Temporada de 1966/67
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Esta época futebolística que iremos recordar começa logo com um acontecimento de relevo na historia do clube, concretamente, com a deslocação da equipa principal do Vitoria SC à Venezuela para disputar a denominada Taça do Mundo, torneio internacional que contava com a presença de equipas de grande gabarito. Nessa competição o Vitoria SC disputou dois encontros. Um venceu-o por 3-1 à equipa italiana da Lázio de Roma, facto que mereceu enorme destaque, e perdeu a outra partida contra os espanhóis do Valência por 0-3..
(Vitoria SC junto ao Palácio dos Duques de Bragança).
No tocante a constituição do plantel vitoriano para a nova época diga-se, desde já, que o mesmo foi bastante conturbado, verificando muitas entradas e polémicas saídas de jogadores, alguns deles muito importantes na equipa do Vitoria SC.
Saiu desde logo o brasileiro José Morais, jogador que havia sido contratado na época anterior. Tratava-se de um atleta de muita qualidade que se evidenciou ao serviço do Vitoria SC na época de 1965/66, que deixou Guimarães sem qualquer contrapartida financeira para o clube.
Rumou no início desta nova temporada para o Sporting CP, numa transferência muito contestada pelos responsáveis vimaranenses que apontavam varias ilegalidades cometidas pelo dirigente sportinguista Sorin responsável pela contratação do jogador. Todavia, a Federação Portuguesa de Futebol aceitou a inscrição do jogador pela equipa de Alvalade onde de resto José Morais veio a destacar-se como um dos seus melhores jogadores.
Os responsáveis do Vitoria SC insurgiram-se veementemente contra a transferência, apresentando várias reclamações juntos das instâncias federativas. A massa associativa do Vitoria SC também não calou a sua revolta e varias vezes exteriorizou a sua posição, ora através de manifestações populares, ou em assembleias-gerais do clube, ou mesmo por apupos concretamente dirigidos ao jogador quando este vinha a Guimarães para defrontar a equipa vimaranense.
Da formação do Vitoria SC saíram ainda o guarda-redes Dionísio, Freitas, defesa vimaranense produto das escolas do clube, e ainda os atacantes Ayrton e Paulino.
Outra importante saída que se registou no plantel do Vitoria SC foi a do avançado brasileiro Djalma. Jogador muito querido pela massa associativa do Vitoria SC que literalmente se encantava com o perfume do seu futebol. Contudo, Djalma era alegadamente um jogador muito indisciplinado, tinha tantas atitudes de craque, principalmente no relvado jogando futebol, como de mau comportamento, o que terá potenciado a sua transferência.
Foi vendido ao FC Porto por 150 contos, verba considerada reduzida pelos sócios vitorianos tendo em conta a valia do jogador, recebendo o Vitoria SC, alem da aludida compensação pecuniária, os jogadores portistas Joaquim Jorge e Naftal, a titulo definitivo, e por empréstimo os extremos Miranda e Lazaro.
Alem destas aquisições provenientes do FC Porto, ingressaram ainda no plantel do Vitoria SC para a época de 1966/67 – que continuava a ser treinado pelo francês Jean Luciano – o guarda redes Arnaldo, o defesa lateral esquerdo Silva e ainda o ponta de lança brasileiro Campinense que vinha substituir Djalma e o ex júnior Bomba.
O Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1966/67 inicia-se com um Vitoria SC – SL Benfica no Estádio Municipal de Guimarães, local onde ainda não existiam varias infra-estruturas fundamentais, como por exemplo os balneários, continuando jogadores e equipas de arbitragem a utilizar os balneários instalados no Campo da Amorosa.
Nesse primeiro encontro do nacional maior o Vitoria SC foi derrotado pelos encarnados por 0-1. A equipa do Vitoria SC nessa partida foi Roldão; Gualter, Manuel Pinto, Joaquim Jorge e Daniel; Ribeiro e Peres; Naftal, Campinense, Mendes e Castro.
Depois da derrota caseira na jornada inaugural, o Vitoria SC voltou a perder à 2ª jornada em Setúbal, frente ao Vitoria FC por 1-0, e novamente em Guimarães, à 3ª jornada contra o CF Belenenses por 1-2. Três resultados negativos consecutivos fizeram despertar o alarme em Guimarães.
A partir da 4ª jornada a equipa do Vitoria SC começou a melhorar ligeiramente. Venceu nessa ronda o SC Beira-Mar por 1-3, num jogo em que se estreou o jovem Bomba proveniente da equipa de juniores do Vitoria SC.
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Saiu desde logo o brasileiro José Morais, jogador que havia sido contratado na época anterior. Tratava-se de um atleta de muita qualidade que se evidenciou ao serviço do Vitoria SC na época de 1965/66, que deixou Guimarães sem qualquer contrapartida financeira para o clube.
