Famalicão, motivado por defrontar um grande clube nacional, agigantou-se e complicou bastante a vida à turma vimaranense, oferecendo sempre boa réplica.

Foi um jogo bastante interessante, a espaços bem jogado e muito emocionante pela indefinição no marcador. O Vitoria SC viu-se então impelido pela louvável prestação famalicense a puxar do físico para vencer, fazendo-o, apenas, pela margem mínima.

Triunfo do Vitoria SC por 1-0, com um golo apontado pelo avançado Rui Lopes, já perto do final dos 90 minutos e que assim evitou a realização de um prolongamento, período suplementar que, pelo que fez, o FC Famalicão bem merecia.


Seguiu em frente o Vitoria SC, para na ronda seguinte defrontar o CF Belenenses. Novamente jogando no Estádio Municipal de Guimarães, o Vitoria SC venceu e continuou em prova.

Neste jogo o Vitoria SC realizou uma fantástica exibição, destacando-se, essencialmente, o desempenho de Rui Lopes, o autor dos três golos do triunfo vimaranense.

Durante a primeira parte, então, foi um verdadeiro festival aquele que formação vimaranense proporcionou. Com um futebol rápido, com mudanças de velocidade constantes e sufocantemente atacante, causando constante perigo junto da baliza belenense, o Vitoria SC dispôs de imensas ocasiões de golo para selar, ainda no primeiro tempo, o destino da eliminatória.

Marcou apenas dois golos e chegou então ao intervalo a vencer por 2-0, resultado que, manifestamente, pecava por defeito dado o caudal ofensivo e as oportunidades criadas pelo Vitoria SC.

No início da segunda parte a equipa do CF Belenenses tentou reagir à desvantagem e colocar-se, novamente, na luta pelo apuramento. O Vitoria SC retraiu-se, defendendo a vantagem, e assim acabou por sofrer um golo que reduziu o marcador para 2-1.

Pairou então a sensação da possibilidade de a equipa vinda do Restelo poder chegar à igualdade, contudo, o Vitoria SC soltou as amarras e voltou a dominar completamente o adversário, encurralando-o, de novo, no seu meio campo.

E logo surgiram as oportunidades para acabar com as ilusões azuis, porem, os avançados vitorianos, sobretudo, Tito - bastante infeliz na finalização – forma desperdiçando golos atrás de golos.

Depois de muito porfiar, só a três minutos do fim da contenda o Vitoria SC fez o 3-1, aniquilando, então, qualquer duvida sobre qual das formações seguiria em frente na prova.
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Nos quartos de final da Taça de Portugal houve lugar a jogo grande entre o Vitoria SC e o FC Porto, dois dos principais favoritos à conquista do troféu na edição de 1975/76. Por sortilégio bem favorável ao Vitoria SC, a equipa vimaranense jogaria novamente em Guimarães.
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(Lance entre o avançado vitoriano Rui Lopes e o médio portista Rodolfo, enquanto de longe o defesa central Simões observa a disputa entre os dois jogadores neste Vitoria SC - FC Porto da época de 1975/76)
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(Perante a presença de Seninho, o defesa do Vitoria SC Osvaldinho vai aliviar apesar da presença do guardião vitoriano Sousa)
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O Estádio Municipal de Guimarães apresentou-se completamente lotado para assistir ao decisivo encontro. Foi mesmo uma verdadeira multidão que assistiu a esta magnifica partida entre o Vitoria SC e o FC Porto, realçando-se, a presença de muitos adeptos portistas.

A equipa do Vitoria SC iniciou o jogo dando a iniciativa ao FC Porto, dando-lhe o controle do meio campo. A turma portista, especialmente, em lances individuais de Cubillas, o melhor jogador do FC Porto, foi criando alguns lances junto da baliza do Vitoria SC sem, contudo, criar flagrante perigo.
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(Teixeirinha disputa com vigor este lance com o vitoriano Tito. Ao longe Alfredo Murça observa a jogada)
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(Iniciativa de ataque do FC Porto pelo lado esquerdo, porém, a defensiva vitoriana está atenta e bem colocada no terreno de jogo do Estádio Municipal de Guimarães completamente lotado neste Vitoria SC - FC Porto)
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Por seu turno, o Vitoria SC, mais calculista e privilegiando o colectivismo, jogava em contra ataque, apanhando a formação portista em contrapé e, com rápidas iniciativas, criava verdadeiras oportunidades de golo.

