Glórias do Passado: Bártolo

 

Bártolo


José Maria da Maia Bártolo, futebolista do Vitoria SC desde a temporada de 1954/55 a 1960/61, nasceu no dia 5 de Novembro de 1933 em Ílhavo. Em Guimarães tornou-se um jogador famoso, integrando a linha avançada do Vitoria SC, notabilizando-se ao lado de jogadores como os brasileiros Ernesto Paraíso, Edmur e Carlos Alberto e o extremo esquerdo Rola.

Bártolo era um avançado de grande mobilidade que jogava preferencialmente na posição de extremo direito. De baixa estatura era um atleta muito veloz - talvez o seu principal predicado deste jogador – e com bom domínio de bola conduzia muito bem o esférico nas investidas sobre os defensores contrários.
.
A sua carreira de futebolista passa pela equipa sénior do SC Beira Mar nas épocas de 1951/52 a 1953/54 sempre a disputar o Campeonato da 2ª Divisão Nacional. No clube aveirense Bártolo começou a destacar-se com as suas exibições, chegando ecos da sua valia como jogador até à cidade de Guimarães.
.

(SC Beira Mar na temporada de 1953/54)

(À civil a equipa do SC Beira Mar na temporada de 1952/54)

O Vitoria SC enviou o Senhor Alberto Pimenta Machado Júnior como emissário do clube a Ílhavo para convencer o jovem Bártolo a ingressar na equipa da cidade berço. Com 21 anos de idade assina contrato com o Vitoria SC para a época de 1954/55, a primeira de um total de 7 temporadas ao serviço dos vimaranenses, com um ordenado de 1.200$00.

A temporada de 1954/55, a primeira do extremo Bártolo no Vitoria SC, ficou marcada na historia, como a época em que clube desceu pela primeira vez à 2ª Divisão Nacional, facto que apenas voltaria a suceder passado mais de 50 anos, nomeadamente no final da recente temporada de 2005/06, em que os vimaranenses foram relegados à 2ª Liga.

Inexplicavelmente a formação vimaranense não conseguiu garantir a manutenção no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1954/55, facto que surpreendeu todo o panorama futebolístico nacional, precisamente, numa altura em que o Vitoria SC tinha feito uma forte aposta na equipa de futebol.

No início da temporada de 1954/55, o Vitoria SC contratou o conceituado treinador inglês Randolph Galloaway que em Portugal tinha alcançado enorme sucesso ao conquistar três títulos de campeão nacional de forma consecutiva como técnico principal do Sporting CP. O técnico inglês foi o primeiro treinador de Bártolo na sua carreira ao serviço da equipa do Vitoria SC.

Não obstante a profunda aposta num conceituado técnico e também em jogadores de qualidade, a verdade é que os resultados foram uma verdadeira desilusão e o Vitoria SC acabaria por ser o ultimo classificado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1954/55.

(Vitoria SC na época de 1954/55)

(Bártolo no Campo da Amorosa com a camisola do Vitoria SC)
.
A temporada de 1955/56 seria a primeira de um conjunto de três épocas consecutivas em que o Vitoria de Guimarães, e o seu futebolista Bártolo, iriam passar na 2ª Divisão Nacional depois do fatídico ano de 19954/55.

O objectivo primário dos responsáveis directivos era recolocar o principal clube da cidade de berço na 1ª Divisão Nacional. Para o efeito, apostaram fortemente na equipa de futebol, logo naquela que seria primeira época na 2ª Divisão Nacional, afim de atingir o mais rapidamente possível o desiderato por qual todos ansiavam.
.
Foi contratado para treinador da equipa de futebol um técnico de renome nacional. Fernando Vaz, antigo adjunto do inglês Randolph Galloway no Sporting CP, ex-treinador do FC Porto e antigo seleccionador nacional, foi o escolhido para comandar a equipa do Vitoria SC. Será precisamente com o treinador Fernando Vaz que Bártolo irá explodir definitivamente para o mundo futebol e consequentemente para a equipa do Vitoria SC.
.

(Vitoria SC na temporada de 1955/56)

(Durante um treino na temporada de 1955/56 no Campo da Amorosa)

(Plantel do Vitoria SC na época de 1955/56)

Destaque para a frente de atque do Vitoria SC na temporada de 1955/56, formada regularmente por Bártolo, Lutero, Ernesto Paraíso, Rola e Benje. Também jogariam com bastante regularidade o argentino Rinaldi e Silveira, antes de se afirmar como defesa central.

