Nivaldo

Numa altura em que ostentava uma vasta cabeleira loira, o jovem Nivaldo, era considerado, no Brasil, como uma grande promessa na posição de defesa lateral, mas, mais tarde, já em Portugal, tornou-se na verdade num centrocampista de eleição, patenteando agora uma acentuada e inolvidável calvície que passeou classe nos relvados portugueses.

Nivaldo foi inquestionavelmente um dos melhores jogadores brasileiros que jogou no nosso país durante a década de 80. Ao longo dos onze anos que jogou em Portugal, o brasileiro Nivaldo representou o Vitoria SC, SL Benfica, Portimonense SC e a UD Leira, já em final de carreira, revelando sempre tratar-se efectivamente de um futebolista com amplos recursos técnicos e físicos e uma polivalência muito proveitosa.

Natural de Ferreiros, cidade do interior do Estado de Pernambuco no Brasil, Nivaldo Gomes da Silva, nasceu no dia 2 de Agosto de 1958. Em Março de 1973, com apenas 13 anos de idade, começou a sua carreira de futebolista, inscrevendo-se no recém-criado clube da sua terra natal, o União Futebol Clube.

No início do ano de 1975 foi prestar provas às categorias de base do Sport Clube do Recife, um dos principais clubes brasileiros. Aprovado nas captações de jovens valores, Nivaldo foi integrado na equipa do escalão de juvenis do Sport Clube do Recife, e nesse clube haveria de completar todo o processo de formação até atingir o escalão sénior e rubricar contrato profissional.

No ano de 1976 conquistou o primeiro título com expressão colectiva ao sagrar-se Campeão Estadual Pernambucano, no escalão de juniores, ao serviço do Sport Clube do Recife.

Demonstrando grandes qualidades, o jovem Nivaldo foi lançado na equipa principal do Sport Clube do Recife em 1977, pelo treinador Ênio Andrade, com apenas 18 anos de idade.

No seu ano de estreia na equipa principal do Sport Clube do Recife veio a primeira grande conquista como profissional de futebol. O Sport Clube do Recife, com Nivaldo a titular, venceu o Campeonato Estadual do Pernambuco de 1977.

É neste ano que Nivaldo surge na posição de lateral esquerdo. Na verdade Nivaldo sempre foi um médio de raiz, porém, numa emergência, o técnico do Sport Clube Recife, com vários jogadores impedidos, decide apostar em Nivaldo, que já naquela altura demonstrava grande polivalência, na posição de defesa lateral.

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A partir desse bem sucedido improviso, Nivaldo fixa-se definitivamente no lugar de defesa lateral e é nessa posição que torna-se famoso pelos desempenhos protagonizados, de tal modo, que a grande ascensão da sua carreira no Brasil verifica-se como lateral esquerdo.

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(Equipa dos finais da decada de 70 do Sport Clube Recife)

No ano seguinte, o Sport Clube do Recife entra em litígio com a Federação Pernambucana de Futebol e decide não participar no Campeonato Estadual de 1978. Por esse facto, vários jogadores profissionais do clube são cedidos, a título de empréstimo, a outras equipas brasileiros.

É por esse motivo que o jovem Nivaldo vai envergar no ano de 1978 a camisola da AA Portuguesa Santista, da cidade de Santos, disputando o Campeonato Estadual de S. Paulo.
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(Plantel da AA Portuguesa Santista em 1978)

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(Nivaldo na equipa do AA Portuguesa Santista)

(Equipa da AA Portuguesa Santista em 1978)

Terminado o período da cedência temporária à AA Portuguesa Santista, Nivaldo não regressou imediatamente ao Sport Clube do Recife, pois, entretanto, o Cruzeiro de Belo Horizonte, um dos maiores clubes do futebol brasileiro, solicitou um novo empréstimo do jogador.

Nessa sequência, Nivaldo vai alinhar durante o ano de 1979 pela equipa do Cruzeiro de Belo Horizonte, disputando o Campeonato Estadual Mineiro. Nessa importante competição, a equipa cruzeirense foi apenas vice-campeão, perdendo na final para o grande rival o Clube Atlético Mineiro.