E foi assim que o Vitoria SC ganhou a eliminatória derrotando a equipa do FC Porto por 2-1. Para a turma da Antas marcou Seninho, enquanto para o Vitoria SC apontou Tito o primeiro golo e Rui Lopes, numa magnífica execução, marcou o golo do triunfo.
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(O defesa central vitoriano Torres desarma com eficiência o avançado peruano do FC Porto Cubillas)
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(Novamente Torres, agora numa entrada mais ríspida sobre o jogador do FC Porto Cubillas)
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(O Estádio Municipal de Guimarães, completamente cheio, festeja este golo do Vitoria SC. Os festejos dos jogadores vimaranenses contrastam com o desespero dos portistas)
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O Vitoria SC estava assim nas meias-finais da Taça de Portugal. Pela frente e de modo a chegar à final da prova restava então eliminar o Sporting CP, outro grande do futebol português.

Quanto ao jogo disputado no Estádio Municipal de Guimarães debaixo de um calor tórrido de verão, diga-se que a equipa de Alvalade entrou muito bem na partida, atacando a baliza do adversário e criando algumas dificuldades ao sector defensivo do Vitoria SC.
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(Jogo da meia final da Taça de Portugal entre o Vitoria SC e o Sporting CP. Neste lance, o brasileiro do Vitoria SC Almiro, é desarmado em falta pelo defensor sportinguista)
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Com esta verdadeira entrada de leão o Sporting CP tentava apanhar desprevenido a equipa vimaranenses e assim chegar bem cedo à vantagem. Neste período destacam-se as oportunidades perdidas pelos sportinguista Fraguito e Manuel Fernandes.

Todavia, a equipa do Vitoria SC, bastante experiente, conseguiu suster, com maior ou menor dificuldade, o primeiro ímpeto sportinguista e depois dos 20 minutos de jogo, recompôs-se, equilibrou o jogo, tomou mesmo as rédeas do destino da partida, passando a dominar e a partir de certa altura a superiorizar-se ao adversário.
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Assim, ainda antes do intervalo, o Vitoria SC marcou através do centrocampista Ferreira da Costa e foi para o descanso a vencer por 1-0.
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(Golo do Vitoria SC. Momento em que a baliza do Sporting CP é batida pelo tento de Ferreira da Costa. O guardião Damas já em queda não consegue impedir o golo vimaranense)
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No reinício os vimaranenses mantiveram a mesma toada e o Sporting CP, a muito custo, foi mantendo a baliza de Damas mais uma vez inviolada. O domínio do Vitoria SC, sob a batuta de Almiro e Pedrinho, não se transformou em golos, apesar das oportunidades criadas, algumas falhadas por infelicidade ou imperícia dos jogadores vimaranenses, mas a maioria pelas intervenções excepcionais do guarda-redes sportinguista Damas.

Algo surpreendentemente, quando nada o justificava dada a timidez sportinguista, o Vitoria SC abdicou de jogar nos últimos 10 minutos da partida. Optou pela contenção, pela defesa e conservação do resultado em vez de continuar a jogar da mesma forma autoritária.
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(O capitão Rui Rodrigues e o companheiro Alfredo evitam esta ofensiva do Sporting CP)
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Jogando próximo da sua baliza, trocando a bola em passes com o intuito único de perder tempo e acantonado na sua grande área, o Vitoria SC auto-flagelou-se verdadeiramente e assim sofreu a igualdade.

Mais consentido que merecido, o Sporting CP chegou à igualdade apenas a 4 minutos do fim do jogo por intermédio de Libânio depois de uma excelente iniciativa de Manuel Fernandes. Deste modo, foi necessário realizar-se um prolongamento para decidir o vencedor da partida.
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(Lance individual do n.º 10 do Vitoria SC Tito perante o defensor do Sporting CP, enquanto sob os postes é possivel ver o guarda-redes Damas bastante atento)
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Sentiu-se, então, o publico afecto ao Vitoria SC que lotava o Estádio Municipal de Guimarães rasgando pelas costuras o recinto vimaranense. Acreditando nas capacidades da equipa foi sonora a forma como impulsionaram o Vitoria SC, atingindo o êxtase quando Abreu marcou o golo do triunfo.

E que golo! Ao minuto 11 da primeira parte do prolongamento, o vimaranense Abreu, numa jogada magistral, arrancou do seu meio campo com a bola dominada, em dribles sucessivos foi deixando os adversários para trás, entrou na área sportinguista e com o pé esquerdo rematou de forma indefensável para o guarda-redes Damas, colocando o resultado em 2-1 a favor do Vitoria SC. Foi a conclusão de um período onde o Vitoria SC voltou a dominar e a evidenciar-se bem superior ao adversário.
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(Esta é a jogada que decidiu o jogo da meia final da Taça de Portugal entre o Vitoria SC e o Sporting CP. O vimaranense Abreu vai arrancar para o golo do triunfo)
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Ecoaram então infindáveis festejos entre a massa associativa, responsáveis e jogadores vitorianos, celebrando o triunfo alcançado e a presença pela terceira vez na história do clube na final da Taça de Portugal.


