José da Costa
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A história de qualquer clube desportivo incorpora vários episódios marcantes que, com o decurso dos anos, se tornam em verdadeiras lendas colectivas. O nome de José da Costa estará ligado, precisamente, a um desses momentos, tristes por sinal, da história do Vitoria SC, o qual, sendo verdadeiro, se tornou efectivamente lendário e sempre presente no imaginário de todos aqueles que viveram a descida de divisão do clube no final da época de 1954/55.José da Costa não foi de forma nenhuma o único culpado pela descida à 2ª Divisão Nacional no termo da temporada de 1954/55, mas, aquele golo que falhou nos últimos minutos do jogo decisivo frente ao Atlético CP, que ditou a sentença final ao Vitoria SC, ficou para sempre entranhado na histórica descida do clube ao segundo escalão do futebol português, como um simples e fugaz momento em que tudo podia ter sido alterado.
José Estêvão da Costa nasceu em Lisboa no dia 18 de Agosto de 1928. Como futebolista começou a jogar no GD Cuf de Lisboa até 1946/47, ingressando, na época seguinte, com apenas 18 anos de idade, no SL Benfica.
Era uma jovem promessa do futebol alfacinha e muitos lhe auguravam grande futuro na modalidade. É verdade que não vingou na equipa principal do SL Benfica, algo sempre muito difícil naquele tempo, mas foi bastantes vezes utilizado, conquistou alguns títulos importante.
Na sua carreira de futebolista, José da Costa, alem do Vitoria SC, tem ainda uma destacada passagem pelo Lusitano GC de Évora, na altura dos melhores anos da história deste clube alentejano.
Pelo SL Benfica, nas primeiras duas temporadas, em 1947/48 e 1948/49, raramente era utilizado. Estava incluído na equipa de reservas que disputava o campeonato regional da categoria e, esporadicamente, era chamado à equipa principal dos encarnados.
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(SL Benfica na época de 1947/48)
(Equipa de Reservas do SL Benfica na temporada de 1947/48).
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão destas duas épocas os encarnados repetiram dois segundos lugares na classificação, sempre atrás do Sporting CP, campeão nacional. O primeiro título da carreira terá sido a Taça de Portugal de 1948/49, embora José da Costa não tenha alinhado na partida da final que os benfiquistas triunfaram sobre o Atlético CP por 2-1.
Em 1949/50 sagra-se, pela primeira e única vez na sua carreira, campeão nacional pelo SL Benfica, treinado pelo inglês Ted Smith. Neste Campeonato Nacional da 1ª Divisão que redundou numa vitória do SCL Benfica, José da Costa alinhou em 3 encontros da competição sem ter apontado qualquer golo.
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Em 1949/50 sagra-se, pela primeira e única vez na sua carreira, campeão nacional pelo SL Benfica, treinado pelo inglês Ted Smith. Neste Campeonato Nacional da 1ª Divisão que redundou numa vitória do SCL Benfica, José da Costa alinhou em 3 encontros da competição sem ter apontado qualquer golo.
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(Equipa do SL Benfica na época de 1949/50).
(SL Benfica na temporada de 1949/50).
Antes de sair para o Vitoria SC, José da Costa jogou ainda mais duas temporadas de encarnado. Quer na temporada de 1950/51, quer em 1951/52, o SL Benfica não foi alem do 3º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
Em contrapartida à fraca prestação na principal competição nacional, o SL Benfica conquistou, consecutivamente, a Taça de Portugal das épocas de 1950/51 e 1951/52. Na primeira delas goleando na final a Académica de Coimbra por 5-1, e na segunda, vencendo o Sporting CP por 5-4, num célebre encontro entre os eternos rivais onde a figura de destaque seria o sportinguista Rola, que mais tarde seria companheiro de equipa de José da Costa no Vitoria SC.
José da Costa não participou em nenhuma das finais destes triunfos encarnados na Taça de Portugal, mas esteve presente e contribuiu para a brilhante conquista da Taça Latina na época de 1951/52, competição internacional de bastante relevo naquela altura e que o SL Benfica ganhou à Lázio de Roma e a formação do Bordéus de França.
Na última época de encarnado, a temporada de 1951/52, José da Costa jogou 8 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Era suplente de jogadores consagrados benfiquistas como Moreira ou Francisco Ferreira.
A sua posição natural era no meio campo e foi nessa função que mais se distinguiu no terreno de jogo. Antes de se afirmar como médio, José da Costa terá sido também avançado, posição onde actuou em alguns encontros aquando da sua passagem por Guimarães.
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Em contrapartida à fraca prestação na principal competição nacional, o SL Benfica conquistou, consecutivamente, a Taça de Portugal das épocas de 1950/51 e 1951/52. Na primeira delas goleando na final a Académica de Coimbra por 5-1, e na segunda, vencendo o Sporting CP por 5-4, num célebre encontro entre os eternos rivais onde a figura de destaque seria o sportinguista Rola, que mais tarde seria companheiro de equipa de José da Costa no Vitoria SC.