(Nivaldo no Cruzeiro de Belo Horizonte)

Finalmente, no ano de 1980, o jovem Nivaldo regressa ao seu clube de origem, o Sport Clube do Recife. Nesse regresso volta a conquistar o Campeonato Estadual Pernambucano com a camisola do Sport Clube Recife e disputa o Campeonato Nacional Brasileiro.

Após essa conquista, Nivaldo decide mudar o rumo na sua carreira e tentar uma experiência no exterior. Portugal seduzia o jovem Nivaldo, sobretudo, pela influencia exercida por António Pimenta Machado, um emigrante português residente no Recife, primo do então Presidente da Direcção do Vitoria SC, e que ao longo de décadas aconselhou muitos valiosos jogadores brasileiros ao clube da cidade berço.

Nivaldo conseguiu convencer os dirigentes do Sport Clube do Recife a cedê-lo, inicialmente por empréstimo, ao Vitoria SC. É assim que Nivaldo chegou a Portugal no dia 22 de Agosto de 1980 afim de reforçar a equipa do Vitoria SC para a nova temporada de 1980/81.

Nivaldo chegou bastante entusiasmado com a possibilidade de singrar no futebol português e europeu. O Vitoria SC era naturalmente a porta de entrada e terá sido mesmo em Guimarães que Nivaldo terá vivido a melhor fase da sua carreira futebolística.

A época de 1980/81, já da inteira responsabilidade do novo Presidente da Direcção do Vitoria SC, Pimenta Machado, teve como ponto inicial a entrada de jogadores conceituados e de qualidade que reforçariam o plantel vimaranense que estaria sob o comando do técnico Fernando Peres.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1980/81 no Estádio da Luz)

(Nivaldo com a camisola do Vitoria SC na temporada de 1980/81)
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(Vitoria SC - Academica de Coimbra, lance individual de Nivaldo)
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Depois de um início de prova algo titubeante o Presidente da Direcção do Vitoria SC, insatisfeito com os resultados conseguidos até então, decide despedir Fernando Peres e Cassiano Gouveia, a dupla técnica que comandava a equipa, à passagem da 7ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão depois de uma derrota frente ao SC Espinho por 3-1, precisamente no jogo da estreia oficial de Nivaldo.

Para os substituir chegam a Guimarães, o mestre José Maria Pedroto, coadjuvado por António Morais e Artur Jorge. O Vitoria SC melhorou significativamente de produção, alcançando resultados bem mais consentâneos com a valia da equipa.

A época de 1980/81 terminaria com o Vitoria SC classificado no 5º lugar da geral, um lugar de destaque numa época de bom nível, mas que não chegava para cumprir o objectivo do clube em alcançar as competições europeias.

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(Equipa do Vitoria SC na época de 1980/81)
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Nivaldo foi titular no meio campo do Vitoria SC na época de 1980/81, sobretudo, após a chegada ao clube de José Maria Pedroto. Foi o mestre Pedroto quem descortinou no jovem brasileiro todas as características necessárias para um centrocampista de qualidade.

Foi a partir daí que brasileiro Nivaldo deixou de ser utilizado preferencialmente na posição de lateral e passou a assumir funções no meio campo do Vitoria SC, formando o sector intermediário do Vitoria SC com Ferreira da Costa, Festas e Abreu.

Naturalmente, pela sua polivalência, Nivaldo, sempre que necessário, também actuava em outras posições no terreno de jogo, sobretudo naquelas em que as suas características defensivas mais se enquadravam.

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(Nivaldo em acção no SL Benfica - Vitoria SC da época de 1980/81)
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Assim, no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1980/81, o brasileiro Nivaldo actuou em 22 encontros, apontado apenas 1 golo. Nivaldo estreou-se oficialmente com a camisola do Vitoria SC no dia 19 de Outubro de 1980, apenas à 7ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, na partida que os vimaranenses disputaram no Campo da Avenida frente ao SC Espinho.