Autor: Alberto de Castro Abreu 0 Comentários

 

Alexandre



Ao longo da sua história foram vários os campos utilizados pelo Vitoria SC como a sua casa de jogos na condição de visitado. Entre eles, destaca-se, naturalmente, o celebre Campo da Amorosa, aquela que foi a casa do Vitoria SC durante cerca de 20 anos, um recinto inaugurado, concretamente, no dia 13 de Janeiro de 1946, numa partida do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, frente ao Boavista FC, e que sobreviveu, praticamente, até finais da década de 70, embora, é certo, a partir de 1965 fosse utilizado mais como campo de treinos ou de jogos das camadas mais jovens, pois a equipa principal passou a apresentar-se no Estádio Municipal de Guimarães.

Inaugurado sem qualquer cerimónia solene, é comum recordar-se, naquele histórico jogo, o triunfo do Vitoria SC sobre a turma axadrezada por 3-1 e o autor do primeiro golo oficial marcado no Campo da Amorosa. O protagonista desse memorável episódio da vida do Vitoria SC é o avançado Alexandre, um jogador vimaranense de naturalidade e vitoriano de gema.

Alexandre da Costa Rodrigues, nascido no ano de 1922, estreou-se pela equipa principal do Vitoria SC com apenas 17 anos de idade, concretamente, no inicio da temporada de 1939/40, e foi, a partir de então, titular no ataque vitoriano, ficando o seu nome ligado a muitos momentos históricos da vida do clube.

Começou desde miúdo a jogar nas equipas mais jovens do Vitoria SC até integrar-se na formação de reservas. Foi de forma algo surpreendente que o jovem Alexandre surge na primeira equipa do Vitoria SC, lançado pelo treinador húngaro Genecy, no arranque da época de 1939/40.

O lugar de avançado centro na primeira equipa do Vitoria SC estava em aberto com a saída de Clemente, um jogador altamente querido pela massa associativa. Para a frente de ataque o Vitoria SC, tentando suprir a saída daquele valioso jogador, contratou vários atletas com experiência, como foram o caso de Arlindo e Tavares vindos do FC Porto e Oliveira do Académico do Porto.

Mas seria no jovem Alexandre a grande aposta para a frente de ataque do Vitoria SC. Terá surgido pela primeira vez como titular na equipa principal num jogo particular, que antecedia o início das competições oficiais, frente ao Leça FC, jogado na cidade de Guimarães e que a turma vimaranense venceu por 5-1.

Um dos golos apontados pelo Vitoria SC nesse desafio foi da autoria, precisamente, do jovem vimaranense Alexandre, finalizando, com eficácia, num pequeno toque um cruzamento a concluir uma jogada individual de Bravo.

Apesar de algumas criticas iniciais vindas da exigente massa associativa do Vitoria SC, com fundamento, sobretudo, na inexperiência e, como se dizia naquela altura, na falta de físico do jogador, o certo é que Alexandre acabou por convencer todos os vitorianos com a qualidade do seu futebol e, essencialmente, com os seus golos.

Acabou por fazer a estreia oficial com a camisola da principal equipa do Vitoria SC na jornada inaugural do Campeonato Distrital de 1939/40, disputada no dia 8 de Outubro de 1939, no Campo do Benlhevai, num encontro em que os vimaranenses receberam e golearam, inapelávelmente, por 14-0 a frágil formação do FC Braga, clube que naquela época sucedia ao extinto Comercial de Braga.

Recordando, concretamente, aquele jogo, diz-se que o Campo do Benlhevai teve uma boa moldura humana a assistir à partida inicial da competição distrital. Alexandre surgiu como titular na frente de ataque do Vitoria SC que, ao intervalo, já vencia a turma bracarense por 6-0.

Sem grandes surpresas o Vitoria SC conseguiria um resultado bem mais volumoso, chegando ao “score” final de 14-0. O jovem Alexandre foi o autor do 12º golo do Vitoria SC, portanto, já no decorrer da segunda metade, e sobre o seu desempenho referiu-se que foi uma exibição manchada pelas inúmeras oportunidades desperdiçadas.

Obviamente tudo justificava-se pela juventude do jogador, pois a verdade, como de resto demonstrou ao longo da carreira, é que Alexandre era uma futebolista de grande qualidade, bastante técnico, inteligente, movimentado e muito oportuno.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1939/40)
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(Alexandre no Vitoria SC)
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Ao longo da primeira época na equipa principal do Vitoria SC, a temporada de 1939/40, o jovem avançado Alexandre marcou 16 golos em todas as competições oficiais, Campeonato Distrital, 2ª Liga Nacional e jogos particulares.

Na época de estreia salienta-se ainda a conquista do Campeonato Distrital da A. F. de Braga - titulo que se tornou habitual na carreira de Alexandre – e também do Campeonato do Minho após uma intensa disputa com o Sporting de Fafe.

Em 1940/41, a temporada seguinte, já Alexandre é peça fundamental na equipa do Vitoria SC. Esta época marca o regresso a Guimarães do treinador Alberto Augusto, técnico que marcará vincadamente a evolução do jovem Alexandre como do próprio Vitoria SC.

