Glórias do Passado: Samuel

 

Samuel


Samuel era uma das grandes esperanças do futebol português e benfiquista no início da década de 80. É verdade que nunca se conseguiu afirmar definitivamente no SL Benfica, contudo, não se poderá dizer, de forma alguma, que tenha realizado uma carreira medíocre. Conquistou vários títulos, foi internacional português e, com grande destaque, jogou uma final da Taça dos Campeões Europeus.

Nasceu em Bissau, na Guiné, a 3 de Março de 1966. É ainda na Guine Bissau, ao serviço do Benfica de Bissau, que Samuel começa, oficialmente, a dar os primeiros pontapés na bola.

Em 1981, indicado pelo então jogador benfiquista Cavunghi, Samuel, com apenas 14 anos de idade ingressou nas camadas jovens do SL Benfica. Cedo ganha grande notoriedade. Com idade de juvenil actua normalmente pela equipa de juniores, onde foi capitão de equipa, e com muita regularidade integra os trabalhos da equipa principal do SL Benfica, às ordens do treinador sueco Sven Goran Eriksson.
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Nas camadas jovens encarnadas realce para a conquista o Campeonato Nacional de Juvenis na época de 1982/83, mas acima de tudo é nos seus desempenhos individuais que o jovem guineense Samuel se destaca.
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(Equipa de Juvenis do SL Benfica na época de 1982/83. Samuel é o capitão)

(Samuel em acção nos juniores do SL Benfica)

(Equipa de Juniores do SL Benfica na temporada de 1983/84)


(Esperanças do SL Benfica na decada de 80)
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(Samuel do SL Benfica e Litos do Sporting CP)
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(As duas grandes esperanças do futebol português no inicio da decada de 80)
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Ainda com idade de júnior é chamado à equipa principal do SL Benfica na temporada de 1984/85. Beneficiando da lesão do titular Humberto Coelho, P. Cesarni, o treinador dos encarnados, aposta em Samuel para fazer dupla de defesas centrais com Oliveira relegando para o banco de suplentes, surpreendentemente, o conceituado Bastos Lopes.

Na primeira época na equipa sénior do SL Benfica, o jovem Samuel actua em 21 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, apontado um golo, o único em toda a sua carreira na principal competição portuguesa.
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Este único golo da sua carreira na 1ª Divisão Nacional foi apontado no Estádio 1º de Maio, em Braga, no dia 20 de Janeiro de 1985, na partida que terminou empatada entre o SC Braga e o SL Benfica a 2-2. Samuel apontou aos 11 minutos aquele que seria o 0-1.
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(Plantel do SL Benfica na época de 1984/85)
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(Samuel no SL Benfica na época de 1984/85)
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(Aqui tentando interceptar um lance de Jordão do Sporting CP)
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(Samuel com equipamento alternativo branco do SL Benfica)
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É ainda nesta época de 1984/85 que Samuel é lançado pela primeira vez nas competições internacionais de clubes. Sucedeu na partida disputada no dia 3 de Outubro de 1984, no Estádio da Luz, entre o SL Benfica e o Estrela Vermelha, na 2ª mão da 1ª eliminatória, que os encarnados venceram por 2-0.

A temporada não foi porém de grande sucesso para a equipa do SL Benfica no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde não foi alem do 3º lugar. Todavia, a equipa benfiquista redimiu-se vencendo a Taça de Portugal, numa final contra o FC Porto, por 3-1, onde Samuel não foi utilizado.
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1984/85)
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(Em 1984/85 no SL Benfica)
. (Aqui na disputa de um lance com o guarda redes benfiquista Bento, junto à relva a segurar o esférico, e M. Fernandes do Sporting CP)
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(Samuel no SL Benfica)
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Na época de 1985/86, Samuel assume-se titular indiscutível na equipa benfiquista treinada pelo britânico John Mortimore. Fazendo dupla com Oliveira, Samuel realiza 27 jogos como titular no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

A equipa da Luz volta, porém, a perder o título de campeão nacional para o FC Porto, quedando-se, desta vez, no 2º lugar da principal competição nacional. Contudo, revalida o título de vencedor da Taça de Portugal, derrotando, desta feita, o CF Belenenses por 2-0. Neste jogo da final do Jamor Samuel foi titular na equipa do SL Benfica, jogando como defesa central ao lado de Oliveira.
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(SL Benfica na época de 1985/86)
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(Em 1985/86 no SL Benfica)
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(Samuel no SL Benfica)
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1985/86)
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(Samuel no SL Benfica no Estádio da Luz)
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(Samuel no SL Benfica na época de 1985/86)
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O SL Benfica viria a vencer, posteriormente, a Supertaça Cândido de Oliveira da época de 1985/86, derrotando o FC Porto, numa repetição da decisão da época transacta, onde a prova havia sido vencida pelos portistas.