Rumou no início desta nova temporada para o Sporting CP, numa transferência muito contestada pelos responsáveis vimaranenses que apontavam varias ilegalidades cometidas pelo dirigente sportinguista Sorin responsável pela contratação do jogador. Todavia, a Federação Portuguesa de Futebol aceitou a inscrição do jogador pela equipa de Alvalade onde de resto José Morais veio a destacar-se como um dos seus melhores jogadores.
Os responsáveis do Vitoria SC insurgiram-se veementemente contra a transferência, apresentando várias reclamações juntos das instâncias federativas. A massa associativa do Vitoria SC também não calou a sua revolta e varias vezes exteriorizou a sua posição, ora através de manifestações populares, ou em assembleias-gerais do clube, ou mesmo por apupos concretamente dirigidos ao jogador quando este vinha a Guimarães para defrontar a equipa vimaranense.
Da formação do Vitoria SC saíram ainda o guarda-redes Dionísio, Freitas, defesa vimaranense produto das escolas do clube, e ainda os atacantes Ayrton e Paulino.
Outra importante saída que se registou no plantel do Vitoria SC foi a do avançado brasileiro Djalma. Jogador muito querido pela massa associativa do Vitoria SC que literalmente se encantava com o perfume do seu futebol. Contudo, Djalma era alegadamente um jogador muito indisciplinado, tinha tantas atitudes de craque, principalmente no relvado jogando futebol, como de mau comportamento, o que terá potenciado a sua transferência.
Foi vendido ao FC Porto por 150 contos, verba considerada reduzida pelos sócios vitorianos tendo em conta a valia do jogador, recebendo o Vitoria SC, alem da aludida compensação pecuniária, os jogadores portistas Joaquim Jorge e Naftal, a titulo definitivo, e por empréstimo os extremos Miranda e Lazaro.
Alem destas aquisições provenientes do FC Porto, ingressaram ainda no plantel do Vitoria SC para a época de 1966/67 – que continuava a ser treinado pelo francês Jean Luciano – o guarda redes Arnaldo, o defesa lateral esquerdo Silva e ainda o ponta de lança brasileiro Campinense que vinha substituir Djalma e o ex júnior Bomba.
O Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1966/67 inicia-se com um Vitoria SC – SL Benfica no Estádio Municipal de Guimarães, local onde ainda não existiam varias infra-estruturas fundamentais, como por exemplo os balneários, continuando jogadores e equipas de arbitragem a utilizar os balneários instalados no Campo da Amorosa.
Nesse primeiro encontro do nacional maior o Vitoria SC foi derrotado pelos encarnados por 0-1. A equipa do Vitoria SC nessa partida foi Roldão; Gualter, Manuel Pinto, Joaquim Jorge e Daniel; Ribeiro e Peres; Naftal, Campinense, Mendes e Castro.
Depois da derrota caseira na jornada inaugural, o Vitoria SC voltou a perder à 2ª jornada em Setúbal, frente ao Vitoria FC por 1-0, e novamente em Guimarães, à 3ª jornada contra o CF Belenenses por 1-2. Três resultados negativos consecutivos fizeram despertar o alarme em Guimarães.
A partir da 4ª jornada a equipa do Vitoria SC começou a melhorar ligeiramente. Venceu nessa ronda o SC Beira-Mar por 1-3, num jogo em que se estreou o jovem Bomba proveniente da equipa de juniores do Vitoria SC.
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Até ao final da primeira volta regista-se resultados importantes como as vitorias em Guimarães frente ao Sporting CP por 2-1 e contra o FC Porto por 2-0, e em Braga, na casa do eterno rival SC Braga por 2-3.
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(Vitoria SC - Sporting CP no Estádio Municipal de Guimarães).
Ainda na primeira volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão registaram-se também alguns resultados negativos como as derrotas em S. João da Madeira frente à AD Sanjoanense por 2-1, na Povoa de Varzim contra o clube local por 1-0 e ainda no Estádio Municipal de Guimarães frente à Académica de Coimbra que aqui venceu por 0-1.
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(Vitoria SC - Varzim SC no Estádio Municipal de Guimarães)
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Na viragem para a segunda metade da competição o Vitoria SC estava posicionado na 7ª posição. Mas a segunda volta começa negativamente para a equipa do Vitoria SC que foi copiosamente derrotada por 7-0 no Estádio da Luz pelo SL Benfica.
A crise de resultados e os maus desempenhos continuavam, para o que muito contribuía as ausências do capitão Peres e o avançado Mendes, jogadores fundamentais na equipa, que estiveram lesionados durante algum tempo.
Nesta fase negativa da época registe-se a entrada de um novo elemento na equipa técnica do Vitoria SC, ocupando uma função designada como Conselheiro Técnico junto do treinador principal Jean Luciano. Este cargo foi ocupado por Lorga Marta, um antigo jogador da Académica de Coimbra, naquela altura a residir na cidade de Guimarães onde era professor.
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A crise de resultados e os maus desempenhos continuavam, para o que muito contribuía as ausências do capitão Peres e o avançado Mendes, jogadores fundamentais na equipa, que estiveram lesionados durante algum tempo.