O Campeonato Distrital da A. F. de Braga foi novamente vencido pelo Vitoria SC ao qual se juntou, uma vez mais, o triunfo no Campeonato do Minho de 1940/41. O troféu distrital era o quinto consecutivo, enquanto que a competição da região minhota representava a terceira vez consecutiva.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1940/41)
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(Lino, Alexandre, Oliveira, João Bom e Laureta, todos jogadores do Vitoria SC, num campo de futebol na cidade de Barcelos)
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Nesta temporada de 1940/41 o Vitoria SC alcança um novo feito sobejamente reconhecido a nível nacional. Nos quartos de final da Taça de Portugal os vimaranenses tiveram que defrontar o FC Barreirense, campeão distrital da A.F. de Setúbal e a militar na 1ª Divisão Nacional, um conjunto recheado de jogadores internacionais portugueses.

No jogo da 1ª mão o Vitoria SC obtém um surpreendente nulo no Barreiro. Contudo, é no jogo da 2ª mão, disputado em Guimarães, que acontece o imprevisto e que causa grande espanto e repercussão a nível nacional.

A provincial equipa do Vitoria SC cilindra o FC Barreirense por 6-1, eliminando a reputada equipa da margem sul do Tejo da edição da Taça de Portugal. Dos seis golos apontados pelo Vitoria SC destacam-se dois tentos apontados pelo avançado Alexandre, numa grande exibição do ataque vimaranense.

Seguiram-se depois as meias finais da prova onde o Vitoria SC, naturalmente, sucumbiu ao imenso poderio do Sporting CP, acabando eliminado da Taça de Portugal, apesar da honrosa participação.
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(Grupo de jogadores do Vitoria SC na época de 1940/41)

Vem depois a época de 1941/42, aquela que fica marcada na história do clube como a temporada em que o Vitoria SC disputou pela primeira vez o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Ainda nessa mesma época alcançou, também, outro feito notável quando se apurou, pela primeira vez na sua história, para a final da Taça de Portugal, a segunda mais importante prova do calendário futebolístico nacional.

A temporada de 1941/42 iniciou, novamente, com o título de Campeão Distrital da A. F: de Braga. Essa conquista permitia ao Vitoria SC disputar com o campeão do distrital da A.F. de Aveiro o acesso à 1ª Divisão Nacional.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1941/42)
. (O avançado Alexandre no Vitoria SC)
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Era um jogo decisivo e importante para o clube, mas também e, essencialmente, para as gentes de Guimarães que sonhavam com a participação do Vitoria SC na mais alta prova desportiva nacional.

Esse jogo histórico realizou-se no Campo da Constituição na cidade do Porto no dia 11 de Janeiro de 1942, onde o Vitoria SC defrontou o União de Lamas. O Vitoria SC venceu aquele decisivo encontro por 6-4. Alexandre, embora titular na equipa vimaranense, não marcou qualquer golo.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1941/42)
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(Equipas do Vitoria SC e do União de Lamas na celebre decisão de 1941/42)
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Estava assim concretizado o grande sonho e o Vitoria SC participaria no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1941/42, competição que se iniciava em Janeiro de 1942, com a participação dos maiores clubes nacionais da altura.

O primeiro jogo do Vitória SC no Campeonato Nacional da 1ª Divisão ocorreu, concretamente, no dia 18 de Janeiro de 1942, no Campo do Benlhevai, frente ao SC Olhanense, numa partida em que os vimaranenses venceram, de forma concludente, por 4-0. Alexandre, titular, fica novamente em braço, sobretudo devido às magníficas intervenções do guardião Abraãodo SC Olhanense.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1941/42)
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(Alexandre no Vitoria SC)
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Numa prova disputada por 12 clubes, o Vitoria SC terminou classificado no 11º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Esta época de 1941/42 teve ainda outro ponto alto, quando a equipa vitoriana atingiu a final da Taça de Portugal depois de eliminar o Sporting CP nas meias finais.

A final disputou-se no dia 12 de Julho de 1942 no Campo do Lumiar em Lisboa, com a equipa do CF Belenenses, uma grande potência do futebol luso naquela época, a vencer o Vitoria SC por 2-0, conquistando assim a Taça de Portugal. Registe-se a presença de Alexandre na equipa principal neste histórico jogo do Vitoria SC.

Relativamente a esta época de 1941/42, Alexandre foi totalista no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, alinhando em todos os 22 jogos do Vitoria SC e sendo o autor de 10 golos na prova, figurando, atrás de Ferraz, como o 2º melhor marcador da equipa.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1941/42)
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(Alexandre em acção, conduzindo o esferico, no desafio de 1941/42 entre o Vitoria SC e o SL Benfica)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1941/42)
. (Remate de Alexandre numa encontro frente ao Unidos FC de Lisboa)
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Entre a temporada de 1942/43 e a de 1946/47 o Vitoria SC participou sempre no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, pois sagrou-se consecutivamente Campeão Distrital da A.F. de Braga.

