Glórias do Passado: Vitor Paneira

 

Vitor Paneira


Vítor Manuel da Costa Araújo, registado futebolisticamente como Vítor Paneira, nasceu no dia 12 de Fevereiro de 1966 em Calendário no concelho de Vila Nova de Famalicão, fazendo carreira de futebolista profissional no GD Riopele, FC Famalicão, FC Vizela, SL Benfica, Vitoria Sport Clube e Académica de Coimbra. Foi internacional português, representando a Selecção A de Portugal em 44 ocasiões, apontando 4 golos, destacando-se a presença no lote de jogadores nacionais que representaram o nosso pais no Campeonato da Europa de 1996 em Inglaterra.

Ao longo da sua extensa carreira de jogador profissional de futebol conquistou ao serviço do SL Benfica três campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça Cândido de Oliveira e foi finalista vencido da Taça dos Campeões Europeus na época de 1989/90.

Até aos 16 anos de idade participou em diversos torneios de futebol de salão, mas a partir dessa idade fez a sua primeira inscrição oficial pelo GD Riopele no escalão de juvenis, onde se destacou como o melhor jogador. Consequentemente, rumou imediatamente ao principal clube do concelho onde é natural o FC Famalicão afim de ai prosseguir a sua formação.

Rubricou contrato de profissional com o FC Famalicão onde a qualidade do seu futebol despertou a atenção de Peres Bandeira, olheiro ligado ao departamento de futebol profissional do SL Benfica, que de imediato aconselhou a sua contratação ao clube da capital de Lisboa.

O FC Vizela estava porem atento aos desempenhos do jovem Paneira apresentando-lhe um contrato profissional que o atleta acabou por rubricar. Sucede que, logo após a assinatura do contrato com os vizelenses, surgiu o interesse do SL Benfica em contratar o atleta famalicense.

Não havia como recusar tão tentadora proposta de um grande clube nacional. Paneira anuiu obviamente a representar os encarnados que fruto das boas relações existentes facilmente chegaram a um entendimento com o FC Vizela, acordando ambas as partes que no primeiro ano de contrato com o SL Benfica o jogador seria cedido a título de empréstimo à equipa vizelense.

Vítor Paneira representou assim o FC Vizela na temporada de 1987/88 na Zona Norte da 2ª Divisão Nacional onde se afirmou como um dos melhores marcadores nacionais e o melhor marcador da sua equipa, apontando 15 golos na prova. Formou com Domingos Gomes, avançado do FC Vizela, uma dupla de ataque terrível. Nesta altura, Paneira actuava logo atrás do ponta lança, apoiando as acções daquele dianteiro, ora aparecendo a completar o trabalho que Domingos Gomes fazia na defesa contrária onde ganhava imensas lances de cabeça, ora servindo-o com mestria para a finalização. Muitos golos e muitas assistências Vítor Paneira realizou naquela época em Vizela.

Sem qualquer passado nas selecções nacionais mais jovens Vítor Paneira acaba por fazer a sua estreia a representar Portugal pela Selecção de Esperanças treinada por Ruy Seabra e António Oliveira no Torneio de Toulon em França. Ao serviço desta selecção contabilizou 3 internacionalizações.
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Na época de 1988/89, depois da grande temporada ao serviço FC Vizela, o jovem Vítor Paneira é integrado no plantel do SL Benfica treinado por Toni que não teve qualquer pejo em apostar naquele jovem jogador que sem passado na 1ª Divisão Nacional se tornaria peça fundamental dos encarnados. Foi mesmo a grande sensação nacional naquela temporada.
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(SL Benfica em 1988/89)
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(SL Benfica - SC Espinho na época de 1988/89)
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O seu primeiro jogo a titular ocorreu no Estádio da Luz frente ao FC Penafiel no jogo a contar para a 1ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1988/89, que todavia se realizou entre 3ª e 4ª jornada da prova. Depois de uma exibição sombria do SL Benfica frente ao Portimonense SC em Portimão, Toni decidiu substituir na equipa principal dos encarnados o médio Hernâni por Vítor Paneira. O SL Benfica venceu os penafidelenses por 2-1 no jogo da estreia de Paneira, que realizou uma boa exibição, agarrando assim o lugar de titular na equipa encarnada na qual permaneceu durante 7 temporadas.