Naquela altura o Campeonato Nacional da 2ª Divisão era uma prova disputada inicialmente em duas zonas – a norte e a sul – compostas cada uma por 14 equipas. Posteriormente, os três primeiros classificados da cada zona reuniam-se numa fase final para apurar o vencedor - que subia directamente à 1ª Divisão Nacional - e o 2º classificado que disputaria os chamados jogos de passagem com o penúltimo classificado da 1ª Divisão.

O Vitoria SC depois de garantir um lugar na fase final com o 1º lugar no final do Campeonato da Zona Norte da 2ª Divisão Nacional. Na fase final o 1º lugar ficou entregue ao COL Oriental que assim garantiu a subida automática à 1ª Divisão Nacional.

Ao Vitoria SC coube o 2º posto na tabela o que lhe permitiria ainda assim disputar os jogos de acesso com o penúltimo classificado da 1ª Divisão Nacional. O adversário nos jogos da passagem, disputado a duas mãos, foi a Académica de Coimbra que militava no escalão maior do futebol português.

A 1ª mão foi disputada no Campo da Amorosa em Guimarães, terminando o jogo empatado a 1-1. Para o jogo da 2ª mão o Vitoria SC teria de vencer em Coimbra para subir à 1ª Divisão Nacional. Num jogo disputado em campo relvado - acontecimento raro na altura - o Vitoria SC acabou derrotado pela Académica de Coimbra por 1-0 e assim não conseguiu garantir a almejada subida à 1ª Divisão Nacional.

(Bártolo em acção no Campo da Amorosa)

(Equipa do Vitoria SC com a equipa SC Olhanense na cidade algarvia de Olhão)
.

(Equipa do Vitoria SC durante um treino no Campo da Amorosa)

Na época seguinte de 1956/57 o Vitoria de Guimarães voltou a disputar o Campeonato Nacional da 2ª Divisão inserido na Zona Norte daquele escalão, novamente com a clara intenção de alcançar a subida à 1ª Divisão Nacional, que a final desafortunadamente não conseguiu concretizar.

No comando técnico da equipa do Vitoria SC havia um novo treinador, o argentino Óscar Tellechea, que chegava a Guimarães para substituir Fernando Vaz, que, devido a problemas particulares, não permaneceu na cidade berço, apesar dos enormes esforços realizados pelos dirigentes vimaranenses para o convencer a manter-se à frente da formação. Este argentino seria o terceiro treinador de Bártolo no Vitoria SC.

Depois de realizada a 1ª fase, apuraram-se para a fase final do Campeonato da 2ª Divisão Nacional o SC Salgueiros, o Vitoria SC e o SC Braga, pela Zona Norte, e o SC Farense, o GD Coruchense e o CD Montijo pela Zona Sul.

(Vitoria SC na época de 1956/57)

(Equipa do Vitoria SC durante um treino no Campo da Amorosa)

No jogo decisivo dessa temporada o Vitoria SC vai de viagem até Faro para aí realizar o encontro contra o SC Farense, formação que já se encontrava sem qualquer possibilidades de alcançar os primeiros lugares. Ao Vitoria SC bastava o triunfo para classificar-se no 1º lugar e assim garantir automaticamente o regresso à 1ª Divisão.

Sucede que o Vitoria SC não conseguiu ir alem de um empate a 2-2. E teve tudo para conseguir levar de vencida os leões do Algarve. A poucos minutos do final do desafio a equipa do Vitoria SC beneficiou de uma grande penalidade que, a concretizar-se, certamente atribuiria o triunfo aos vimaranenses e consequentemente a subida à 1ª Divisão. A sorte foi madrasta para a equipa do Vitoria SC que desperdiçou a oportunidade de se colocar na frente do marcador com Armando Barros a não converter a grande penalidade em golo. Dramático e infortúnio final.

SC Salgueiros, SC Braga e Vitoria SC, as três formações do Norte que seguiram para a fase final ficaram igualadas na 1ª posição com 14 pontos no total, mas, pelo desempate pela diferença de golos, a turma da cidade do Porto subiu directamente de Divisão, enquanto a equipa bracarense seguiu para os jogos de passagem.