O clube vimaranense assumia uma hegemonia total na nossa região passando o seu principal rival na disputa daquelas competições a ser o FC Famalicão e já não o SC Braga como tinha acontecido ate então.

Na época de 1942/43 o Vitoria SC continuava a ser treinado por Alberto Augusto, sagrando-se, uma vez mais, campeão distrital da A. F. de Braga com apenas uma derrota em toda a competição.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1942/43)
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(Alexandre juntamente com outros jogadores vitorianos)
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Apurado para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, Vitoria SC terminou a prova na 8ª posição, tendo como ponto alto do seu desempenho a goleada infligida ao campeão nacional SL Benfica, no Campo do Benlhevai, por 5-1.

Neste jogo em particular destaca-se a excepcional exibição de Alexandre, autor do quarto do golo do Vitoria SC, logo no inicio da segunda metade, e protagonista da jogada que levou ao primeiro golo vimaranense da autoria de Miguel, companheiro que se limitou a encostar a bola para o funda das redes benfiquistas.

Alexandre jogou 16 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1942/43 tendo apontado 9 golos na prova, ocupando, novamente, o segundo lugar na lista de melhores marcadores do Vitoria SC, mais uma vez, atrás de Ferraz.
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(Equipas do Vitoria SC e do SC Olhanense em 1942/43)
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Na época seguinte de 1943/44, o Vitoria SC, sem qualquer dificuldade, sagrou-se novamente Campeão Distrital da A. F. de Braga, enquanto que no Campeonato Nacional da 1ª Divisão realizou uma má época fruto, essencialmente, da interdição que foi alvo o Campo do Benlhevai.

Apesar de tudo, o Vitoria SC foi novamente o 8º classificado na competição. Quanto a Alexandre, diga-se, actuou em 18 encontros do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, apontado 6 golo, sendo assim, a par de Miguel, o melhor marcador do Vitoria SC na prova.

Seguiu-se a temporada de 1944/45, continuando o Vitoria SC a ser treinador por Alberto Augusto. Esta não terá sido uma época – individualmente falando - muito famosa para Alexandre, pois apenas alinhou em 5 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde marcou somente 1 golo..

Relativamente aos resultados da época de 1944/45 registe-se o novo título de campeão distrital da A.F. Braga apesar de novamente ter sido derroto na cidade de Famalicão por 3-2.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1944/45)
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(Alexandre no Vitoria SC)
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC terminou novamente na 8ª posição. Dos triunfos vimaranenses na prova salienta-se a goleada obtida contra o FC Porto, por 4-0, no Campo do Benlhevai, onde Alexandre, jogando, surpreendentemente, como extremo esquerdo fez uma excelente exibição.

A temporada de 1945/56 trás ao comando técnico do Vitoria SC um novo treinador, o conceituado Alexandre Peics.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1945/46)
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Mais uma vez o Vitoria SC sagra-se campeão da região, mas desta vez intitulado como Campeão do Minho devido à extinção da A. F. de Viana do Castelo o que levou à junção numa só prova das equipas do distrito de Braga e de Viana do Castelo.

O Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 inicia-se com o impedimento do Vitoria SC utilizar o Campo do Benlhevai pois, dizia-se na imprensa daquela época, que os maus resultados alcançados pelo Selecção Nacional de futebol deviam-se, sobretudo, ao facto de na máxima prova nacional utilizar-se campos com pequenas dimensões como o do Benlhevai era exemplo.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1945/46)
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Decretado aquele impedimento urgente tornou-se a construção de um novo campo de futebol na cidade de Guimarães. É assim que vai nascer o Campo da Amorosa, inaugurado, como dissemos, a 13 de Janeiro de 1946 num jogo frente ao Boavista FC, que Vitoria SC venceu por 3-1 com avançado Alexandre a ser o autor do primeiro golo oficial naquele recinto.

Num campeonato já disputado por 12 equipas o Vitoria SC terminou, novamente, no 8º lugar da classificação geral. Alexandre voltou às grandes temporadas, actuou em 19 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tendo apontado 10 golos, afirmando-se como melhor marcador da equipa na competição.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1945/46)
. (Equipa do Vitoria SC na época de 1945/46)
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Segue a época de 1946/47, a ultima época em que a participação no Campeonato Nacional da 1ª Divisão dependia do título de campeão distrital. Há novo treinador no Vitoria SC, o português Artur Baeta.