Na 2ª mão e decisivo jogo da Supertaça Cândido de Oliveira de 1985/86, Samuel actua na equipa titular do SL Benfica, que actuando no Estádio das Antas, conquista o prestigiado troféu.
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1985/86)
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(Samuel com as quinas de campeão nacional) .

(Bento, Bastos Lopes, Alvaro, Samuel e Veloso, defensiva do SL Benfica)
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Finalmente na temporada de 1986/87 o SL Benfica e Samuel conquistam o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Contudo, desta feita, já o jovem Samuel não é titular no onze principal dos encarnados. Joga apenas em 8 partidas, sendo, ao longo da época, suplente de Dito ou Edmundo/Oliveira.

Nesta época o SL Benfica faz a denominada dobradinha ao vencer, novamente, a Taça de Portugal, triunfando, desta feita, sobre o Sporting CP por 2-0. Samuel não joga a partida da final disputada no Estádio do Jamor.

A Supertaça Cândido de Oliveira referente à época de 1986/87 é vencida pelo FC Porto sobre o SL Benfica. Samuel, como vinha sendo hábito, não joga nenhuma das partidas que decidem a atribuição do troféu.
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(Equipa do SL Benfica em 1986 com a Supertaça Candido Oliveira) .

(Na época de 1986/87 no SL Benfica)
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1986/87)
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(Samuel na época de 1986/87 no SL Benfica)
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(Equipa do SL Benfica na final da Taça de Portugal de 1986/87)
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(Samuel como simbolo do SL Benfica)
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(Equipa do SL Benfica na época de 1986/87)
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(Numa partida de 1986/87 entre o Rio Ave FC e o SL Benfica, no Estádio dos Arcos, com o vilacondense Chico Faria a chutar à baliza de Silvino, com Samuel atento ao lance)
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Apesar de guineense de nascença, Samuel representou a Selecção Nacional de Portugal em todos os seus escalões. Foi internacional por duas vezes na Selecção de Juvenis, oito na categoria de Juniores e doze vezes no escalão de esperanças.

Estreou-se pela equipa das quinas numa partida disputada na cidade de Portimão, no dia 15 de Fevereiro de 1984, contra a equipa da Bélgica, num encontro a contar para a fase de apuramento para o Campeonato da Europa da categoria que Portugal venceu por 4-0. Saliência para o facto de Samuel ter actuado nesta partida no centro do meio campo, quando a sua posição originaria e na qual faria carreira era de defesa central.
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(Selecção de Esperanças de Portugal em 1985/86)
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(Equipa de esperanças de Portugal em 1986/87)
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Para a selecção principal Samuel foi chamado em muitas ocasiões para integrar os trabalhos. Numa altura em que jogava na selecção de esperanças foi seleccionado, como pré-convocado, para integrar os trabalhos de preparação da Selecção “A” com vista ao Campeonato do Mundo do México em 1986. Acabou por não integrar a lista definitiva dos seleccionados portugueses para a fase final da competição.

A verdade é que apenas 5 anos depois é que Samuel se tornou internacional pela Selecção Nacional “A”, lançado por Carlos Queirós, numa altura em que, curiosamente, era então jogador do Boavista FC.
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(Samuel com a camisola de Portugal)
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(Pré-convocados da Selecção de Portugal para o México 86)
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A estreia oficial de Samuel ocorreu no dia 4 de Setembro de 1991, num jogo particular entre Portugal e a Áustria, disputado no Estádio da Antas, na cidade do Porto, que terminaria empatado a 1-1. Nessa partida Samuel foi titular no centro da defesa da turma das quinas ao lado de Fernando Couto.

Em jogos oficiais fez a estreia numa partida frente à Finlândia, jogada também no Estádio das Antas, aquando do apuramento para o Campeonato da Europa de 1992, que Portugal venceu por 1-0.
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Alem desses dois encontros referidos, o defesa Samuel contabilizou ainda mais três jogos pela Selecção Nacional de Portugal, num total que se cifra em cinco internacionalizações.
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(Selecção de Portugal em 1991)
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Na época de 1987/88 Samuel manteve a sua condição de suplente, quer com Ebbe Skovdahl e mais tarde com o técnico Toni no comando da equipa. A verdade é que Samuel estava tapado pelo titularíssimo Dito e pela estrela brasileira Moser.