Na temporada de estreia na 1ª Divisão Nacional, Vítor Paneira sagrou-se Campeão Nacional, alinhando em 32 partidas pelo SL Benfica, apontando somente 1 golo no decorrer de toda a prova. O seu primeiro golo com a camisola encarnada foi obtido num vitória do SL Benfica em Fafe, frente à AD Fafe, por 0-2.
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Fez também nesta temporada a sua estreia em provas internacionais de clubes em representação do SL Benfica. Ocorreu no dia 7 de Setembro de 1988 no Estádio De La Mosson, em Montpellier em jogo a contar para a 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça Uefa. Paneira que começou o jogo no banco de suplentes, entrou ao minuto 68 para o lugar de Abel Campos. No jogo da 2ª mão disputado no Estádio da Luz, Vítor Paneira já foi titular na equipa do SL Benfica que acabou por eliminar os franceses do Montpellier onde se destacava o colombiano Carlos Valderrama.
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(SL Benfica na temporada de 1988/89)
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Em 1989/90 chega ao SL Benfica o treinador sueco Sven Goran Eriksson, conceituado técnico de futebol que vai apaixonar-se perdidamente pelas qualidades futebolísticas de Vítor Paneira. É com Eriksson que o famoso número 7 do SL Benfica vai estourar definitivamente para o futebol mundial passando a ser dos jogadores mais destacados da equipa benfiquistas e um dos melhores jogadores portugueses da sua geração.

Caracterizando Vítor Paneira poder-se-á dizer que se tratava de um dos jogadores mais talentosos do futebol português. Possuidor de uma elevada criatividade e uma apurada técnica individual usada sempre em progressão em direcção ao alvo contrario. Era um bom driblador, especialmente no drible curto, que era infalível. Não tinha na velocidade de ponta uma grande virtude, nem o seu pé esquerdo era famoso, o mesmo sucedendo com o jogo de cabeça.

Apesar da sua aparência franzina, fazia todo o corredor direito, pois com grande resistência subia e descia com grande facilidade no terreno de jogo. Por muitas vezes Eriksson apostava em Paneira como defesa direito pois a sua entrega e posicionamento ajudavam-no em matéria defensiva.

Mas era na vertente ofensiva que mais se destacava. Tinha uma visão de jogo aprimorada com a capacidade no passe de curta ou longa distancia. Era o rei das assistências, onde os avançados sabiam que dali a bola vinha sempre quase pronta para facturar. Nos cruzamentos para a área era um verdadeiro especialista e nas combinações ofensivas arrancava sempre sem receios para a grande área pois tratava-se de um desequilibrador por excelência. Esta forma de actuar permitiu-lhe contabilizar alguns golos ao longo da sua carreira.
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Começou por ser um médio direito tradicional, mas como era dotado de grande mobilidade e estofo físico, era frequente ser utilizado em outras zonas do terreno. Todavia, consagrou-se como extremo direito por referência ou médio organizador de jogo numa fase mais adiantada da sua carreira.
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(O n.º 7 do SL Benfica)
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(Vitoria de Setubal - SL Benfica na época de 1989/90)
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Iniciou a época conquistando uma Supertaça Cândido de Oliveira. No Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1989/90, Paneira actuou em 26 partidas oficiais, apontando 3 golos, numa edição da prova em que o SL Benfica foi 2º classificado perdendo o título nacional para o FC Porto.