O Campeonato Distrital da A. F. de Braga foi de novo conquistado pela formação de Guimarães. Todavia a conquista deste título já não foi o passeio que havia sido nos anos anteriores. O Vitoria SC teve de ultrapassar inúmeras dificuldades e puxar de todos os seus galões e classe para conquistar o ceptro.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1946/47)
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC fica, mais uma vez, classificado na 8ª posição, numa prova agora disputada por 14 clubes e garantindo assim um lugar na mesma prova na época seguinte.

Esta temporada de 1946/47 foi a ultima época em que o avançado vimaranense Alexandre foi titular. Jogou 19 jogos da principal competição nacional tendo apontado então apenas 3 golos.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1946/47)
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A partir da época de 1947/48 o Campeonato Nacional da 1ª Divisão disputa-se nos moldes que conhecemos actualmente com a prova a ser realizada no sistema de acesso e descidas mediante a classificação obtida e não já fruto de vitórias alcançadas em campeonatos distritais.

Na temporada de 1947/48 chega a Guimarães um novo treinador que vem substituir Artur Baeta. No caso é Alfredo Valadas o escolhido para comandar os destinos da equipa do Vitoria SC, técnico que permanecerá no cargo durante 2 temporadas.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão dessa época o Vitoria SC classificou-se na 7ª posição, precisamente a meio da tabela de uma competição disputada por 14 clubes. O Vitoria SC realizou, diga-se, uma prova extremamente tranquila, garantindo a permanência no escalão – que era o primordial objectivo – com muita facilidade.

Quanto a avançado Alexandre já pouco jogava pela equipa principal. Nesta época de 1947/48, a ultima ao mais alto nível no Vitoria SC, Alexandre alinhou somente em 3 jogos do nacional maior, tendo apontado, ainda assim, 1 golo.

Terminada a carreira de futebolista, Alexandre continuou sempre ligado ao clube, ao menos como ferrenho adepto e um verdadeiro apaixonado pelo desporto e pelo Vitoria SC.
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Personalidade sempre presente na vida associativa do Vitoria SC, destaca-se o facto de Alexandre Rodrigues, eleito em 1955, passar a integrar e durante alguns anos exercer o cargo de vogal da Direcção nos órgãos sociais do Vitoria SC, no elenco presidido pelo Dr. João Mota Prego.

Autor: Alberto de Castro Abreu 1 Comentários

 

Washington


Em meados da década de 70 surgiu no futebol português um defesa central de nacionalidade brasileira que impressionava, sobretudo, pela forte compleição física e pela capacidade de marcação. Washington é um nome conhecido em Portugal, essencialmente, pelos anos que jogou Varzim SC, embora também tivesse representado outros clubes nacionais ao longo da sua passagem pelo nosso país.

Passagem essa que acabou por tornar-se definitiva, pois o brasileiro Washington, terminada a carreira de futebolista, permaneceu em Portugal, passando a desempenhar funções de treinador, sobretudo, na área da formação de futebolistas.

O brasileiro Washington Geraldo Dias Alves, nasceu no dia 3 de Setembro de 1947 na localidade de Barão de Coçais, no Estado de Minas Gerais. O seu percurso futebolístico, claro está, começou no futebol brasileiro onde se notabilizou ao serviço do CR Flamengo.
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(Equipa do CR Flamengo em 1969)
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(Equipa do CR Flamengo em 1970)
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Washington, bastante jovem, representou o popular CR Flamengo desde o ano de 1969 até finais de 1971. Ao serviço daquele grande clube, o defesa Washington realizou um total de 85 jogos, acabando por conquistar, com maior relevância, a Taça Guanabara de 1970.

Fez a sua estreia oficial com a camisola do “Fla” no dia 19 de Novembro de 1969, num encontro entre o CR Flamengo e o S. Paulo FC, em que a formação do Rio de Janeiro foi derrotada, em casa, por 1-4.

Naquela altura, este jovem defesa brasileiro era uma das maiores revelações do “Mengão”, mas Washington era também bastante conhecido por ser irmão de Geraldo Cleofas Dias Alves, um futebolista da década de 70, a quem muitos auguravam enorme futuro e que viria a falecer, inesperadamente, durante uma operação as amígdalas.
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(Equipa do CR Flamengo em 1970)
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(Novamente a equipa do CR Flamengo em 1970)
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(A equipa do CR Flamengo em 1970)
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(No ano de 1970 a formação brasileira do CR Flamengo)
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Entretanto, em 1974, surge a oportunidade de Washington viajar para Portugal para representar o SC Espinho, o mais novo primodivisionario do futebol português. A equipa espinhense participaria pela primeira vez na sua história no Campeonato Nacional da 1ª Divisão na temporada de 1974/75.