Neste encontro que a equipa espinhense venceu o Vitoria SC por 3-1, o brasileiro Nivaldo foi titular, alinhando precisamente na posição de lateral esquerdo. Apesar da titularidade, Nivaldo não jogou toda a partida tendo sido substituído aos 71 minutos pelo avançado vimaranense Salvador.

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(Em 1980/81 no Vitoria SC)
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Já a estreia auspiciosa de Nivaldo na posição de centrocampista ocorreu no importante encontro disputado no Estádio da Luz, à 11ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, entre o SL Benfica e o Vitoria SC. Nivaldo foi mesmo a grade surpresa engendrada por José Maria Pedroto para aquele especifico encontro em que o Vitoria SC, secundado por uma enorme falange de apoio, apesar de derrotado por 2-0, realizou uma excelente exibição.

Já agora, referencia para o primeiro e único golo apontado por Nivaldo com a camisola do Vitoria SC na temporada de 1980/81. Ocorreu à passagem da 17ª jornada, precisamente no dia 18 de Janeiro de 1981, na partida disputada entre o Vitoria SC e o CS Marítimo no Estádio Municipal de Guimarães. Os vimaranenses venceram por 2-0, tendo Nivaldo apontado, aos 85 minutos, o segundo golo do encontro.
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(Nivaldo com Damas assistindo à demonstração de José Maria Pedroto)
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Entretanto, antes do final da temporada de 1980/81, o Vitoria SC conseguiu a contratação a título definitivo do médio brasileiro Nivaldo, rubricando um contrato valido por três anos e garantindo assim a continuidade deste fundamental jogador em Guimarães.

O Vitoria SC na época de 1981/82 continuava sob a égide de José Maria Pedroto., que naturalmente, reservara um lugar de titular no meio campo da equipa vimaranense, formado, nesta temporada pelo trio Pedroto, Nivaldo e Abreu.

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(Plantel do Vitoria SC na época de 1981/82)

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(Nivaldo no Vitoria SC)

(Nivaldo em acção no Estádio do Besssa no inicio da epoca de 1981/82 no Boavista FC - Vitoria SC)

A equipa vimaranense protagoniza mais uma época de alto nível, terminando a prova no 4º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1981/82, sem perder qualquer encontro disputado no seu reduto.

Todavia, o 4º lugar alcançado na prova, sendo uma das melhores classificações de sempre do Vitoria SC, não foi porem suficiente para atingir a tão almejada participação nas provas internacionais de clubes. É o SC Braga que vai à Taça das Taças, por ter participado na final da Taça de Portugal contra o Campeão Sporting CP.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1981/82)

(Nivaldo com a camisola do Vitoria SC no Estádio da Luz)

(Nivaldo junto ao relvado tentando desarmar Manuel Fernandes do Sporting CP)

Quanto a Nivaldo, titular indiscutível no Vitoria SC, realizou, ao longo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1981/82, um total de 27 jogos. Nesta competição foi o autor, mais uma vez, de apenas 1 golo, obtido na vitória por 4-1 frente à UD Leiria em Guimarães.

Foi de grande qualidade a temporada que Nivaldo desempenhou ao serviço do Vitoria SC. No final da época, naturalmente, choveram varias propostas bem tentadoras para contratar os serviços do centrocampista brasileiro.

(Equipa do Vitoria SC na época de 1981/82)

(Nivaldo no Vitoria SC)

(Nivaldo no Vitoria SC na época de 1981/82)

Do estrangeiro falou-se bastante no interesse dos espanhóis Atlético de Madrid e, em Portugal, constou-se, sobretudo, a vontade do FC Porto - para onde José Maria Pedroto, profundo admirador do atleta, tinha regressado – em contratar o atleta. O certo é que apesar dos vários interessados, o médio Nivaldo permaneceu em Guimarães ao serviço do Vitoria SC.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1981/82 no Campo da Avenida em Vila do Conde)

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(Nivaldo surge em Lance divido no desafio entre o SL Benfica - Vitoria SC na época de 1981/82 no Estadio da Luz)

A época seguinte de 1982/83 seria a temporada que marcaria o regresso do Vitoria SC às competições europeias de clubes fruto de uma brilhante campanha que levou o clube, mais uma vez, ao 4º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1982/83. Sob o comando do jovem treinador Manuel José, o Vitoria SC passou muita classe pelos campos de jogos nacionais naquela temporada.