Jogou somente 7 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1987/88, onde o SL Benfica ficou no 2º lugar da classificação. Disputa a decisão da Supertaça Cândido de Oliveira com o Sporting CP, mas desta feita, é a turma leonina que vence a competição, onde Samuel não jogou qualquer partida.

Nesta temporada de 1987/88 há ainda uma especial referencia, a nível colectivo, para a chegada à final das Taça dos Campeões Europeus, onde a equipa do SL Benfica perdeu para os holandeses PSV no desempate através da marcação das grandes penalidades. O recordado Samuel não alinhou nessa final.
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(SL Benfica na época de 1987/88)

(Jogo frente ao CF Belenenses, Samuel tenta travar o jogador azul e Silvino vai sergurar o esférico)

Continuou com suplente do SL Benfica na época de 1988/89, sob o comando técnico de Toni, agora tapado pela célebre dupla de defesas centrais brasileira Aldair e Moser. Ainda assim jogou em 14 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão onde o SL Benfica voltou a sagrar-se campeão nacional.

Os encarnados estiveram de novo na final da Taça de Portugal, perdendo a decisão da competição para o CF Belenenses, treinado por Marinho Peres, por 1-2. Refira-se que neste jogo Samuel não alinhou na equipa benfiquista.

(Plantel do SL Benfica na época de 1988/89)

(Samuel, fumando charuto, nos festejos do titulo)

(Com vários jogadores do SL Benfica, festejando o titulo)
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Em 1989/90, com o regresso de Sven Goran Eriksson ao comando técnico dos encarnados, Samuel assumiu, novamente, o estatuto de titular na equipa do SL Benfica, sobretudo, com a lesão do internacional brasileiro Aldair.

Samuel era um jogador muito apreciado pelo técnico sueco que sempre lhe reservava um papel importante na equipa, sobretudo, devido à sua polivalência no sector defensivo.
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1989/90)

(Samuel no SL Benfica na época de 1989/90)

Tinha como principais características destacava-se, essencialmente, a rapidez e a visão de jogo, virtudes que lhe permitiam jogar na perfeitamente na antecipação e na marcação individual.

Era um defesa central muito tecnicista, que não gostava nada de jogar para a bancada, preferindo usualmente sair a jogar da zona defensiva com a bola bem controlada do que simplesmente pontapeá-la para longe do seu raio de acção.


(Enquanto Aldair disputa o lance nas alturas, Samuel observa o lance dividido neste encontro frente ao CF Belenenses em 1989/90)
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Havia, dizem os especialistas, um lugar no terreno do jogo onde Samuel era claramente um dos melhores em Portugal. Quando jogava exactamente como libero, dobrando os companheiros do sector defensivo, sobretudo pela sua rapidez e leitura de jogo, o guineense Samuel atingia bastante notoriedade.

A baixa estatura, o fraco poder de choque e o jogo aéreo eram os defeitos mais notórios em Samuel. Mas aquilo que efectivamente emperrava a definitiva afirmação de Samuel na equipa do SL Benfica era as grandes vedetas que o clube contratava para a sua posição.
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(Samuel no SL Benfica na época de 1989/90)
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Por esse facto, em muitas ocasiões, Samuel era chamado a ocupar outras posições no terreno de jogo ou a desempenhar papeis bem vincados na equipa. Foi assim, por exemplo, a inesquecível exibição de Samuel frente ao Marselha, marcando individualmente a estrela francesa Papin, ou mesmo na final da Taça dos Campeões Europeus de 1989/90, frente ao AC Milan, onde actuou como defesa lateral esquerdo e marcando a estrela holandesa Gullit.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1989/90 o SL Benfica quedou-se pelo 2º lugar na classificação, enquanto Samuel jogou 26 jogos desta competição. Nesta época, com Samuel na equipa titular, os benfiquistas venceram a Supertaça Cândido de Oliveira.

