Glórias do Passado: Curado

 

Curado


No ano de 1997, no âmbito das comemorações do 75º aniversário, o Vitoria SC decidiu homenagear uma personalidade marcante na sua história social e desportiva do clube, atribuindo o título de “capitão vitalício das equipas do Vitoria SC” a António Curado, atleta que briosamente representou a colectividade vimaranense entre as épocas de 1944/45 até 1948/49.

António Henriques Curado nasceu no dia 6 de Janeiro de 1921 na freguesia da Sé Nova na cidade de Coimbra. Natural da cidade dos estudantes, ainda estudou até 1942, frequentando o 2º ano, com a ilusão de se formar no curso de direito, mas a paixão e dedicação ao futebol foi superior a esse sonho.

O jovem Curado, reconhecidamente caracterizado como um “bon vivant”, fez parte da conceituada “Trupe do Pica”, comandada pelo lendário Felisberto Pico, um dos mais famosos boémios da cidade de Coimbra durante a década de 30 e 40.

O gosto pessoal pela prática desportiva do futebol leva-o à Académica de Coimbra em 1936, onde actuou pela equipa de juniores. Nas épocas de 1937/38 e 1938/39 representa a formação CF “Os Conimbricenses”, regressando à Académica de Coimbra no inicio da temporada de 1939/40.
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Permanece ao serviço da principal formação conimbricense durante 3 épocas consecutivas, sem contudo conseguir afirmar-se na equipa principal da Académica de Coimbra que militava na 1ª Divisão Nacional.
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(Curado na Académica de Coimbra frente ao SL Benfica)
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Em busca do sonho de jogar com maior regularidade, o jovem Curado transferiu-se no início da época de 1842/43 para o rival União de Coimbra, apesar da enorme polémica que causa naquela altura.

Na formação do União de Coimbra o jovem António Curado começa a impor-se futebolisticamente, conquistando com todo o mérito um lugar de destaque na equipa unionista. Na equipa do União de Coimbra da época de 1942/43, atinge o 1º lugar do Grupo B da 4ª série da 2ª Divisão Nacional, apurando-se, consequentemente, para a fase final de acesso à 1ª Divisão Nacional. Nesse ciclo de jogos final o União de Coimbra acaba por não conseguiu atingir o escalão maior, subindo à 1ª Divisão o FC Barreirense.

Na temporada de 1943/44, com Curado assumindo um papel de enorme destaque na dinâmica da equipa, o União de Coimbra volta a vencer a sua Série, mas na fase final não consegue ir alem do 4º lugar.

Esta época fica marcada, porém, pela participação da equipa do União de Coimbra na Taça de Portugal onde atingiu a melhor classificação de sempre até aos dias de hoje. Nos oitavos de final a equipa da cidade de Coimbra eliminou o SC Olhanense e nos quartos de final teve que disputar a eliminatória contra o Vitoria SC.

É precisamente nesta eliminatória da Taça de Portugal que as exibições do defesa Curado despertarão a atenção dos responsáveis do Vitoria SC. Em Coimbra, no jogo da 1ª mão, disputado no lotado Campo da Arregaça, o União empatou com o Vitoria SC a 1-1.

Este jogo, muito bem disputado segundo as crónicas, teve em Curado um dos elementos mais preponderantes da equipa de Coimbra, salvando, com a sua intervenção, muitos dos ataques efectuados pelo forte opositor.

Esta partida teve ainda a curiosidade de ter duas grandes penalidades desperdiçadas, uma para cada equipa. A que favoreceu o Vitoria SC, surgiu precisamente por uma falta cometida pelo defesa Curado. O avançado do Vitoria SC Ferraz executa um remate para golo à baliza adversária. No momento em que a bola iria ultrapassar a linha de golo, Curado, com uma defesa ao estilo do melhor guarda-redes, impede o golo com a mão. Todavia, Brioso, o conceituado avançado do Vitoria SC não conseguiu bater o guarda-redes Cameirão do União de Coimbra, atirando ao lado da baliza.