Nivaldo foi novamente titularíssimo na equipa do Vitoria SC da época de 1982/83, novamente no meio campo, formado, desta feita, com Paquito e Abreu. O brasileiro foi também dos jogadores mais utilizados por Manuel José ao longo da época, realizando 30 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde voltou a marcar o seu único golo da praxe, obtido na vitoria caseira dos vimaranenses sobre o Amora FC por 7-1.

(Equipa do Vitoria SC na época de 1982/83)

(Nivaldo no Vitoria SC na temporada de 1982/83)

(Nivaldo atento neste encontro entre o Vitoria SC - FC Porto)

O centrocampista Nivaldo era realmente um dos jogadores mais produtivos e preponderantes do Vitoria SC. Para alem de ser o verdadeiro motor da equipa, não só zona defensiva, como também no inicio dos lances de ataque.

Era um jogador com assinalável estampa física. Muito sólido no aspecto físico, é certo, mas ao mesmo tempo muito macio e aveludado no trato do esférico. Tinha um toque de classe que fazia toda a diferença, alem do seu sentido posicional e admirável leitura de jogo.

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1982/83)
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(Nivaldo no Vitoria SC na época de 1982/83)
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(Nivaldo assiste ao remate de Abreu no desafio entre o Vitoria SC - Varzim SC disputado no Estádio Municipal de Guimarães)

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Na posição de médio centro defensivo, tradicionalmente designado de trinco ou cabeça de área, era a posição no terreno de jogo em que mais se adequavam as características de Nivaldo.

Nesse lugar permitia-se-lhe ficar bem perto dos defesas centrais, fazendo uso de toda a sua eficácia defensiva, e ao mesmo tempo, ser o primeiro condutor nos lances ofensivos, onde os lançamentos para contra ataques eram magistrais e os remates de meia distancia perigosíssimos.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1982/83)

(Nivaldo no Vitoria SC na temporada de 1982/83)

(Nivaldo assiste a este golo do SL Benfica, da autoria de Carlos Manuel, no desafio dispuatdo no Estadio da Luz em 1982/83)
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Mas em Nivaldo o que verdadeiramente impressionava era a sua polivalência. Uma polivalência imposta mas a qual nunca implicava um menor rendimento do seu jogo. Exactamente neste aspecto é que Nivaldo impressionava e causava grande admiração no público e nos críticos desportivos daquele tempo.

Nivaldo tanto actuava na posição de lateral, onde de resto, ficou mais famoso no Brasil, como a centrocampista, por exemplo, no período áureo da sua carreira no Vitoria SC. Mas o brasileiro Nivaldo também actuou muitas vezes na posição de libero no Portimonense SC, como a defesa central, no período em que representou a UD Leiria.

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(Equipa do Vitoria SC na época de 1982/83)

(Nivaldo com a camisola do Vitoria SC)

(Vitoria SC com o equipamento alternativo na temporada de 1982/83)

(Nivaldo no Vitoria SC)

No final da época de 1982/83 é o SL Benfica que tudo faz para contratar o brasileiro Nivaldo ao Vitoria SC. Alias, Nivaldo é mesmo um jogador do agrado do treinador benfiquista Sven Goran Erikson, que, sendo apreciador das suas qualidades, aconselha vivamente a sua contratação.

O brasileiro esteve com um pé no SL Benfica no início da temporada de 1983/84. Surpreendentemente, os encarnados depois de chegarem a acordo com o Vitoria SC para a transferência do jogador, não conseguem convencer o jogador a assinar contrato, pois os valores oferecidos ficavam muita aquém daquilo que pretendia.