Esta época de 1989/90 destaca-se também a presença da equipa encarnada na final da Taça dos Campeões Europeus. Contudo, mais uma vez, o SL Benfica não conseguiu repetir a façanha da década de 60, voltando a perder o troféu, desta feita, para os transalpinos do AC Milan, por 0-1.
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(Equipa do SL Benfica na época de 1989/90)
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(No SL Benfica na temporada de 1989/90)
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O internacional brasileiro Ricardo Gomes e a contratação de William ao Vitoria SC atiraram novamente Samuel para o banco de suplentes na temporada de 1990/91. Enquanto SL Benfica voltou a sagrar-se campeão nacional da 1ª Divisão, Samuel apenas jogou 10 partidas na competição.
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(Plantel do SL Benfica na época de 1990/91)

(Em 1990/91 no SL Benfica)

(Em partida frente ao FC Barcelona na temporada de 1990/91)

(Vata, Eriksson e Samuel no SL Benfica)
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Numa carreira de altos e baixos no SL Benfica, Samuel foi cedido ao Boavista FC na época de 1991/92. Nessa temporada de axadrezado, Samuel esteve em grande nível, realizando excelentes exibições no surpreendente Boavista FC, treinado por Manuel José, que acabou em 3º lugar na classificação do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Ao grande desempenho na principal liga nacional, Samuel e o Boavista FC, triunfaram na Taça de Portugal, competição que venceram derrotando na final o FC Porto por 2-1, com Samuel, naturalmente, na equipa titular ao lado seu parceiro de defesa Pedro Barny.

Samuel terá feito a melhor época de sempre da sua carreira. Jogou as 34 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1991/92 e os seus desempenhos legitimaram, como se afirmou, a sua convocação para a Selecção Nacional “A” de Portugal.
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(Equipa do Boavista FC na época de 1991/92)
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(Samuel no Boavista FC na temporada de 1991/92)
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(Com o axadrezado do Boavista FC)
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(Equipa do Boavista FC na temporada de 1991/92)
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(Samuel no Boavista FC na época de 1991/92)
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(Samuel em acção pelo Boavista FC)
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(Festejando a conquista da Taça de Portugal de 1991/92)
. (Samuel jogando pelo Boavista FC na época de 1991/92)
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Os responsáveis do SL Benfica ordenaram o regresso de Samuel ao Estádio da Luz no início da época de 1992/93. Sob a alçada técnica do controverso treinador Tomislav Ivic Samuel voltou ao banco de suplentes, ficando fora, normalmente, da lista de convocados.

Jogou somente 4 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde a turma benfiquista se classificou em 2º lugar, atrás do FC Porto campeão nacional. Os encarnados voltariam nesta época a vencer a Taça de Portugal, derrotando na final, curiosamente, o Boavista FC, a antiga equipa de Samuel.
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Neste celebre encontro da final da Taça de Portugal de 1992/93, no Estádio do Jamor, em que o SL Benfica bateu os axadrezados por 5-2, num jogo inesquecível de Paulo Futre, o defesa Samuel não alinhou.
(Equipa do SL Benfica na época de 1992/93)
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(Samuel, Shéu e Schwartz no SL Benfica)
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(Samuel no SL Benfica na época de 1992/93)
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(Caricatura de Samuel com as cores do SL Benfica)
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Abandona, definitivamente, no final da época de 1992/93 o SL Benfica e vai reforçar o Vitoria SC no início da temporada de 1993/94. É mesmo considerado como a principal aquisição dos vitorianos para a nova temporada sob o comando técnico de Bernardino Pedroto.

Nesta época de 1993/94 Samuel começou como titular do Vitoria SC enquanto a equipa actuou num sistema de três centrais, com o guineense a jogar como libero e Matias e Tanta como defesas de marcação.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1993/94)
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(Samuel no Vitoria SC na temporada de 1993/94)
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Faz a sua estreia oficial com a camisola do Vitoria SC no jogo da 1ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, num desafio jogado em Guimarães frente ao FC Famalicão, que os vimaranenses venceram por 3-0, com golos de Ziad, Paulo Bento e Basaula.

Sucede que os resultados não apareciam e o treinador dos vitorianos viu-se obrigando a mexer na equipa, operando uma mudança táctica que sacrificou o sistema de três defesas centrais. Perturbado com algumas lesões acabou por ser Samuel a perder a titularidade.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1993/94)
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(Vitoria SC - CS Maritimo na época de 1993/94, com Samuel e o maritimista Jorge Andrade)
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Em 1993/94, Samuel jogou 14 desafios do Campeonato Nacional da 1ª Divisão ao serviço do Vitoria SC. Para o clube vimaranense, esta época, foi pautada pela mediania ao nível de resultados, ficando às portas de um lugar que lhe permitiria o acesso à Taça Uefa, classificando-se na 7ª posição.