(Vitoria SC na época de 1956/57)

(Bártolo, Costa, Daniel, Virgilio e Silva jogadores do Vitoria SC)
.
Depois de duas goradas tentativas em regressar à 1ª Divisão Nacional, nas épocas de 1955/56 e 1956/57, o Vitoria Sport Clube conseguiu finalmente regressar ao principal escalão do futebol português no final da temporada de 1957/58. Para atacar a subida de divisão o Vitoria SC fez retornar a Guimarães o técnico Fernando Vaz, o mesmo que na época de 1955/56 tinha liderado a equipa sénior.
.
Nesta época destaca-se a contratação de Romeu. Romeu formou poderosíssimas frentes de ataque no Vitoria de Guimarães juntamente com Ernesto Paraíso, Bártolo, Rola, Mário Cívico e mais tarde também com o avançado brasileiro Edmur.
.

(Vitoria SC na temporada de 1957/58)

(Ataque do Vitoria SC na temporada de 1957/58)

(Jogo do Vitoria SC na época de 1957/58)

Terminada a competição na Zona Norte da 2ª Divisão Nacional, na primeira fase da temporada, a classificação final ficou alinhada da seguinte forma: 1º - Vitoria SC, com 41 pontos; 2º - SC Covilhã, com 38 pontos; 3º - Boavista FC, com 34 pontos, que se apuraram para a fase final.

O Vitoria SC acabou por terminar a fase final no 2º lugar da tabela classificativa, o que lhe permitia desde logo manter as esperanças do regresso à 1ª Divisão Nacional. Para isso, a equipa do Vitoria SC teria que levar de vencida o SC Salgueiros, que foi o penúltimo classificado na 1ª Divisão Nacional, nos apelidados jogos de passagem disputados a duas mãos.

(Vitoria SC na temporada de 1957/58)

(Bártolo e restantes companheiros do Vitoria SC)
.

(Vitoria SC - União de Coimbra)

A 1ª mão dos jogos de passagem disputou-se no Campo Engenheiro Vidal Pinheiro, na invicta cidade do Porto, a casa do SC Salgueiros. O Vitoria SC realiza uma grande partida surpreendendo o primodivisionario SC Salgueiros em sua própria casa, vencendo a contenda por 1-2. Pelo Vitoria SC alinharam naquele dia a seguinte equipa: Sebastião; Virgílio, Silveira e Abel; Cesário e João da Costa, Bártolo, Romeu, Ernesto Paraíso, Mário Cívico e Rola.

O encontro da 2ª mão disputou-se no Campo da Amorosa, em Guimarães. O jogo foi tremendamente difícil com a equipa da cidade do Porto a tudo fazer para dar a volta à eliminatória.

Briosamente o Vitoria SC foi resistindo as investidas encarnadas do clube de Paranhos e o resultado final de 2-2 confirmaria o tão ansiado regresso do Vitoria SC à 1ª Divisão Nacional, escalão onde permaneceria ininterruptamente durante cerca de 50 anos e onde viria a tornar num dos maiores clubes do futebol português.

(Vitoria SC na época de 1957/58)

(Bártolo no Vitoria SC)

(Entrevista colectiva ao Vitoria SC na época de 1957/58)

No Campo da Amorosa, logo após o apito final, exuberantes festejos eclodiram entre jogadores, técnicos, dirigentes, massa associativa e vimaranenses em geral que invadiram o terreno de jogo onde abraçaram e vangloriaram os heróis que acabavam de conquistar a subida de divisão, entre eles, naturalmente, o extremo Bártolo.

Bártolo, um titular indiscutível, foi um dos jogadores mais importantes nesta ansiada conquista do Vitoria. Alinhou em 34 jogos do Campeonato Nacional da 2ª Divisão da temporada de 1957/58, apontando um total de 10 golos na competição, cabendo-lhe no final um premio de 5.800$00 pela subida de divisão.

(Vitoria SC na época de 1957/58)
.

(Frente de ataque do Vitoria SC com Bártolo, Edmur, Ernesto Paraíso, Carlos Alberto, Romeu e Rola)
(Entrevista dos jogadores do Vitoria SC no Campo da Amorosa)

Foi mesmo o autor do primeiro golo do Vitoria SC nesta competição, como que abrindo assim o caminho aos sucessos que iriam chegar. Aconteceu na vitória dos vimaranenses em Peniche no dia 8 de Setembro de 1957, na jornada inaugural do Campeonato Nacional da 2ª Divisão. O Vitoria SC venceu o GD Peniche por 1-3, com Bártolo a anotar dois golos e Romeu, seu companheiro de ataque, a marcar um.