O grande feito desta época nos encarnados seria mesmo a presença da equipa do SL Benfica na final da Taça dos Campeões Europeus frente ao AC Milan. Nessa edição das Taças dos Campeões Europeus, o SL Benfica eliminou as equipas do Derry City da Republica da Irlanda, o Honved da Hungria, o Dniepre da antiga URSS, e por fim, nas meias finais, o Marselha.
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No jogo da final no Estádio do Prater em Viena de Áustria, Vítor Paneira foi titular na equipa do SL Benfica. Foi ele que teve a melhor ocasião dos encarnados para se adiantarem no marcador num remate desferido ao poste da baliza italiana. O AC Milan acabou por conquistar o mais importante troféu europeu de clubes com um golo de Rijkkard, vencendo dessa forma por 1-0.
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(SL Benfica)
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(SL Benfica - Sporting CP)
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Em Junho de 1990 Vítor Paneira passou por momentos complicados na sua vida pois foi acusado de desertor e acabou condenado pelo Tribunal Militar a 75 dias de prisão efectiva que cumpriu na cela n.º 4 da Casa de Reclusão do Porto. Aí cumpriu a pena militar e onde exerceu a função de dactilografo.
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(Vitor Paneira entre colegas no serviço militar)
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(Cela n.º 4 da Casa de Reclusão Militar no Porto)
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Apesar do conturbado início de temporada para o jogador encarnado e na segunda época sob as ordens do sueco Sven Goran Eriksson, Vítor Paneira voltou a sagrar-se Campeão Nacional da 1ª Divisão em 1990/91. Alinhou em 36 partidas oficiais pelos encarnados marcando 9 golos na prova sagrando-se o 2º melhor marcador da equipa, logo atrás do avançado Rui Aguas que apontou 25 tentos e foi o melhor marcador da prova, com muitos desses golos a ser obtidos fruto das assistências de Vítor Paneira.
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Foi o melhor jogador do SL Benfica nesta temporada e por isso, a partir dai, passou também a ser alvo de todas as atenções, nomeadamente do futebol italiano. Juventus ou a Sampedoria, mais tarde treinada por Sven Goran Eriksson, tentaram varias vezes sem sucesso a sua aquisição. Também o FC Porto tentou um golpe ao jeito do que havia sucedido com Rui Aguas e Dito, mas sem conseguir concretizar os seus intentos.
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(SL Benfica na época de 1990/91)
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(SL Benfica - FC Porto)
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(Sport Lisboa e Benfica)
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Em 1991/92 manteve a mesma bitola qualitativa evidenciada na temporada anterior ao serviço dos encarnados. Titular no SL Benfica, com 29 partidas realizadas no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, mas desta feita sem apontar qualquer golo e também sem títulos para juntar ao seu palmarés particular.
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(SC Farense - SL Benfica)
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(SL Benfica - FC Barcelona)
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(Vitor Paneira com Isaias e Paulo Madeira no SL Benfica)
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Já na época de 1992/93 alinhou em 28 jogos e apontou 6 golos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Iria conquistar nesta época mais um troféu. Venceu a sua única Taça de Portugal ao serviço do SL Benfica numa final disputada frente ao Boavista FC no Estádio do Jamor, que os encarnados golearam por 5-2 a equipa da cidade invicta. Paneira deu o seu contributo para o marcador apontando ao minuto 32 o primeiro golo dos encarnados.
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(Vitor Paneira no SL Benfica)
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(SL Benfica na época de 1992/93)
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(Caricatura de Vitor Paneira)
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Novamente com Toni a treinador voltou a ser campeão nacional pelo SL Benfica na época de 1993/94. Jogou em 32 jogos e marcou 6 golos na principal competição destacando-se desde já a sua fantástica exibição em Alvalade frente ao Sporting CP no jogo do título.
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(Vitor Paneira sobre o relvado gelado)
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(SL Benfica na temporada de 1993/94)
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(SL Benfica - Juventus de Turin)
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1994/95 Foi a sua última temporada ao serviço do SL Benfica completando assim um ciclo de 7 épocas consecutivas ao serviço dos encarnados. O seu nome figura ate hoje como um dos melhores médios direitos da história do SL Benfica, juntamente com nomes como o de Guilherme Espírito Santo, José Augusto, Carlos Manuel ou Diamantino.