José da Costa não participou em nenhuma das finais destes triunfos encarnados na Taça de Portugal, mas esteve presente e contribuiu para a brilhante conquista da Taça Latina na época de 1951/52, competição internacional de bastante relevo naquela altura e que o SL Benfica ganhou à Lázio de Roma e a formação do Bordéus de França.
Na última época de encarnado, a temporada de 1951/52, José da Costa jogou 8 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Era suplente de jogadores consagrados benfiquistas como Moreira ou Francisco Ferreira.
A sua posição natural era no meio campo e foi nessa função que mais se distinguiu no terreno de jogo. Antes de se afirmar como médio, José da Costa terá sido também avançado, posição onde actuou em alguns encontros aquando da sua passagem por Guimarães.
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No Vitoria SC ingressou, portanto, no inicio da época de 1952/53, com 24 anos de idade e disposto a relançar-se no futebol português, visto que a sua afirmação definitiva no SL Benfica estava comprometida pela concorrência de alguns dos melhores jogadores portugueses.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1952/53).
(José da Costa no Vitoria SC, com equipamento de pouca história no clube).
José da Costa chegou ao Vitoria SC como uma das principais aquisições do clube para a nova época. Veio para Guimarães juntamente com Cesário, outro médio de qualidade proveniente do SL Benfica, clube com o qual os vitorianos mantinham estreitas relações de amizade e de onde chegavam com frequência vários jogadores para representar o Vitoria SC.
Na temporada de 1952/53 o Vitoria SC participou novamente Campeonato Nacional da 1ª Divisão e, ao garantir a permanência no principal escalão do futebol português no final daquela época, tornou-se o clube com mais participações consecutivas na 1ª Divisão Nacional a seguir ao SL Benfica, Sporting CP, FC Porto e CF Belenenses, feito de assinalar, naquele tempo, para uma colectividade da província.
O Vitoria SC terminou a prova na 8ª posição da tabela classificativa. Todavia, esta posição alcançada e que se situa a meio da tabela geral, num campeonato disputado por 14 clubes, não foi sinónimo de normalidade nem de uma prova sem sobressaltos.
Antes pelo contrário, pois os vimaranenses estiveram envolvidos, ate ao final da competição, na luta pela permanência no principal escalão com o Boavista FC, SC Covilhã, Académica de Coimbra, Atlético CP, SC Braga e GD Estoril – Praia.
Alias, o Vitoria SC só garantiria a permanência num dramático jogo disputado na cidade de Guimarães, no dia 26 de Abril de 1953, frente ao SC Braga. No Campo da Amorosa, completamente lotado, assistiu-se com elevado dramatismo ao desenrolar do jogo entre vizinhos e que permaneceu empatado a 2-2 até ao ultimo minuto do encontro, altura em que Caraça, avançado vitoriano, apontou o golo da vitoria e que permitiu escapar da descida, vencendo a partida por 3-2, remetendo a formação arsenalista para o jogo da liguilha.
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Na temporada de 1952/53 o Vitoria SC participou novamente Campeonato Nacional da 1ª Divisão e, ao garantir a permanência no principal escalão do futebol português no final daquela época, tornou-se o clube com mais participações consecutivas na 1ª Divisão Nacional a seguir ao SL Benfica, Sporting CP, FC Porto e CF Belenenses, feito de assinalar, naquele tempo, para uma colectividade da província.
O Vitoria SC terminou a prova na 8ª posição da tabela classificativa. Todavia, esta posição alcançada e que se situa a meio da tabela geral, num campeonato disputado por 14 clubes, não foi sinónimo de normalidade nem de uma prova sem sobressaltos.
Antes pelo contrário, pois os vimaranenses estiveram envolvidos, ate ao final da competição, na luta pela permanência no principal escalão com o Boavista FC, SC Covilhã, Académica de Coimbra, Atlético CP, SC Braga e GD Estoril – Praia.
Alias, o Vitoria SC só garantiria a permanência num dramático jogo disputado na cidade de Guimarães, no dia 26 de Abril de 1953, frente ao SC Braga. No Campo da Amorosa, completamente lotado, assistiu-se com elevado dramatismo ao desenrolar do jogo entre vizinhos e que permaneceu empatado a 2-2 até ao ultimo minuto do encontro, altura em que Caraça, avançado vitoriano, apontou o golo da vitoria e que permitiu escapar da descida, vencendo a partida por 3-2, remetendo a formação arsenalista para o jogo da liguilha.
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Nesta época, José da Costa foi titular indiscutível no meio campo do Vitoria SC, ao lado de Cesário. Realizou 25 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, marcando 5 golos e assim ficou com a marca de segundo melhor marcador da equipa vimaranense na competição. Na edição da Taça de Portugal desta temporada, José da Costa participou em 7 encontros, apontando 2 golos.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1952/52).