O defesa central Washington foi um dos principais reforços do SC Espinho treinado pelo técnico português Fernando Caiado. Chegou ao clube como um jogador muito experiente e cotado, sobretudo, pela passagem pelo CR Flamengo, tendo formado com Valdemar a dupla de defesas centrais do SC Espinho ao longo da época de 1974/75.
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(Equipa do SC Espinho na época de 1974/75)
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(Washington no SC Espinho na temporada de 1974/75)
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Washington fez 24 partidas no Campeonato Nacional da 1ª Divisão ao serviço do SC Espinho, no seu ano de estreia no futebol português, tendo apontado 3 golos na prova. A equipa do SC Espinho é que não foi muito feliz, acabando por ser relegada à 2ª Divisão Nacional, já que não conseguiu escapar ao último lugar da classificação geral.

Permanecendo ao serviço do SC Espinho, Washington jogou a Zona Norte da 2ª Divisão Nacional na temporada der 1975/76. A equipa espinhense não conseguiu o regresso ao convívio dos grandes acabando por terminar a prova somente no 9º lugar da tabela classificativa.
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(Equipa do SC Espinho na época de 1975/76)
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(Washington no SC Espinho)
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Apesar de um ano no segundo escalão do futebol nacional, as capacidades do defesa Washington conseguiram convencer, no caso, o Varzim SC, um clube a militar na 1ª Divisão Nacional, que o contratou no inicio da época de 1976/77. Começava aqui e assim uma relação historia entre o defesa brasileiro Washington e o popular clube da Povoa do Varzim.

Este ingresso no Varzim SC significava, então, o regresso de Washington à 1ª Divisão Nacional. Durante a temporada de 1976/77, onde a equipa varzinista, comandada por António Teixeira, foi uma das sensações da época, o defesa Washington jogou 19 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, sem marcar qualquer golo.
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(Equipa do Varzim SC na época de 1976/77)
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(No Varzim SC na temporada de 1976/77)
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(Washington no Varzim SC)
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(Wasington com o equipamento alternativo do Varzim SC)
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(Em 1976/77 como suplente do Varzim SC)
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(No Varzim SC na época de 1976/77)
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Não sendo considerado titular indiscutível, logo no final da temporada de 1976/77 deixou a Povoa do Varzim e foi reforçar o arqui-rival Rio Ave FC, a militar na 2ª Divisão Nacional, Zona Norte, na época de 1977/78.

Realizou uma excelente temporada ao serviço do clube verde branco, pelo que, regressou novamente à equipa do Varzim SC na temporada de 1978/79. Mais uma fantástica temporada da equipa poveira no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, ainda sob a alçada técnica de António Teixeira, alcançando agora a proeza de terminar a principal competição nacional no 5º lugar da classificação geral.
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(Plantel do Varzim SC na temporada de 1978/79)
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(Washington no Varzim SC)
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Desta feita, Washington foi, praticamente, sempre titular na equipa do Varzim SC. Jogou 23 jogos no nacional maior e marcou 2 golos na competição. Um desses tentos apontados pelo defesa Washington, curiosamente, foi marcado frente ao Vitoria SC, como o golo do triunfo logo na jornada inaugural do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1978/78.

No Estádio da Povoa do Varzim, a equipa varzinista e o Vitoria SC davam o arranque oficial para a principal competição nacional de futebol. Numa tarde de Agosto de 1978, de intenso sol de verão e num recinto repleto de adeptos vitorianos, a equipa vimaranense, com grande objectivos para aquela época, não conseguiu obter um resultado positivo.
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(Equipa do Varzim SC na época de 1978/79)
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(Washington no Varzim SC)
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O Varzim SC acabou por vencer o Vitoria SC por 1-0, com um golo marcado pelo defesa brasileiro Washington, que acabou sendo considerado com um dos melhores jogadores em campo.

O golo decisivo, como se disse, foi apontado por Washington à passagem do minuto 62, na conversão de um livre directo na zona frontal à baliza do Vitoria SC. Washington desferiu um violento remate que bateu, de forma indefensável, o guardião vitoriano Melo.
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(Equipa do Varzim SC na época de 1978/79)
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Alem da potência do seu remate, Washington era um defesa muito famoso, essencialmente, pela forte compleição física e capacidade de choque. Intransponível no jogo aéreo, combativo e duro na marcação, este defesa brasileiro típico era, contudo, lento o que lhe causava sempre inúmeras dificuldades quando o adversário era um jogador rápido.
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Algo surpreendentemente, Washington deixou novamente o Varzim SC no final da fantástica época de 1978/79 para regressar ao Rio Ave FC, agora a militar também na 1ª Divisão Nacional depois de vencer a denominada Liguilha de acesso ao primeiro escalão.
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(Plantel do Rio Ave FC na época de 1979/80)
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(Washington no Rio Ave FC na temporada de 1979/80)
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(Caricatura de Washington com as cores do Rio Ave FC)
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Foi, contudo, uma época conturbada para o clube vilacondense que redundou na descida de divisão, fruto do último lugar na tabela classificativa da 1ª Divisão Nacional portuguesa.