E assim Nivaldo continua na época de 1983/84 ao serviço do Vitoria SC. Esta época marca o regresso do Vitoria SC às competições europeias de clubes, disputando a Taça Uefa. Nivaldo está no onze titular do Vitoria SC que disputa as duas mãos da 1ª eliminatória da Taça Uefa frente aos ingleses do Aston Villa.

(Plantel do Vitoria SC na época de 1983/84)
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(Nivaldo no Vitoria SC na temporada de 1983/84)
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(Duelo com Frasco do FC Porto numa partida em 1983/84)
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o objectivo passava por atingir os lugares cimeiros da tabela classificativa. Para treinador é contratado o austríaco Herman Stessl que substitui Manuel José no cargo.

Contudo, o desempenho da equipa do Vitoria SC é irregular, terminando o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1983/84 classificado na 7ª posição da tabela geral. Nivaldo é titular no meio campo do Vitoria SC, realizando 25 jogos na principal competição nacional, sem apontar, desta feita, qualquer golo.

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(Equipa do Vitoria SC na época de 1983/84)
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(Caricatura de Nivaldo com as cores do Vitoria SC)

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(Nivaldo ao serviço do Vitoria SC)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1983/84)
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(Em 1983/84 no Vitoria SC)
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(Nivaldo com os companheiros num treino do Vitoria SC na época de 1983/84)
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Nivaldo finaliza o contrato com o Vitoria SC no final da temporada de 1983/84. Os responsáveis vimaranenses tentam a todo o custo renovar o vínculo contratual, mas sem sucesso.

O SL Benfica e o Portimonense SC, treinado por Manuel José, que se tornou também profundo admirador de Nivaldo, depois da sua passagem por Guimarães, interessaram-se pela contratação do jogador. Apesar de os algarvios oferecerem mais, Nivaldo, seduzindo pela grandeza do SL Benfica, optou por ingressar no clube da Luz.

De figura influentíssima no Vitoria SC, o brasileiro Nivaldo passou à trivialidade do banco de suplentes no SL Benfica treinado pelo controverso Pal Csarnai, que substituiu o sueco Sven Goran Erikson que rumou à Fiorentina de Itália.

No SL Benfica, Nivaldo, uma das grandes aquisições dos encarnados para a temporada de 1984/85, juntamente com o médio Nunes e os avançados Jorge Silva e Wando, raramente foi utilizado. Nesta temporada jogou apenas 6 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, sem ter apontado qualquer golo.

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(Plantel do SL Benfica na época de 1984/85)
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(Nivaldo no SL Benfica na época de 1984/85)
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O SL Benfica realizou uma péssima temporada terminando o nacional maior na 3ª posição, atrás do FC Porto (Campeão Nacional) e o Sporting CP. A equipa encarnada venceu porem a edição de 1984/85 da Taça de Portugal, numa final frente ao FC Porto, que Nivaldo não jogou.

A passagem de Nivaldo pelo SL Benfica tem um episódio curioso que está relacionado com a eliminatória da Taça dos Campeões Europeus frente aos ingleses do Liverpool. O SL Benfica tinha perdido a 1ª mão da eliminatória em Inglaterra por 3-1.

Na partida da 2ª mão, disputada no Estádio da Luz, o técnico Pal Csernai decidiu surpreender tudo e todos, colocando Nivaldo na equipa titular dos encarnados. Foi a estreia oficial do brasileiro na equipa titular do SL Benfica.

A verdade é que a inovação do treinador dos encarnados surtiu efeito. Nivaldo realizou uma grande partida e revolucionou o meio campo da equipa encarnada que logo aos 5 minutos inaugurou o marcador por intermédio de Maniche.

Faltaria somente um golo ao SL Benfica para ultrapassar a eliminatória. Na incessante busca desse tento, o SL Benfica deparou-se com outra grande figura desse mítico encontro, concretamente o guarda-redes Bruce Grobbelar do Liverpool, que defendeu tudo e mais alguma coisa, impedindo consecutivamente o tento da passagem.
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(Nivaldo no SL Benfica na temporada de 1985/86)

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Quando tudo levava a crer que Nivaldo tinha conquistado o seu espaço no SL Benfica, admiravelmente, voltou ao banco de suplentes e por ali se eternizou a sua história no clube da capital portuguesa.