O jogo da 2ª mão disputado no Campo do Benlhevai em Guimarães, foi manifesta a superioridade do Vitoria SC, de resto, bem evidente nos números da partida, com a vitória de 7-1 a favorecer a turma da casa.

Neste jogo, uma vez mais, Curado deu uma de guarda-redes, colocando novamente a mão à bola dentro da área de forma a evitar um golo certo. Todavia, desta feita, o médio vimaranense Zeferino não se fez rogado e transformou em golo a grande penalidade convertida.

Apesar deste lance e a quantidade de golos sofridos pelo União de Coimbra, o defesa Curado foi novamente considerado o melhor jogador da sua equipa, estancando, diversas vezes, pela sua acção, as investidas do perigoso ataque do Vitoria SC.

É na sequência desta eliminatória da Taça de Portugal e das exibições protagonizadas que surge o convite a António Curado para ingressar no Vitoria SC. O jovem de 23 anos transfere-se para a cidade de Guimarães e passa a representar a equipa do Vitoria SC a partir da temporada de 1944/45.
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Na época de 1944/45 o Vitoria Sport Clube continua com Alberto Augusto como treinador principal (a ultima) e a sua linha era composta essencialmente pelo seguinte onze: Machado; Curado e João; Dias, Zeferino e José Maria; Brioso, Miguel, Ferraz, Alcino e Arlindo.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1944/45)

Curado é grande aquisição do Vitoria SC para a nova temporada. Veio como jogador rotulado e comprovou em Guimarães todo o seu valor tornando-se não só peça imprescindível na equipa como também seu capitão. Facilmente, afirma-se como titular indiscutível no sector mais recuado da equipa do Vitoria SC.

A sua transferência foi todavia polémica com os responsáveis do Vitoria SC a usar um estratagema que naquela altura era a única via para contratar os serviços dos jogadores de outros clubes. A referida regra dizia que um jogador só podia transferir-se no final da época para outros clubes com sede em cidades onde obtivessem um emprego público. É aqui que a Câmara Municipal de Guimarães entra na história garantindo a Curado um lugar de funcionário público e permitindo assim a sua transferência para o clube da cidade berço.

António Curado permaneceu ao serviço do Vitoria SC durante cinco temporadas consecutivas, regressando à cidade de Coimbra apenas na época de 1949/50 para representar a Académica de Coimbra.

(FC Porto - Vitoria SC, com o defesa Curado no corte)

O Vitoria SC da época de 1944/45, como Curado como titular indiscutível no sector defensivo, sagrou-se novamente Campeão Distrital da A.F. Braga e no Campeonato Nacional da 1ª Divisão terminou na 8ª posição da tabela classificativa, deixando atrás de si a Académica de Coimbra e o SC Salgueiros.

Curado estreou-se oficialmente com a camisola do Vitoria SC em Setembro de 1944, em Vizela, na partida da 1ª jornada do Campeonato Distrital da A.F. Braga, em que os vitorianos venceram o FC Vizela por claros 0-7.

A estreia com a camisola do Vitoria SC no Campeonato Nacional da 1ª Divisão aconteceu também à 1ª jornada daquela competição, em Novembro de 1944, na partida que opôs o SC Salgueiros aos vimaranenses disputada na cidade do Porto, em que a equipa salgueirista venceu por 3-2, com dois golos de Machado e um de Renato (já no ultimo minuto do desafio) para a formação da casa e com Zeferino e Brioso a apontar os tentos do Vitoria SC.

(Vitoria SC na temporada de 1944/45)

A segunda época de Curado no Vitoria SC, correspondente ao ano de 1945/56, trás ao comando técnico da equipa principal um novo treinador. Alexander Peics é o novo treinador do Vitoria SC.

O Vitoria SC sagra-se, como acontecia invariavelmente naquele tempo, Campeão da região, mas desta vez intitulado como Campeão do Minho, devido à extinção da A. F. de Viana do Castelo o que levou à junção numa só prova das equipas da região de Braga e de Viana do Castelo. A prova foi pautada pela enorme superioridade do Vitoria SC em relação a todas a outras formações de tal forma que até a FC Famalicão, uma das melhores equipas da altura, o Vitoria SC foi vencer.