Realce ainda para um golo importantíssimo que Bártolo marcou nesta temporada sobre o SC Covilhã. A equipa serrana, uma excelente formação, que se sagrou campeã nacional da 2ª Divisão foi derrotada em Guimarães por 1-0, com um golo da autoria de Bártolo.

(Vitoria SC - SC Salgueiros no jogo da subida à 1ª Divisão Nacional)

(Bártolo, Romeu, Ernesto, Mario Civico e Rola, ataque do Vitoria em 1957/58)

A época de 1958/59 marca o regresso de Bártolo e do Vitoria Sport Clube, obviamente, à 1ª Divisão Nacional, escalão onde o clube vimaranense militaria ininterruptamente durante cerca de 50 anos, cimentando, definitivamente, uma posição de destaque, como um dos principais clubes do panorama futebolístico português.

O Vitoria SC não conseguiu renovar contrato com o treinador responsável pela subida de divisão, o senhor Fernando Vaz, que rumou a Lisboa para comandar os destinos do CF Belenenses, passando a partir deste momento a ser o eterno desejado da massa associativa do Vitoria SC.

Para o cargo de treinador principal foi contratado Mariano Amaro, antigo jogador internacional português, uma das maiores figuras da história do CF Belenenses e do futebol português na década de 30 e 40.

(Vitoria SC na época de 1958/59)

(Bártolo no Vitoria SC)

(Bártolo em acção pelo Vitoria SC pela ala direita no Campo da Amorosa no desafio frente ao SC Covilhã)

No Campeonato Nacional da época de 1958/59 o Vitoria SC percorre um caminho notável com destino à melhor classificação de sempre na sua história até então. Um fantástico 5º lugar, logo atrás dos principais clubes daquele tempo, era realmente espantoso para um clube que estava de regresso ao primeiro escalão do futebol nacional.

Entre o final da temporada de 1958/59 e o início da época de 1959/60, o Vitoria SC deslocou-se pela primeira vez na sua história ao continente africano para disputar alguns jogos amigáveis, para os quais tinha sido convidado por alguns vimaranenses radicados em Africa. Bártolo é um dos integrantes da comitiva vitoriana que se desloca a Africa.

(Vitoria SC na temporada de 1958/59)

(Vitoria SC - SCU Torreense no Campo da Amorosa)

Para a nova época de 1959/60 o Vitoria SC apresentava, desde logo, como principal novidade o seu treinador. Tratava-se de Humberto Buchelli, um técnico uruguaio proveniente do Vitoria de Setúbal, onde tinha trabalhado nas últimas 3 temporadas com resultados altamente meritórios.

O Vitoria SC faz uma primeira volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão em grande estilo terminando a primeira metade da prova classificado na 3ª posição da geral. Já a segunda volta é bem mais fraca, onde o conquista somente 5 pontos, certamente em consequência do desgaste causado com a digressão ao continente africano no início da temporada. Terminou o Campeonato Nacional na 7º posição um lugar tranquilo e meritório.

(Plantel do Vitoria SC na época de 1959/60)
.

(À porta do avião da Tap com destino a Africa em digressão)


(Vitoria SC na temporada de 1959/60)

.

(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1959/60)


(Vitoria SC na Camara Municipal de Guimarães)

(Vitoria SC na temporada de 1959/60)
.
O grande feito daquela época foi a conquista protagonizada por Edmur que venceu o troféu de melhor marcador do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, arrecadando assim o prémio de “Bola de Prata”. Edmur apontou 25 golos ao longo da competição, e foi seguido na classificação por Fernando do Sporting CP com 22 golos e José Aguas e José Augusto do SL Benfica, ambos com 19 tentos cada. Naturalmente que Bártolo foi um dos jogadores que muito contribuiu para o feito de Edmur.
.

(Vitoria SC na época de 1959/60)

(Bártolo no Vitoria SC)

(Vitoria SC na temporada de 1959/60)

(Caricatura de Bártolo com as cores do Vitoria SC)

(Vitoria SC na época de 1959/60)
.

