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(CF Belenenses em 1993/94)
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(Caricatura de Pedro Espinha)
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No final da época de 1993/94 Pedro deixou o CF Belenenses que viria a contratar o guarda-redes internacional jugoslavo Tomislav Ivkovic para o seu plantel. Pedro seguiu viagem para norte assinando um contrato valido por 3 temporadas com o SC Salgueiros.
No SC Salgueiros, Pedro adquiriu mais um nome futebolístico, acrescentando o Espinha ao Pedro, pois na formação de Paranhos já existia um outro Pedro. Assim Pedro, o guarda-redes, passou a ser conhecido por Pedro Espinha, e Pedro, o central, passou a Pedro Reis, o mítico capitão salgueirista.
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O plantel do SC Salgueiros treinado por Mário Reis, integrava na época de 1994/95 alem de Pedro Espinha, mais 3 guarda-redes: o veterano Madureira, e os eternos suplentes Best e Fernando. Nesta equipa do SC Salgueiros pontificavam os extremos Edmilson, brasileiro que jogaria no FC Porto e no Sporting CP, alem do PSG e ainda Basílio, que em Guimarães, virou Basílio Almeida.
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(SC Salgueiros em 1994/95)
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Fez a sua estreia pelo popular clube de Paranhos logo na 1ª jornada da edição de 1994/95 do Campeonato Nacional da 1ª Divisão no Estádio Municipal de Chaves, onde o Desportivo local treinado por António Jesus, recebeu o SC Salgueiros. Excelente estreia de Pedro Espinha, com uma grande exibição e decisiva para a conquista da vitoria alcançada por 0-1 com o golo da autoria de Chico Oliveira aos 44 minutos.
Pedro Espinha alinhou em 33 jogos neste Campeonato Nacional. Foi o titular indiscutível apenas cedendo o seu lugar nas duas ultimas jornadas, onde no decorrer da penúltima foi substituído durante o jogo frente ao FC Porto por Madureira, que viria a jogar também na ultima ronda em Barcelos frente ao Gil Vicente FC, quando estava já tudo decidido para a equipa do SC Salgueiros.
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O SC Salgueiros terminou a prova numa tranquila 11ª posição no Campeonato Nacional. Pedro Espinha com as suas exibições teve grande influência no rendimento de toda a equipa.
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(SC Salgueiros em 1994/95)
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(SC Salgueiros em 1994/95)
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Na época de 1995/96 o SC Salgueiros fez novamente um campeonato tranquilo como bem demonstra o 10º lugar alcançado no final da competição. Pedro Espinha foi totalista alinhando nas 34 jornadas da prova, não dando qualquer hipótese a Madureira e ao jovem Jorge Silva, seus companheiros de posição no plantel salgueirista.
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Grande destaque para o jogo da 6ª jornada quando Pedro Espinha parou todas as investidas do super ataque do Vitoria formado por V. Paneira, Capucho, Dane, Gilmar, Edinho e companhia. O SC Salgueiros venceu em Guimarães o Vitoria por 1-2. No jogo disputado no Estádio D. Afonso Henriques e apitado pelo famoso Carlos Calheiros da A.F. de Viana do Castelo, o Vitoria marcou primeiro por V. Paneira logo aos 9 minutos, mas Basílio, o tal que virou também Almeida em Guimarães, virou o resultado com 2 golos. O Vitoria, e sua armada ofensiva, bem tentaram virar a sorte do marcador mas teimosamente Pedro Espinha foi negando a concretização dos seus intentos.
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(SC Salgueiros em 1995/96)
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(SC Salgueiros em 1995/96)
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(SC Salgueiros em 1995/96)
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Inicia-se a época de 1996/97 com Carlos Manuel no comando técnico do colectivo de Paranhos. Pedro Espinha partia para aquela que seria a sua última temporada no tradicional clube da cidade invicta.
O técnico Carlos Manuel decidiu entregar a titularidade da baliza salgueirista ao jovem Jorge Silva relegando Pedro Espinha para o banco de suplentes. À 20ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão o treinador português determinou uma mudança na baliza do SC Salgueiros depois de duas derrotas consecutivas por 3-1 frente ao Rio Ave FC em Paranhos e com o Marítimo no Funchal.
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Assim, Pedro Espinha estreia-se naquela edição da competição mor do futebol nacional na tarde do dia 16/02/1997, no Estádio Eng. Vidal Pinheiro, no jogo entre o SC Salgueiros e o Leça da Palmeira. Perante cerca de 3.500 espectadores, num terreno extremamente pesado devido as chuvas e sob arbitragem de José Rufino da A. F. Algarve, o turma salgueirista venceu com dificuldade o encontro por 1-0 com o golo a ser apontado logo ao 3 minutos por Abílio na transformação de uma grande penalidade.