Entre vários técnicos que passaram pelo comando da equipa nenhum fez de Washington um titular indiscutível, por isso, o experiente defesa brasileiro jogou somente 16 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1979/80, não tendo apontado qualquer golo.
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(Washington com as cores do Rio Ave FC)
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No final da época de 1979/80 deu-se nova mudança de clube para Washington. Agora, foi jogar para a 3ª Divisão Nacional, Série B, reforçando a equipa do Lusitânia FC, o clube de Lourosa que tinha acabado de descer da 2ª Divisão Nacional ao terceiro escalão do futebol português.

A equipa de Lourosa apostava fortemente no regresso ao segundo escalão, contratando, para o efeito, vários jogadores experientes e com qualidade bem superior aquele patamar.
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(Equipa do Lusitânia FC de Lourosa na época de 1980/81)
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Não foi, porém, bem sucedido o Lusitânia FC na temporada de 1980/81, acabando a época apenas na 3ª posição da tabela classificativa da sua série, não conseguindo assim o tão ansiado regresso à 2ª Divisão Nacional.

Era, contudo, claro que Washington não era um jogador para actuar naquele escalão. Apesar dos 34 anos de idade o jogador ainda daria mostras que tinha capacidade suficiente para actuar noutro nível.

Surge então, novamente, no Varzim SC no início da época de 1981/82. Disputando a Zona Norte da 2ª Divisão Nacional, numa luta titânica com o SC Salgueiros pelo 1º lugar, Washington foi decisivo para o sucesso da equipa poveira.

O 1º lugar na classificação final da Zona Norte da 2ª Divisão Nacional permitiu ao Varzim SC e ao brasileiro Washington o regresso ao convívio dos grandes do futebol português.
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(Plantel do Varzim SC na época de 1981/82)
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(Washington no Varzim SC)
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(Equipa do Varzim SC na temporada de 1981/82)
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(Novamente no Varzim SC)
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(Equipa do Varzim SC na temporada de 1981/82)
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Na época de 1982/83 e na seguinte de 1983/84, Washington formou com o ex vitoriano Torres uma dupla de defesas centrais de grande categoria. Em ambas as temporadas o Varzim SC conseguiu a manutenção no primeiro escalão nacional.

Apesar da veterania, Washington foi sempre titular indiscutível na equipa poveira. Na temporada de 1982/83, a época do regresso à 1ª Divisão Nacional, Washington jogou 30 jogos e apontou 1 golo, revelando um jogador importantíssimo na carreira da equipa, sendo, juntamente com o guardião Lúcio e o jogador Vitorino, totalistas no Varzim SC.
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(Plantel do Varzim SC na época de 1982/83)
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(Washingtono no Estádio da Luz em 1982/83)
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(Jogadores do Varzim SC na época de 1982/83)
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A época correu com relativa normalidade até à penúltima jornada, altura em que, quando nada fazia prever pela temporada que a equipa vinha realizando, o Varzim SC viu-se em riscos de descer de divisão.

Após cinco derrotas consecutivas, o Varzim SC apenas na última jornada da prova conseguiria garantir, matematicamente, a manutenção na 1ª Divisão Nacional, afinal, o grande objectivo do clube.
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(Equipa do Varzim SC na época de 1982/83)
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(Washington no Varzim SC)
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(Washington liderando o grupo durante um treino)
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Já naquela que foi a ultima temporada de Washington como futebolista profissional no Varzim SC, em 1983/84, o clube poveiro voltou a ser uma das boas sensações do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Sob o comando técnico de José Torres, o Varzim SC classificou-se no 8º lugar da principal competição nacional, enquanto o veterano Washington tornou a ser fundamental na campanha da equipa, actuando em 25 jogos da prova e apontado 1 golo.
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(Plantel do Varzim SC na época de 1983/84)
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(Washington no Estádio da Povoa do Varzim)
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(Em acção ao serviço do Varzim SC)
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(Plantel do Varzim SC na temporada de 1983/84)
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(No Varzim SC na época de 1983/84)
. (Washington no Varzim SC)
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(Equipa do Varzim SC na temporada de 1983/84)
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(Caricatura de Washington com as cores do Varzim SC)
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Terminada a carreira de futebolista, Washington passou às funções de treinador. Comandou pequenos clubes da zona norte do país, como o SC Vianense em 1999/00 ou o FC Tirsense na temporada de 1997/98, mas seria ao serviço do Varzim SC, essencialmente, na formação, que o brasileiro, agora naturalizado português, mais dedicou toda a sua experiência como futebolista.
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(Washington)
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O seu nome voltou a estar na ribalta do futebol português quando os seus filhos, Geraldo e o internacional “A” Bruno Alves, sobretudo este último, tornaram-se famosos, aparecendo então Washington, não apenas como pai destes jogadores, mas também como empresário.
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(Washington com os filhos Bruno e Geraldo)
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(Washington)


Autor: Alberto de Castro Abreu 5 Comentários

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