(Vitoria SC na época de 1945/46)

O Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 inicia-se com o impedimento do Vitoria SC utilizar o Campo do Benlhevai pois, dizia-se na imprensa da época, que os maus resultados alcançados pelo Selecção Nacional de futebol devia-se ao facto de na máxima prova nacional utilizar-se campos com pequenas dimensões como o do Benlhevai era exemplo.

Assim sendo, decretado aquele impedimento, urgente se tornou a construção de um novo campo de futebol na cidade de Guimarães. Vai nascer o Campo da Amorosa, inaugurado a 13 de Janeiro de 1946 em jogo frente ao Boavista FC. O Vitoria SC vence a formação axadrezada por 3-1 com Alexandre a apontar o primeiro golo oficial naquele novo estádio. A formação do Vitoria SC naquele celebre jogo era constituída por Machado; Garcia e João; Luciano, Curado e José Maria; Fanklim, Miguel, Alexandre, Brioso e Arlindo.

A cidade e o Vitoria SC, institucionalmente, prestaram uma grande homenagem a Antero Henriques da Silva, o principal dinamizador na construção do Campo da Amorosa. António Curado, como o capitão da equipa principal do Vitoria SC, foi um dos oradores naquela prestigiada homenagem levada a cabo pelo clube e pela cidade de Guimarães.

(António Curado no Vitoria SC)
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46, já disputado por 12 equipas, o Vitoria SC terminaria novamente no 8º lugar da classificação, deixando atrás de si o SL Elvas, a Académica de Coimbra, o Boavista FC e o UD Oliveirense.

António Curado jogava na posição de defesa - intratável por sinal - segundo os adversários e, ocasionalmente, também no meio campo. Impunha-se facilmente naquele sector pela sua forte compleição física e pela forma entusiástica e dedicada com que jogava futebol.

Era um típico jogador viril, do estilo “antes quebrar que torcer”. A dureza e empenho que impunha em cada lance em que interviesse eram também apanágio de António Curado. Tinha ainda o “ritual” de almoçar com os pés mergulhados em água com sal afim de curar as feridas causadas pelo jogo que tanto amava.

De resto, conta o próprio, uma deliciosa historia que retrata bem a forma como encarava o jogo e sobre também José Maria Pedroto, que várias vezes defrontou como adversário. Diz Curado que “o célebre Pedroto tinha um grande defeito. Como não lhe bastasse já a sua nítida superioridade técnica para iludir o adversário em jogadas magistrais, gostava, quase sempre, de goza-lo no próprio momento em que o ultrapassava, como piropos nada lisonjeiros.”

Num desafio frente à Académica de Coimbra, Pedroto passou todo o encontro a gozar os jogadores conimbricenses, proferindo arreliadores “olés” e expressando um sorriso “gozão” em direcção dos adversários sempre que os conseguia ultrapassar nos seus bem sucedidos dribles.
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Curado, central matreiro e experiente decidiu colocar um termo àqueles arreliadores “olés” proferidos por Pedroto, contando na primeira pessoa o sucedido: “Claro que o grande mestre me fintou, num dribling perfeito, seguido também, do seu irritante e sarcástico “olé”, como se, salerosamente estivesse toureando em plena arena. Não devia fazê-lo, não gostei. Não resisti e fiz. De imediato mandei-lhe uma pranchada como mandam as más regras, ficando o Pedroto, contundido, estatelado no relvado a ouvir-me dizer em tom alto e jocoso: Foste colhido!”
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(Vitoria SC na época de 1945/46)
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Por outro lado, António Curado, alem de futebolisticamente ser um jogador dotado, tinha uma personalidade merecedora dos mais rasgados elogios. Personalidade de fino trato, intelectualmente distinto e uma educação esmerada, Curado era um verdadeiro comandante. Sabia impor as regras e exercia vincadamente a sua influência junto dos colegas de equipa, formando à sua volta uma verdadeira família, a família do Vitoria SC.
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(Formação do Vitoria SC na temporada de 1945/46)