Nivaldo estava profundamente desiludido, mas nunca se acomodou com aquela situação. Ainda começou a temporada de 1985/86 enquadrado no plantel do SL Benfica, agora sob a alçada técnica do inglês John Mortimore.
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(Plantel do SL Benfica na decada de 80 com Nivaldo)

Todavia, apesar da mudança operada no comando técnico, Nivaldo continuou a ser um suplente não utilizado. Nesse contexto, o brasileiro não pretendia continuar no SL Benfica e solicitou imediatamente a sua desvinculação ao clube, que apenas colocou como condição, que o jogador ingressa-se no Portimonense SC.

E assim foi. Com um contrato financeiramente mais vantajoso, Nivaldo reforçou a equipa do Portimonense SC na temporada de 1985/86. Em Portimão Nivaldo encontro Vítor Oliveira como treinador principal que tinha sucedido a Manuel José.

(Equipa do Portimonense SC na época de 1985/86)

(No Estadio da Luz ao serviço do Portimonense SC, Nivaldo defronta o seu antigo clube, o SL Benfica)

(Nivaldo no Portimonense SC na época de 1985/86)
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(Nivaldo no Estadio de Alvalade assiste à defesa do guardião do Portimonense SC)

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No Portimonense SC, Nivaldo, com 27 anos de idade, voltou ao seu melhor nível, demonstrando a todos os adeptos da modalidade que mantinha intactas todas as suas admiráveis qualidades. Vai permanecer 4 anos consecutivos, tornando-se capitão e o verdadeiro líder daquela formação algarvia.

Outro facto importante na histórica relação de Nivaldo com o Portimonense SC é que este foi um dos jogadores que esteve presente na primeira participação do clube algarvio nas competições internacionais, frente ao Partizan de Belgrado da Jugoslávia.

Relativamente à temporada de 1985/86, refira-se que Nivaldo formou com Skoda e Carvalho, ex companheiro do brasileiro no Vitoria SC, um meio campo cheio de talento. Sem apontar qualquer golo, Nivaldo alinhou em 24 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde a equipa do Portimonense SC alcançou um meritório 7º lugar.

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(Equipa do Portimonense SC na época de 1985/86)

(Em 1985/86 jogo entre o CF Belenenses - Portimonense SC)

(Na época de 1985/86 no Portimonense SC)

(Em 1985/86 no SL Benfica - Portimonense SC)
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(Equipa do Portimonense SC na decada de 80)
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(Nivaldo brincando com Silvino, antigo companheiro no Vitoria SC e no SL Benfica)

(Nivaldo no Portimonense SC na temporada de 1985/86)

(Nivaldo, camisola n.º 8 do Portimonense SC)

A época seguinte de 1986/87, foi bem mais complicada para a equipa de Portimão. Foi tão só a 10ª classificada no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde Nivaldo apenas actuou em 20 partidas e apontou um golo. Golo esse que foi o primeiro tento oficial com a camisola do Portimonense SC, anotado, precisamente, no importantíssimo derby algarvio em que a equipa de Portimão venceu o SC Farense por 3-2.

(Plantel do Portimonense SC na época de 1986/87)
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(Nivaldo em 1986/87 no Portimonense SC)
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(Desafio entre o SL Benfica - Portimonense SC)
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(Equipa do Portimonense SC na temporada de 1986/87)
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(Ao serviço do Portimonense SC)
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Em 1987/88 Nivaldo volta a estar em plano de evidência na equipa do Portimonense SC. Actuando já não no meio campo, mas sim como defesa central ou libero, Nivaldo realiza 30 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e marcou 3 golos, o melhor pecúlio pessoal do jogador em Portugal.