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No seu último ano de SL Benfica continuou titular. Alinhou em 24 jogos no Campeonato Nacional e concretizou 3 golos, numa época que colectivamente não correu bem ao clube lisboeta. É que, entretanto, os dirigentes benfiquistas haviam substituído o treinador campeão Toni por Artur Jorge que iniciou um processo de razia completa dos emblemáticos jogadores encarnados.
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(No SL Benfica na temporada de 1994/95)
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(SL Benfica na época de 1994/95)
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(SL Benfica - CF Estrela da Amadora na época de 1994/95)
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Essa razia acabou por atingir Vítor Paneira que foi forçado a deixar o SL Benfica pelo treinador Artur Jorge e assim seguir carreira por outras paragens. Teve a um passo do Sporting CP, quase certo no FC Porto, mas acabou por optar por regressar a casa para assinar pelo Vitoria de Guimarães onde realizou quatro magnificas temporadas.
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Chegou ao Vitoria Guimarães com o estatuto de um dos melhores jogadores portugueses e como a principal aquisição para a temporada de 1995/96 que se iniciava, juntamente com Neno, Capucho e José Carlos, entre outros jogadores de grande quilate.
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(Vitoria SC na época de 1995/96)
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(Vitoria SC - Leça FC na época de 1995/96)
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(Vitoria SC na temporada de 1995/96)
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O Vitoria era então treinador pelo português Vítor Oliveira. Todavia, este técnico não seria muito feliz em Guimarães. Montou uma equipa recheada de bons valores ofensivos, com um esquema demasiadamente retraído. Acabou por ser substituído pelo jovem treinador Jaime Pacheco numa aposta arrojada do presidente Pimenta Machado.
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Nesta época, o Vitoria terminaria a maior prova nacional classificado na 5ª posição, depois de uma recuperação fantástica e ainda a tempo de garantir o acesso às provas internacionais. Vítor Paneira foi tão só dos jogadores mais utilizados na equipa com 30 jogos oficiais onde apontou 5 golos.
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(Vitoria SC na época de 1995/96)
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(Vitoria Sport Clube na temporada de 1995/96)
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(Vitoria SC na temporada de 1995/96)
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Era dos jogadores mais influentes na equipa do Vitoria. Ocupou a posição de principal estratega e pelos seus pés passava todo o futebol da equipa, sendo um dos futebolistas da formação vitoriana que mais se evidenciou, sobretudo fruto da sua enorme experiência, inteligência e as qualidades técnicas acima da média que se mantinham intactas.
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(No Vitoria SC em 1995/96)
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(Vitoria SC na temporada de 1995/96)
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(Jogo da Taça Uefa do Vitoria SC na época de 1995/96)
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(Vitoria SC na temporada de 1995/96)
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(No Vitoria de Guimarães na temporada de 1995/96)
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Em 1996/97 continuou tendo Jaime Pacheco como timoneira da nau vitoriana que iria revalidar o estatuto de equipa europeia, conquistando, novamente, pelo 5º lugar alcançado na tabela classificativa, o acesso às provas internacionais. Paneira alinhou em 33 dos 34 jogos da máxima prova nacional apontando 7 golos. Um desses golos foi apontado ao SL Benfica, na vitória dos vimaranenses por 0-2, em jogo jogado no Estádio Capitão César Correia em Campo Maior em face da interdição do Estádio da Luz.
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O momento alto desta época foi contudo a eliminação da equipa italiana do Parma na edição de 1996/97 da Taça Uefa. Vítor Paneira foi decisivo nessa eliminação apontando aos 16 minutos de jogo o primeiro golo do Vitoria na vitória por 2-0 que garantiu a passagem à próxima ronda. Foi, podemos dizer, um golo à Paneira. Arrancou após o meio campo, isolado, e diante do guarda-redes Buffon rematou em jeito para o interior da baliza adversária para gáudio dos milhares de espectadores que assistiam naquela noite de Setembro de 1996 ao jogo no Estádio D. Afonso Henriques.
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(Resumo do encontro a contar para a 2ª mão da elimonatória disputada frente ao Parma de Italia em que o Vitoria SC venceu por 2-0 eliminando a equipa transalpina da competição)
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(Vitoria SC na temporada de 1996/97)
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(Vitoria SC - Vitoria de Setubal)
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(Vitoria SC na época de 1996/97)