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(SC Salgueiros em 1996/97)
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O certo é que, a partir desse momento a equipa do SC Salgueiros iniciou um processo de desenfreada escalada na tabela classificativa, subindo até à luta pelo acesso aos lugares europeus, onde veio a travar uma acesa luta com o Vitoria de Guimarães por lugar na Taça Uefa da época seguinte.
Mas antes de nos referirmos ao dramático final de época em que o SC Salgueiros e o Vitoria chegaram, há que salientar que a partir do momento em que Pedro Espinha foi para o lugar de titular da baliza salgueirista os resultados positivos foram-se sucedendo, contabilizando-se varias vitoria e empates consecutivos. A equipa do SC Salgueiros esteve várias jornadas sem perder. Para esse sucesso contribuiu de incontável forma o guarda-redes Pedro Espinha.
Destaque para as vitórias alcançadas no Estádio das Antas e no Estádio da Luz frente ao FC Porto e SL Benfica respectivamente. No Porto uma vitoria por 1-2 com Pedro Espinha a negar vezes sem conta o golo aos azuis e brancos. Em Lisboa uma empolgante vitoria por 3-4. À 23ª jornada realizada na tarde do dia 16 de Março de 1997 perante cerca de 15.000 espectadores o SC Salgueiros derrotou os encarnados do SL Benfica por 3-4, com uma constante alternância no marcador.
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O SL Benfica partiu na frente do marcador por Edgar aos 16 minutos de jogo, com o SC Salgueiros a empatar e a ultrapassar no marcador por intermédio de Abílio aos 36 minutos e Nandinho aos 62. O SL Benfica empataria e passaria para a frente do marcador com golos do marroquino Tahar aos 63 minutos e João Pinto aos 82. Mas, perto do final, num verdadeiro golpe de teatro, o brasileiro Marcos Severo apontou aos 89 minutos dois golos de rajada.
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(SC Salgueiros em 1996/97)
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Como acima dissemos a luta pelo 5º lugar na classificação do Campeonato Nacional de 1996/97 que permitia o acesso as provas europeias foi travada intensamente entre o SC Salgueiros e Vitoria de Guimarães. À última jornada nada estava decidido. Em Guimarães o Vitoria recebeu e empatou com o SC Braga a 0-0. À mesma hora no Estádio de São Luís em Faro o SC Salgueiros defrontava o SC Farense. Com o resultado a 1-1 o SC Salgueiros beneficia no último minuto de uma grande penalidade que a ser concretizada entreva o lugar europeu à turma de Paranhos.
Abílio, jogador salgueirista, unanimemente considerado especialista na conversão de grandes penalidades errou o alvo e o resultado manteve-se em 1-1 ate final do jogo, garantindo o Vitoria desta forma o acesso às competições europeias.
Pedro Espinha fez um final de temporada brilhante. Os convites sucederam-se. Pedro Espinha recusou renovar o contrato com o SC Salgueiros e numa jogada de antecipação do Vitoria, acabou por rubricar um contrato de dois anos com os vimaranenses que mais tarde viria a ser renovado por mais uma época. Curiosamente, um dia depois de ter assinado pelo Vitoria, Pedro Espinha ainda recebeu uma proposta do FC Porto que o queria para substituir Vítor Baia que havia sido transferido para o FC Barcelona, mas a proposta que chegou tarde demais para as intenções azuis e brancas. Pedro Espinha já era jogador do Vitoria.
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Ao SC Salgueiros chegou o veterano Silvino para substituir Pedro Espinha. A saída de Pedro Espinha esfriou um pouco mais as relações entre o Vitoria e o clube de Paranhos pois em 2 épocas consecutivas o Vitoria “roubava” o segundo jogador ao SC Salgueiros, pois na anterior havia já contratado Basílio Almeida nas mesmas circunstâncias.
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(SC Salgueiros em 1996/97)
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Assim Pedro Espinha integra o plantel do Vitoria de 1997/98 às ordens de Jaime Pacheco para substituir Madureira, que entretanto depois de dispensado assinou pelo Campomaiorense, e para ser em primeira instancia o suplente de Neno. Todavia, dada a sua qualidade, Pedro Espinha foi titular indiscutível no Vitoria alinhando em 33 jogos ao longo de toda a competição relegando o conceituado Neno para o banco dos suplentes.
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O Vitoria fez uma excepcional temporada em 1997/98 terminando a prova na 3ª colocação e garantindo assim mais um apuramento para as competições internacionais de clubes, apesar da crise que se instalou em Guimarães após a substituição de Jaime Pacheco por Quinito no comando técnico quando o clube até estava posicionado na 2ª posição.
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(Vitoria SC em 1997/98)