A equipa algarvia, treinada inicialmente pelo brasileiro Paulo Roberto e posteriormente por Manuel Cajuda, foi o 13º classificado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1987/88 e atingiu pelo segundo ano consecutivo as meias-finais da Taça de Portugal, embora, acabando, invariavelmente, eliminado nessa ronda.
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(Plantel do Portimonense SC na época de 1987/88)
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(Nivaldo no Portimonense SC na época de 1987/88)
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(Nivaldo capitaneando o Portimonense SC)
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(Caricatura de Nivaldo com as cores do Portimonense SC)
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Se em 1986/87 foi derrotado nas meias final da Taça de Portugal, em pleno Estádio da Luz, frente ao SL Benfica por 4-0, já na temporada de 1987/88, a equipa do Portimonense SC foi excluída da prova pelo Vitoria SC, jogando no Algarve. Nesse concreto encontro, Nivaldo foi o capitão da equipa do Portimonense SC que acabou derrotado pelo Vitoria SC por 1-2.

A temporada de 1988/89 foi a ultima época de Nivaldo no Portimonense SC. Actuando sobretudo como defesa, Nivaldo, realizou 35 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e apontou 1 golo, precisamente, num encontro em Portimão, frente ao FC Porto que terminou empatado a 1-1.

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(Plantel do Portimonense SC na época de 1988/89)

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(Nivaldo no Portimonense SC)
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(No Portimonense SC)
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(Equipa do Portimonense SC na época de 1988/89)
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(Na temporada de 1988/89 no Portimonense SC)
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(Na mesma temporada no Portimonense SC)
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(Equipa do Portimonense SC na época de 1988/89)
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O Portimonense SC garantiu o 11º lugar na classificação geral a permanência na 1ª Divisão Nacional. Inesperadamente, no final da época de 1988/89, Nivaldo deixou a equipa do Portimonense SC e rumou à UD Leiria a militar a 2ª Divisão Nacional, disputando a Zona Centro.

Treinada por Vieira Nunes a equipa leiriense tinha como principal objectivo ascender à 1ª Divisão, ou pelo menos aceder à 2ª Divisão de Honra que seria criada na época seguinte.

A UD Leiria terminou a época no 3º lugar da classificação final da Zona Centro da 2ª Divisão, atingindo à 2ª Divisão de Honra. Nesta equipa da UD Leiria, Nivaldo foi titularíssimo, sobretudo na posição de defesa central, alinhando em 31 partidas e marcando 1 golo na competição.

Em 1990/91 cumpriu o segundo ano de contrato com a UD Leiria na 2ª Divisão de Honra. A equipa leiriense terminou em 9º lugar na classificação geral a manteve-se no segundo escalão do futebol português, com Nivaldo, a jogar em 21 partidas da prova, sem apontar, desta feita, nenhum golo.

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(Equipa da UD Leiria na época de 1990/91)
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Perto de fazer 33 anos de idade, Nivaldo decidiu colocar um ponto final na carreira de futebolista profissional de futebol. Com o dinheiro amealhado ao longo da carreira, Nivaldo fez investimentos no mundo empresarial brasileiro, nomeadamente, no turismo, constituindo uma empresa de viagens e turismo.

Actualmente, desempenha também a actividade de empresário de jogadores de futebol, devidamente credenciado pela Confederação Brasileira de Futebol e pela FIFA. Já foi responsável pela transferência de alguns jogadores para o futebol português e para o Vitoria SC em particular, como foi o caso do médio esquerdo brasileiro Geraldo.

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(Nivaldo revendo amigos em Guimarães)

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(Nivaldo numa equipa de veteranos na sua terra natal)
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Até hoje o brasileiro Nivaldo mantêm uma forte ligação sentimental a Portugal e à cidade de Guimarães em particular. Essa ligação estende-se, naturalmente, ao Vitoria SC, clube com o qual Nivaldo manteve sempre relações muito estreitas, por exemplo, no aconselhamento de jogadores, e mesmo de simpatia clubistica.

Refira-se, a título de curiosidade, que a família de Nivaldo teve já outro membro que jogou no Vitoria SC. No caso, foi o jovem Leonardo que jogou pelas camadas jovens do Vitoria SC, filho do brasileiro Nivaldo que brilhou em Guimarães no início da década de 80.

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(Nivaldo Gomes da Silva no seu escritorio)