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Paneira evidenciou durante toda a época, o jogador inteligente, cerebral e de apurada técnica que era. A sua influência na equipa do Vitoria fazia-se notar a cada jogo, pelo dinamismo atacante que imprimia na manobra da equipa e pelas combinações perfeitas que fazia na ala direita com Capucho e José Carlos.
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É verdade que era a verdadeira estrela da companhia vitoriana, mas nunca se refugiava nos momentos decisivos para a equipa. Nos momentos importantes Vítor Paneira assumia as responsabilidades e cumpria com perfeição as tarefas que lhe eram exigidas.
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(Vitoria Sport Clube)
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(Vitoria SC na época de 1996/97)
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(Vitoria SC - Parma, o momento do golo de V. Paneira)
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O seu futebol atingiu uma tal dimensão, que mesmo com os seus 31 anos de idade, era frequentemente assediado, com tentadoras propostas vindas de clubes estrangeiros. No final da temporada de 1996/97 foi mesmo alvo privilegiado dos espanhóis do Logronhes que tudo fizeram para contratar os seus serviços, optando Vítor Paneira, contudo, por permanecer em Guimarães. Paneira foi mesmo um dos poucos jogadores da sua geração que nunca emigrou.
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(Vitoria SC na temporada de 1996/97)
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(CF Estrela da Amadora - Vitoria SC)
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Na terceira temporada ao serviço do Vitoria o conceituado médio Vítor Paneira ajudou o clube a garantir mais uma vez o acesso às provas internacionais por via de um brilhante 3º lugar obtido no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1997/98 decorrente de uma sensacional prestação realizada pelos vimaranenses ao longo do ano.
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Com Jaime Pacheco primeiro e Quinito depois, como treinadores, Vítor Paneira foi daqueles que mais contribuiu para o sucesso do Vitoria nesta época. O seu desempenho nos 33 jogos que participou pelo Vitoria no Campeonato Nacional, acabaram por ser recompensados com o título individual de melhor jogador da prova. Venceu o Premio Adidas, troféu instituído pelo Jornal A Bola, destinado a distinguir o jogador que durante o Campeonato Nacional foi por mais vezes considerado pelos seus jornalistas como o melhor jogador em campo.
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(Vitoria SC na época de 1997/98)
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(Capitão do Vitoria SC)
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(Vitoria SC)
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(No Vitoria Sport Clube)
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(Ao serviço do Vitoria SC)
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(Vitoria SC - Leça FC)
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(Vitoria SC na época de 1997/98)
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(Vitoria SC - Rio Ave FC)
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(Vitoria SC - SL Benfica)
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No Vitoria SC na temporada de 1997/98)
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(Vitoria Sport Clube)
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(Vitoria SC - Boavista FC)
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(Em representação do Vitoria SC no Estádio de Alvalade)
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(Apontando uma grande penalidade pelo Vitoria SC frente ao CS Maritimo)
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Atingiria por fim a ultima temporada ao serviço do Vitoria na época de 1998/99. Seria a única época em que o Vitoria não atingiu um lugar europeu com Paneira no plantel. A verdade é que o Vitoria começou mal a temporada em muito devido ao treinador escolhido pelo Presidente Pimenta Machado para comandar a equipa. Filipovic nunca acertou numa equipa recheada de bons valores e só após a sua substituição por Quinito o Vitoria começou a melhorar o seu desempenho, sem contudo atingir os objectivos delineados no início da temporada.
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A verdade é que o Vítor Paneira tinha já uma enorme influência na família vitoriana. Os sócios adoravam-no, não pelas suas qualidades enquanto jogador mas também pelo que representava na instituição da qual era já o capitão de equipa.
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(Vitoria SC na temporada de 1998/99)
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(Sporting CP - Vitoria SC na época de 1998/99)
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(Vitoria SC na temporada de 1998/99)
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Nesta sua última época com o Rei D. Afonso Henriques ao peito, manteve o estatuto e a condição de titular na equipa, alinhando em 32 jogos oficiais no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1998/99, sendo autor de 1 golo com a camisola do Vitoria.