Segue-se, entretanto, a época de 1946/47, a ultima época em que a participação no Campeonato Nacional da 1ª Divisão dependia do título de Campeão Distrital. Há um novo treinador no Vitoria SC. É Artur Baeta, um homem que se tornou famoso pela dedicação à formação de jovens jogadores de futebol. Cria no Vitoria SC a primeira escola de futebol para crianças ficando também famoso por esse trabalho no FC Porto, onde ainda hoje tem o seu nome a escola de futebol dos azuis e brancos.

O Campeonato Distrital foi de novo conquistado pela formação de Guimarães. Todavia a conquista deste título já não foi o passeio que havia sido nos anos anteriores. O Vitoria SC teve que ultrapassar inúmeras dificuldades e puxar de todos os seus galões e classe para conquistar o ceptro. (Vitoria SC na época de 1946/47)

Os jogos decisivos foram frente ao SC Braga. Em Braga o Vitoria SC venceu por 4-5, verificando-se muitos confrontos no final do jogo entre os adeptos das duas equipas e, em Guimarães, no jogo da última jornada, uma tremenda goleada por 5-0 revalidando assim o título de Campeão.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC fica mais uma vez classificado na 8ª posição, numa prova disputada por 14 clubes, classificação que garantia um lugar na prova na época seguinte.

Como acima dissemos, a partir da época de 1947/48 o Campeonato Nacional da 1ª Divisão disputa-se nos moldes que conhecemos actualmente, com a prova a ser realizada no sistema de acesso e descidas mediante a classificação obtida no ano anterior e não já fruto de vitórias alcançadas em campeonatos distritais.

(Sporting CP - Vitoria SC em 1947/48 com Curado nas alturas)

Na temporada de 1947/48 chega a Guimarães um novo treinador que vem substituir Artur Baeta. Alfredo Valadas é o escolhido para comandar os destinos da equipa do Vitoria SC, permanecendo nesse cargo em Guimarães durante 2 temporadas, ou seja, será o ultimo treinador que Curado conhece ao serviço da equipa da cidade berço.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão desta época o Vitoria SC classificou-se na 7ª posição, precisamente a meio da tabela de um campeonato disputado por 14 clubes. O Vitoria SC realizou uma prova extremamente tranquila, garantindo a permanência no escalão – que era o primordial objectivo – com muita facilidade.

Nesta temporada e nesta competição em particular, destaque para a participação de António Curado, que realizou todos os desafios do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, sendo o único totalista da equipa do Vitoria SC.

Na época de 1948/49, a última do Curado em Guimarães, o Vitoria SC conquistou um brilhante 6º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tão só a melhor classificação de sempre até aquela altura. Acima do Vitoria SC apenas se classificaram o Sporting CP, que foi o campeão, o SL Benfica, o CF Belenenses, o FC Porto, e o surpreendente GD Estoril – Praia.

(Vitoria SC na temporada de 1948/49)

No final desta temporada de 1948/49, o Vitoria SC perdeu o capitão da equipa e um dos jogadores mais importantes até então, o defesa/médio Curado, que regressou à sua cidade natal para representar, desta feita, a Académica de Coimbra.

O período que passou no Vitoria SC terá sido, por certo, o mais brilhante da sua carreira. Foi durante estas cinco épocas ao serviço do clube da cidade berço que foi várias vezes convocado para os trabalhos da Selecção Nacional de Portugal. Foi sete vezes suplente em jogos da Selecção Nacional e, por uma vez, titular, em 1947 numa partida que marcou a despedida do jogador do CF Belenenses Mariano Amaro, realizada no Campo das Salésias, entre a Selecção Nacional e a Selecção de Ultramar.

