Glórias do Passado: Campo da Arregaça

 

Campo da Arregaça


O Campo da Arregaça, historicamente, a “casa” do CF União de Coimbra, sita em plena cidade de Coimbra, foi, durante muitas décadas, um dos memoráveis pelados do futebol português. Este é, inquestionavelmente, o recinto desportivo mais emblemático e o que mais se identifica com a longa vida do popular clube conimbricense.

Foi oficialmente inaugurado no dia 14 de Outubro de 1928 com a realização de duas partidas de futebol, uma entre o SC Conimbricense e o Santa Clara de Coimbra, e outra que opôs o CF União de Coimbra ao SC Espinho.

O Vitoria SC terá jogado ali pela primeira vez na temporada de 1943/44, quando defrontou o CF União de Coimbra na eliminatória dos quartos-de-final da Taça de Portugal.

O jogo da 1ª mão referente àquela eliminatória da Taça de Portugal, arbitrado por Domingos Miranda do Porto, aconteceu no dia 30 de Abril de 1944, com o Campo da Arregaça completamente lotado para assistir à partida que opunha o CF União de Coimbra ao Vitoria SC.

A equipa do CF União de Coimbra alinhou naquele encontro com o seguinte onze inicial: Cameirão; Curado e Carlos Santos; Bernardino, Miranda e Gabião; Ezequiel, Laborinho, Alberto, França e Ezequiel. Por seu lado, a formação vimaranense apresentou a seguinte equipa: Machado; Lino e João; Dias, Zeferino e José Maria; Arlindo, Miguel, Brioso, Ferraz e Alcino.

Quanto ao desenrolar do jogo refira-se que, durante o primeiro tempo, foi a equipa local, galvanizada pelo seu público, que dominou a contenda, criando oportunidades suficientes para se adiantar no marcador. A inoperância atacante do CF União de Coimbra resultou, porém, numa igualdade a 0-0 ao intervalo.
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(Fase do jogo disputado entre o CF União de Coimbra e o Vitoria SC na 1ª mão dos quartos-de-final da Taça de Portugal da temporada de 1943/44)
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Na segunda parte, a equipa do Vitoria SC, mais dotada e experiente, tomou conta do jogo, praticando, a espaços, um futebol bem delineado. E seria, portanto, neste período que surgiram os golos e que redundariam num resultado final de 1-1.

Marcou primeiro o Vitoria SC, aos 55 minutos de jogo. Já o golo do empate chegou mesmo no final do jogo, no último lance da partida, na cobrança de livre, quando o unionista Bernardino cruzou com conta, peso e medida, para a área vitoriana, onde surgiu França, de cabeça, a introduzir a bola no fundo das redes e a restabelecer a igualdade no marcador.

Nesta partida sobressai também as duas grandes penalidades desperdiçadas por ambos os conjuntos. Aquela que favoreceu o Vitoria SC, foi assinalada para punir uma jogada com a mão dentro da grande área do defesa Curado, atleta que mais tarde fez história em Guimarães. Encarregado de transformar o penalty, Brioso, avançado vitoriano, atirou ao lado da baliza à guarda de Cameirão, guarda-redes do CF União de Coimbra.

A grande penalidade que favoreceu o CF União de Coimbra foi mais polémica. José Maria, médio vimaranense, tocou com a mão na bola fora da grande área. Os jogadores unionistas reclamaram com vigor e o árbitro principal, depois de consultar o seu auxiliar, marcou penalty, quando na primeira análise nada assinalou. Na conversão do castigo máximo, o avançado conimbricense França atirou à figura de Machado, guardião do Vitoria SC, que defendeu com facilidade aquele remate.
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(Campo da Arregaça em mais um momento do jogo entre a formação conimbricense e o Vitoria SC na época de 1943/44, no desafio da Taça de Portugal)
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Dotado apenas de uma bancada central e uma zona envolvente ao terreno de jogo ampla, o Campo da Arregaça chegou a ser considerado com uma capacidade para 1.500 espectadores.

A verdade é que desde a sua criação e ao longo da sua historia o Campo da Arregaça recebeu poucas melhorias na sua estrutura, sobretudo nos últimos anos, ao ponto de quase ter sido votado ao abandono, motivo pelo qual se transformou nos dias de hoje num recinto desportivo sem condições mínimas para a prática do futebol.
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(Aspecto da bancada central do pelado do Campo da Arregaça)
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(Visão do Campo da Arregaça com alguns sinais de abandono)
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(Imagem de um dos topos do Campo da Arregaça)
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Entretanto, o CF União de Coimbra viveu uma grave crise financeira, mergulhado em dívidas, sobretudo à Segurança Social e ao Fisco, e que provocou a venda judicial de bens do clube.

Nessa altura o Campo da Arregaça deixou de ser propriedade do CF União de Coimbra e passou para a Câmara Municipal de Coimbra a qual pretende requalificar toda a zona onde se situa aquele recinto.
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(Campo da Arregaça)
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(Outro aspecto do Campo da Arregaça)
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(Visão aerea do Campo da Arregaça na cidade de Coimbra)
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Está projectada a edificação de habitações e lojas para comércio, mas também de um complexo desportivo que servirá o CF União de Coimbra e a cidade, com a construção de um campo de futebol em piso sintético, uma nova bancada, balneários, salas de apoio e uma sede social para o clube.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Hola Alberto,

soy una persona de Madrid (España) que estoy intentando contactar con la arquitecta Laura Branco que por lo que he leído presento el complejo deportivo de União de Coimbra.

Por favor si podeis hacerme llegar su teléfono, email, etc o le podeis hacer llegar mis datos os estaría eternamente agradecido. Fuimos compañeros en Bruselas un año de Estudios con una beca y estoy intentando hace años contactar con ella.

Saludos y muchísimas gracias

Javier López Mondedeu
m +34 629156576 |
e j.lopez@qurius.com
 
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