Foi pois com alguma surpresa que o Vitoria não renovou o contrato com o jogador no final da época de 1998/99 que assim deixou Guimarães. Reconheceu mais tarde o próprio que a saída de Guimarães tinha sido a 2ª maior desilusão da sua carreira depois do abandono do SL Benfica, nunca escondendo que um dos seus grandes amores chamava-se Vitoria de Guimarães.
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A Vítor Paneira ainda foi proposto pelo Presidente Pimenta Machado em continuar ligado à estrutura do futebol profissional do Vitoria, mas o atleta declinou o convite e preferiu continuar a jogar futebol.
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(Vitoria SC na época de 1998/99)
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(Vitoria SC - Boavista FC na temporada de 1998/99)
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(Vitoria SC na época de 1998/99)
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(Capa da Revista Estádio D. Afonso Henriques)
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(No Vitoria SC na temporada de 1998/99)
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Prosseguiu a carreira na briosa Académica de Coimbra na 2ª Divisão de Honra, depois de ter sido dado como certo no Alverca e Rio Ave. Ai encontrou Carlos Garcia como técnico e como objectivo o regresso à 1ª Divisão Nacional.

Porem, esse objectivo falhou nas duas épocas que representou a Académica de Coimbra. Em 1999/00 foi titular indiscutível, alinhando em 28 desafios e apontando 2 golos. Já na temporada seguinte de 2000/01 apenas disputou 16 partidas não conseguindo obter qualquer golo.
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A época de 2000/01 foi mesmo a sua última temporada como jogador profissional de futebol. Terminava assim a carreira de um dos melhores jogadores portugueses da década de 90.
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(Académica de Coimbra na temporada de 1999/00)
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(Académica de Coimbra na época de 2000/01)
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Quanto à sua carreira de jogador resta ainda referir o seu percurso pela Selecção Nacional de Portugal. Contabilizou 44 internacionalizações pela Selecção A, divididas em 42 quando representava o SL Benfica, e 2 no período em que representava o Vitoria de Guimarães. Detêm ainda 3 internacionalizações pela Selecção Nacional de Esperanças.
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Acabado de garantir a titularidade no SL Benfica em 1988 e quase em simultâneo garante a titularidade na Selecção A de Portugal, mantendo-se como titular da ala direita da formação portuguesa até ao aparecimento e amadurecimento de Luís Figo.
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(Com a camisola da Selecção Nacional de Portugal)
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(Portugal em Janeiro de 1991)
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(Partida frente à Belgica no Estádio da Luz)
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Fez a sua estreia na principal selecção das quinas no dia 12 de Novembro de 1988 no Estádio Ullevi em Gotemburgo na Suécia no encontro de carácter amigável que Portugal disputou com a selecção daquele pais nórdico. O jogo terminou empatado a 0-0 com Vítor Paneira a ser lançado pelo seleccionador Juca na 2ª parte para o lugar de Jaime Magalhães.
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O primeiro jogo a titular ocorreu escassos 4 dias após a sua estreia, desta feita no Estádio do Bessa na cidade do Porto, em jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo de 1990, em que Portugal venceu a congénere do Luxemburgo por 1-0.
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(Portugal em 1991)
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(Selecção de Portugal)
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O seu primeiro golo ao serviço da Selecção ocorreu na vitória por 1-2 de Portugal no Estádio Olímpico de Atenas frente à Grécia num encontro amigável disputado no dia 25 de Janeiro de 1989.