Representou varias vezes a Selecção de Coimbra, a Selecção do Norte, em partidas contra o Sul, e ainda a Selecção do Minho, nomeadamente, no encontro contra a Selecção Nacional de Portugal, que marcou a inauguração do Estádio 28 de Maio na cidade de Braga, hoje conhecido como Estádio 1º de Maio. Nessa partida, António Curado foi o capitão da Selecção do Minho e considerado pela crítica desportiva como o melhor jogador em campo.
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(António Curado)

Registe-se, ainda, outro facto marcante na carreira do António Curado. Alem de ter recebido convites para representar equipas como o SL Benfica, Sporting CP, FC Porto e CF Belenenses, alem de outras formações do ultramar, terá sido também o primeiro jogador português a ser convidado a jogar em equipas estrangeiras, como foi o caso do Real Sociedad de Espanha ou a Portuguesa de S. Paulo no Brasil.

É, contudo, na equipa da Académica de Coimbra que António Curado irá terminar a sua carreira de futebolista em 1956. Foram 7 temporadas consecutivas ao serviço da equipa dos estudantes na qual foi também o capitão de equipa e um dos mais valiosos jogadores da história do clube de Coimbra.

(Curado na Académica de Coimbra)

No período em que representou a briosa, a equipa da Académica de Coimbra disputou sempre a 1ª Divisão Nacional. Na temporada de 1953/54 correu, porem, sérios riscos em descer ao escalão secundário do futebol português.

A partida decisiva que a Académica de Coimbra venceu e assim garantiu a permanência na principal competição portuguesa decorreu em Março de 1954, entre os conimbricenses e o Vitoria SC. A Académica de Coimbra venceu aquele desafio por 1-0 com um golo precisamente da autoria de António Curado, antigo jogador e capitão dos vimaranenses.

(Na Académica de Coimbra)

Curado finalizou a sua carreira de 20 anos de futebolista no final da época de 1955/56, com 35 anos de idade. Entre 1954 e 1983 trabalhou nos quadros superiores da CIDLA/SACOR, depois Petrogal.

Ao longo da sua vida dedicou-se também à escrita. Escreveu alguns livros e foi também redactor e director do jornal académico “O Poney”. Foi ainda cronista em alguns jornais nacionais e correspondente em Portugal do jornal desportivo brasileiro “Gazeta Esportiva”.

O seu primeiro livro foi publicado em 1951, com o título “Pontapés p´ró Ar”, com historias sobre futebol. Publicou ainda em 1974 o livro “Patrões Feudais”, em 1992 o livro intitulado “Meninos de Bibe e Calção Curto” e, mais recentemente, o livro “Coisas Sobre Coimbra”.

(Um dos livros da autoria de António Curado)

Além do tributo acima referenciado prestado pelo Vitoria SC, António Curado foi também homenageado pela Académica de Coimbra, como por vários quadrantes do panorama futebolístico nacional. Dedicou-se também à causa associativa a qual lhe mereceu também inúmeros reconhecimentos.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Não tenho palavras para agradecer esta homenagem póstuma que aqui presta ao meu Pai.

Soube transmitir muito bem o amor que o meu Pai tinha ao futebol. Aos seus 82 anos, ainda dizia que, se o corpo lho permitisse, ainda andaria a jogar à bola.

Foi um homem extraordinário, dono de uma força anímica admirável e de dotes literários que muito admiro. Um Pai incomparável, alegre e muito, muito companheiro, que se esforçou sempre por desenvolver em mim e no meu filho um sentido de justiça e um amor incondicional à vida e à família.

Resta-me acrescentar que, quando eu era criança, muitas vezes o meu Pai me mergulhou os pés em água morna com sal para curar feridas ou sarar entorses... E curava!

Quando eu for grande, quero ser como o meu Pai...
 
Minha carissima Silvana Curado:

Não tem nada que agradecer. Foi com imenso prazer que no blogue "Glórias do Passado" se presta esta homenagem à pessoa de António Curado.

Resta-me tão só agradeçer a sua visita bem como o comentário que fez questão de deixar nesta recordação do seu pai.

Saudações Vitorianas,

Alberto
 
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