(Vitoria SC na temporada de 1959/60)

Com 27 anos de idade Bártolo entra na sua última temporada ao serviço do Vitoria SC, precisamente a época de 1960/61. Nesta temporada o Vitoria SC subiu mais um degrau na hierarquia do futebol português ao atingir o 4º lugar na tabela classificativa do Campeonato Nacional da 1ª Divisão que correspondia, até aquela altura, à melhor classificação de sempre do clube na principal prova futebolística nacional.

No Campo da Amorosa ganhou a todos aos apelidados grandes. Ao CF Belenenses venceu por 3-2 no jogo que marcaria a estreia do jovem Pedras. Ao SL Benfica o Vitoria SC venceu por 2-1 e ao FC Porto por 4-2, num magnífico espectáculo de futebol. Apenas o Sporting CP conseguiu uma igualdade a 0-0 em Guimarães.

(Plantel do Vitoria SC na época de 1960/61)

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1960/61)

A época iniciou-se com um novo treinador, Artur Quaresma, que substituía o uruguaio Humberto Buchelli. Artur Quaresma era uma antiga glória do CF Belenenses que entrava no Vitoria SC para ocupar o cargo de treinador da equipa principal por indicação do técnico Fernando Vaz, que mantinha em Guimarães uma certa ascendência sobre os dirigentes do clube que com frequência auscultavam a sua opinião.

Na segunda parte da época, a equipa principal do Vitoria SC era já um pouco diferente, principalmente nos homens que compunham a frente de ataque, com Bártolo e Ferreirinha cederam os seus lugares aos jovens Augusto Silva e Pedras. Por isso, nesta época, o extremo direito Bártolo apenas realizou 10 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tendo apontado 2 golos.

Nesta época, recorda-se, frequentemente, a partida entre o FC Porto e o Vitoria SC a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, disputada no Estádio das Antas e que terminou empatada a 2-2. Nesse jogo, Bártolo realizou um soberba exibição, com excelentes iniciativas individuais que colocaram em pântanos a defensiva portista, essencialmente o defesa Barbosa, jogador encarregue da marcação a Bártolo.

(Vitoria SC na época de 1960/61)

(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1960/61)

No final da época, porém, Bártolo e Vitoria SC colocaram um ponto final na sua ligação. Bártolo prosseguiu a sua carreira de futebolista, destacando-se, desde logo a sua passagem pelo SC Braga, o grande rival dos vimaranenses.

(Bártolo no SC Braga)

Bártolo, sempre foi uma pessoa muito comunicativa e, como tal, facilmente conquistou vários amigos na cidade de Guimarães. No final da carreira escolheu Guimarães para viver, fixando a sua residência familiar na cidade berço.

(Equipa do velhas guardas do Vitoria SC na decada de 70)

(Antigos jogadores do Vitoria SC)

(Bártolo)


Autor: Alberto de Castro Abreu

Excelente trabalho, uma vez mais! Tinha conhecimento do Bártolo ter passado pelo V. Guimarães uma meia dúzia de épocas, incluindo a passagem pela 2.ª Divisão Nacional, em finais dos Anos 50. Contudo, não tinha conhecimento que tivesse passado pelo Braga.

Que camisola tão 'única' que vestia o Beira Mar! Como se chama esse 'desenho' que é usado como design das cores da camisola? Já não me lembro!

Perguntinha: Esse Rola do VSC seria o Rola do Sporting de meados dos Anos 50? Vicente Guiomar, ou algo parecido, de nome próprio. Seria esse? Creio que havia ingressado no SCP vindo ou da Oliveirense ou do Estarreja. Poderá esclarecer?

Obrigado.
 
Meu caro Dingo:

Na verdade tambem não tinha conhecimento da passagem de Bártolo pelo SC Braga. Apenas quando um amigo me enviou esse cromo é que pude constactar esse facto que não deixa de ser curioso.

Pois, também não sei apelidar a tão famosa "farda" do SC Beira Mar daqueles tempos, mas é de facto, bem original.

Do Rola, é efectivamente esse mesmo. Veio do Sporting CP para o Vitoria SC na decada de 50. Jogou várias épocas no Vitoria SC, aqui encerrou a carreira e no Vitoria SC trabalhou praticamente até morrer.

Cumprimentos,

Alberto
 
Gostei do blog, parabéns, decerto voltarei, José
 
Meu caro Zé Maria:

Obrigado pela visita e, obviamente, espero que volte mais vezes.

Saudações Vitorianas,

Alberto
 
Enviar um comentário



<< Home
Site Meter