Durante grande parte da época a equipa vimaranense esteve próxima dos lugares europeus. Mas a temporada ficou marcada pela decepção. Uma derrota com o GD Estoril Praia, já despromovido, nas últimas jornadas, tirou o clube da rota europeia, redundando assim, a época desportiva, num falhanço para o treinador Bernardino Pedroto.
(Equipa do Vitoria SC na época de 1993/94)
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Seguiu-se a temporada de 1994/95, agora com Quinito como técnico do Vitoria SC. O técnico Quinito conseguiu implantar, com estrondoso sucesso, o seu conceito sobre futebol, estabelecendo uma filosofia de jogo atacante, aberto e de risco, garantindo sempre um bom espectáculo. Conseguiu colocar o Vitoria SC a jogar bom futebol e simultaneamente a obter resultados condizentes com a valia da equipa.

Nessa temporada, época a equipa vimaranense, passeava classe e impunha um estilo espectacular nos seus jogos de futebol. Era a magia da Quinito elevada ao extremo. As grandes exibições da equipa do Vitoria SC empolgavam a massa associativa e recebiam o reconhecimento de todos os quadrantes da opinião desportiva.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1994/95)
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Samuel começou como suplente, mas à 7ª jornada chega à titularidade, fazendo dupla de centrais com Vítor Silva. No final da primeira volta é titular indiscutível, mas uma grave lesão atira-o para fora da competição durante largo período de tempo. Realizou somente 11 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1994/95.

O Vitoria SC terminou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1994/95 na 4ª posição da tabela classificativa, qualificando-se, por essa via, para as competições internacionais de clubes, cumprindo o objectivo delineado no princípio da temporada.
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(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1994/95)
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(Samuel no Vitoria SC na época de 1994/95)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1994/95)
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(Em 1994/95 no Vitoria SC)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1994/95)
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Integra o plantel do Vitoria SC na temporada de 1995/96 mas está em recuperação da lesão contraída na época anterior. Quando fica restabelecido já a equipa esta em competição e Samuel não tem lugar no onze inicial.

Vindo de uma lesão e com o lugar tapado na equipa principal do Vitoria SC, Samuel aceita ser cedido ao FC Tirsense, equipa que pretendia melhorar os resultados que vinha fazendo no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1995/96 e via no defesa guineense um elemento valido para suprir a ausência do brasileiro Paredão que se havia transferido para o SL Benfica.
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(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1995/96)
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(Samuel no Vitoria SC na época de 1995/96)
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Samuel chega ao FC Tirsense já com Eurico Gomes no comando da equipa. Entra logo na equipa titular e joga da 16ª à 23ª jornada da principal competição portuguesa. A sua passagem pela equipa de Santo Tirso não é, todavia, feliz. É-lhe detectada uma substancia proibida num controlo anti-doping e Samuel acaba castigado pela Federação Portuguesa de Futebol e despedido do FC Tirsense.

Acaba assim a carreira de Samuel na 1ª Divisão Nacional. Continuou a jogar futebol no Odivelas FC, na temporada de 1996/97 e no SL Fanhões, na época seguinte de 1997/98. Em Outubro de 1997, numa partida contra o Lourinhanense, Samuel sofre uma grave lesão no joelho direito, com rotura total no tendão rotuliano.

Esta lesão traçou-lhe definitivamente o destino. Jogar futebol nunca mais. Era o fim da carreira de Samuel, uma das maiores esperanças do futebol português na década de 80. Deixou completamente o futebol. Hoje, com 42 anos de idade, Samuel explora um café na zona de Alfragide.
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(Samuel no seu estabelecimento comercial)
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(Samuel com os filhos, exibindo as camisolas do SL Benfica e do Boavista FC, os clubes onde teve os maiores sucessos da sua carreira)

Autor: Alberto de Castro Abreu

Grande jogador!
 
Que espectaculo de Reportagem

www.slbenficashirts.com
 
Este Samuel foi dos defesas centrais mais rápidos da história do futebol português! Teve o azar de apanhar a melhor dupla de centrais do mundo, naquela época, Mozer e Ricardo Gomes. No entanto nunca me esquecerei da sua exibição contra o Marselha, em Maio de 1990,pois anulou o famoso Jean Pierre Papin, provavelmente o melhor atacante da europa nessa temporada!
 
SAMUEL,realmente passeou a sua classe,nos relvados por onde passou,gostei imenso da subtileza com que lidava com a bola,parecia-se imenso com o SHÉU...
 
parabéns. uma bela reportagem, nao, homenagem para um jogador que deixou a sua marca no benfica.
optimo trabalho

 
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