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1953/54, a segunda época de José da Costa em Guimarães, o Vitoria SC, treinado por Cândido Tavares, repetiu a 8ª posição na tabela classificativa, numa prova disputada novamente por 14 emblemas, mas que, desta feita, decorreu sem grandes sobressaltos para os vimaranenses que, com tranquilidade, atingiram o objectivo de garantir a permanência no principal escalão do futebol português.
José da Costa realizou 20 jogos nesta temporada na principal competição portuguesa, tendo anotado, na sua conta pessoal, apenas 1 golo. Já na Taça de Portugal, regista-se a presença em 3 partidas, sem ter conseguido fazer o gosto ao pé em qualquer desses encontros.
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José da Costa realizou 20 jogos nesta temporada na principal competição portuguesa, tendo anotado, na sua conta pessoal, apenas 1 golo. Já na Taça de Portugal, regista-se a presença em 3 partidas, sem ter conseguido fazer o gosto ao pé em qualquer desses encontros.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1953/54).
(José da Costa no Vitoria SC).
Seguiu-se então a fatídica época de 1954/55, a ultima de José da Costa em Guimarães, e que ditou a descida do Vitoria SC à 2ª Divisão Nacional pela primeira vez na sua historia.
Inexplicavelmente a formação vimaranense não conseguiu garantir a manutenção no principal escalão português, facto que surpreendeu todo o panorama futebolístico nacional, precisamente numa época em que o Vitoria SC apostou fortemente no reforço do plantel.
Não obstante uma tão profunda aposta num conceituado técnico, o antigo treinador inglês do Sporting CP Randolph Galloaway, e contratação de jogadores de inegável qualidade, a verdade é que os resultados foram uma verdadeira desilusão e o Vitoria SC acabaria por ser o ultimo classificado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1954/55.
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Inexplicavelmente a formação vimaranense não conseguiu garantir a manutenção no principal escalão português, facto que surpreendeu todo o panorama futebolístico nacional, precisamente numa época em que o Vitoria SC apostou fortemente no reforço do plantel.
Não obstante uma tão profunda aposta num conceituado técnico, o antigo treinador inglês do Sporting CP Randolph Galloaway, e contratação de jogadores de inegável qualidade, a verdade é que os resultados foram uma verdadeira desilusão e o Vitoria SC acabaria por ser o ultimo classificado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1954/55.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1954/55).
A 3 jornadas do final da competição o Vitoria SC corre iminentes riscos de descer ao segundo escalão do futebol português. Pela frente tem três verdadeiras finais onde só a vitoria poderia evitar aquele fatídico desiderato.
Na primeira dessas três finais, o Vitoria SC ainda vence, no Campo da Amorosa, a Académica de Coimbra por 2-1, mas na jornada seguinte, a penúltima, carimba definitivamente o passaporte rumo à 2ª Divisão Nacional ao não conseguir levar de vencida o Atlético CP.
O jogo termina empatado a 0-0, com o Vitoria SC, apoiando por uma imensa falange de apoio que viajou propositadamente de Guimarães, a desperdiçar inúmeras oportunidades para se adiantar no marcador e assim levar de vencida o adversário.
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Na primeira dessas três finais, o Vitoria SC ainda vence, no Campo da Amorosa, a Académica de Coimbra por 2-1, mas na jornada seguinte, a penúltima, carimba definitivamente o passaporte rumo à 2ª Divisão Nacional ao não conseguir levar de vencida o Atlético CP.
O jogo termina empatado a 0-0, com o Vitoria SC, apoiando por uma imensa falange de apoio que viajou propositadamente de Guimarães, a desperdiçar inúmeras oportunidades para se adiantar no marcador e assim levar de vencida o adversário.
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Recorda-se então aqui com acuidade um lance a poucos minutos do final desse jogo decisivo para a permanência, quando o médio José da Costa, um dos mais categorizados jogadores do Vitoria SC, falhou uma oportunidade clara, quando, isolado perante o guarda-redes do Atlético CP, não conseguiu marcar.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1954/55).
O Vitoria SC foi relegado para a 2ª Divisão Nacional na época de 1955/56, mas José da Costa continuou a jogar no primeiro escalão do futebol português. Reforçou a magnifica equipa do Lusitano GC de Évora, que neste período evidenciava-se como uma das melhores equipas nacionais.
Em 1955/56, José da Costa foi titularíssimo na equipa eborense que alcançou um tranquilo 8º lugar na classificação do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Jogou todos os 26 jogos da competição, marcando 2 golos.
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Em 1955/56, José da Costa foi titularíssimo na equipa eborense que alcançou um tranquilo 8º lugar na classificação do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Jogou todos os 26 jogos da competição, marcando 2 golos.
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(José da Costa no Lusitano GC de Evora).
Na geração dourada da história do Lusitano GC de Évora, José da Costa foi novamente um elemento fundamental no 5º lugar obtido na temporada de 1956/57, a melhor classificação de sempre deste clube alentejano no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