Como acima se referiu, Vítor Paneira cumpriu duas internacionalizações pela Selecção de Portugal enquanto esteve ao serviço do Vitoria de Guimarães. Aconteceram ambas em jogos amigáveis de preparação para o Europeu que Portugal disputou no ano de 1996 em Inglaterra.

A primeira delas ocorreu no Estádio das Antas, na invicta cidade do Porto, no dia 21 de Fevereiro de 1996, quando ao intervalo entrou para o lugar de Luís Figo no jogo que Portugal perdeu por 1-2 contra a Alemanha. A outra internacionalização, verificou-se no dia 29 de Maio de 1996, na cidade de Dublin na Republica da Irlanda, no Estádio Lansdowne Road, quando Paneira entrou ao intervalo para o lugar de Sá Pinto no encontro que Portugal venceu por 0-1 aquele país britânico.
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(Equipa de Portugal em 1993)
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Foi também ao serviço do Vitoria e fundamentalmente pelas exibições protagonizadas no Campeonato Nacional de 1995/96, que Vítor Paneira mereceu um lugar entre os eleitos do seleccionador nacional português António Oliveira, para disputar o Campeonato da Europa de 1996 em Inglaterra.
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(V. Paneira no Europeu de 1996 representando Portugal)
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Após pendurar as chuteiras, Vítor Paneira enveredou pela carreira de treinador de futebol. Começou por treinar o GD Serzedelo na Série B da 3ª Divisão Nacional. Estreou-se como técnico num amigável que aquela formação do concelho de Guimarães disputou contra o SL Benfica. Todavia, a primeira experiência enquanto técnico não lhe correu de feição pois ao cabo de 5 jornadas demitiu-se devido aos maus resultados.
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(Técnico do GD Serzedelo)
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Em 2003/04 assumiu o comando do GD Ribeirão, clube do concelho de Vila Nova de Famalicão. Depois de uma impressionante série de 28 jogos sem perder a turma famalicense acabou por subir à 2ª Divisão B.
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Depois de mais uma época no GD Ribeirão, subiu mais um patamar na sua carreira de treinador, quando assumiu os destinos do Moreirense na época de 2005/06 na Liga de Honra. Na mesma época e após deixar Moreira de Cónegos ainda foi treinar o FC Marco.
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(No comando do Moreirense no ano de 2005)
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(No treino da equipa do Moreirense em 2005)
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Actualmente, Vítor Paneira não se encontra a treinar qualquer clube de futebol reservado o seu tempo aos negócios pessoais, bem como, vestindo a pele de comentador de desafios de futebol na SportTV.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Como sempre, em grande Alberto. Obrigado por mais este fenomenal artigo, sobre um grande jogador, curiosamente da minha cidade, o V. Paneira.
 
Excelente mesmo!

O V�tor Paneira, n�o sendo dos melhores que vi jogar na sua posi�o, foi um jogador sempre apreciei muito, mesmo muito, tanto pela sua qualide futebolistica como humana.

A primeira recorda�o que tenho do V. Paneira foi aqui nos EUA no Ver�o de 88 ou 89, n�o recordo.

O Benfica estava aqui nos EUA em digress�o e fez uns dois jogos no Giants Stadium, casa agora dos New York Red Bulls.

Na alinha�o da equipa vinha um "Paniera" assim se ouvia nos altifalantes. Como n�o conhecia jogador do Benfica com tal nome at� pensei que fosse rec�m contratado, por a� a um clube sul-americano, mais por essa escrita de "Paniera".

Resulta que era mesmo portugu�s, e o nome era "Paneira".

Nota: Se a mem�ria n�o me falha, o Vata tamb�m c� veio nessa digress�o, creio que tamb�m acabado de ingressar no Benfica.

Poder� algu�m confirmar em que �poca � que o Vata ingressou no Benfica!

Obrigado
 
Caro Dingo:

Excelente história essa do "Paniera" no EUA.

Relativamente ao Vata posso adiantar-lhe com segurança que o mesmo ingressou no SL Benfica na época de 1988/89, depois de 4 temporadas ao serviço do Varzim SC.

Saudações Vitorianas,

Alberto
 
boa noite,

neste momento está a treinar o FC Famalicão na Divisão de Honra AF de Braga, como podem verificar no sítio na Internet do referido clube: http://www.fcfamalicao.org/p009.html

cumprimentos,
ruicosta
 
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