Nesta fase negativa da época registe-se a entrada de um novo elemento na equipa técnica do Vitoria SC, ocupando uma função designada como Conselheiro Técnico junto do treinador principal Jean Luciano. Este cargo foi ocupado por Lorga Marta, um antigo jogador da Académica de Coimbra, naquela altura a residir na cidade de Guimarães onde era professor.
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A verdade é que a sua entrada no grupo foi importante revitalizando o espírito de grupo e fundamentando uma visível recuperação. Melhoraram as exibições e consequentemente os resultados alcançados. Destacam-se as vitórias em Guimarães sobre o SC Braga por 2-1, Leixões SC (2-0) e GD Cuf (3-1).
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(Académica de Coimbra - Vitoria SC no Estádio Municipal de Coimbra).
Assinale-se o jogo da última jornada do nacional maior disputado no Estádio Municipal de Guimarães, que o Vitoria SC venceu a AD Sanjoanense por 2-1, apresentando a equipa vimaranense o seguinte onze inicial: Roldão; Costeado, Manuel Pinto, Joaquim Jorge e Daniel; Silva e Artur, Bomba, Campinense, Manafa e Vieira. Destacam-se, desde logo, as ausências do médio Peres e do avançado Mendes “Pé Canhão”.
O Vitoria SC ainda terminou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1966/67 na 6ª posição da tabela classificativa, contabilizando 11 vitórias em 26 jogos disputados, 4 empates e 11 derrotas. Numa competição vencida pelo SL Benfica e com uma surpreendente Académica de Coimbra que foi vice campeã, a equipa vimaranense consentiu um total de 40 golos e apontou 35.
Dos 35 golos marcados na prova, o Vitoria de Guimarães teve em Mendes com 10 golos o seu máximo realizador. Campinense, que nunca fez esquecer Djalma, foi o segundo melhor marcador da equipa com 8 tentos. Seguiu-se Peres com 4 golos, Vieira com 3, Castro e Manafá com 2 golos cada, e por fim, Joaquim Jorge, Artur, Ribeiro, Bomba, Miranda e Lázaro com 1 golo cada um.
Quanto aos jogadores que foram utilizados por Jean Luciano ao longo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1966/67, foi esta a equipa que mais vezes actuou: o guarda-redes Roldão (25 jogos); na defesa Gualter (21 jogos), Joaquim Jorge (26 jogos), Manuel Pinto (26 jogos), Silva (20 jogos) ou Daniel (13 jogos); na linha intermediaria Peres (20 jogos) e Ribeiro (11 jogos) ou Artur (9 jogos); no ataque, Vieira (16 jogos), Campinense (10 jogos), Mendes (22 jogos), Castro (15 jogos).
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O Vitoria SC ainda terminou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1966/67 na 6ª posição da tabela classificativa, contabilizando 11 vitórias em 26 jogos disputados, 4 empates e 11 derrotas. Numa competição vencida pelo SL Benfica e com uma surpreendente Académica de Coimbra que foi vice campeã, a equipa vimaranense consentiu um total de 40 golos e apontou 35.
Dos 35 golos marcados na prova, o Vitoria de Guimarães teve em Mendes com 10 golos o seu máximo realizador. Campinense, que nunca fez esquecer Djalma, foi o segundo melhor marcador da equipa com 8 tentos. Seguiu-se Peres com 4 golos, Vieira com 3, Castro e Manafá com 2 golos cada, e por fim, Joaquim Jorge, Artur, Ribeiro, Bomba, Miranda e Lázaro com 1 golo cada um.
Quanto aos jogadores que foram utilizados por Jean Luciano ao longo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1966/67, foi esta a equipa que mais vezes actuou: o guarda-redes Roldão (25 jogos); na defesa Gualter (21 jogos), Joaquim Jorge (26 jogos), Manuel Pinto (26 jogos), Silva (20 jogos) ou Daniel (13 jogos); na linha intermediaria Peres (20 jogos) e Ribeiro (11 jogos) ou Artur (9 jogos); no ataque, Vieira (16 jogos), Campinense (10 jogos), Mendes (22 jogos), Castro (15 jogos).
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Jogaram ainda no Campeonato Nacional da 1ª Divisão o defesa Costeado (18 jogos); o guarda redes Arnaldo (2 jogos); o médio centro José Carlos (1 jogo); e os atacantes Bomba (7 jogos), Manafá (7 jogos), Miranda (4 jogos), Naftal (5 jogos) e Lázaro (9 jogos).
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(Vitoria SC na temporada de 1966/67).
A Taça de Portugal na edição de 1966/67 teve um travo amargo para a equipa do Vitoria SC que acabou eliminada pelo SC Braga nos oitavos de final da competição. Nos 32 avos de final o Vitoria SC defrontou a equipa algarvia do Portimonense SC. Em Portimão os vimaranenses venceram por 0-3. Na cidade berço, a equipa do Vitoria SC cilindrou literalmente o Portimonense SC por 8-1.
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(Vitoria SC - Portimonense SC no Estádio Municipal de Guimarães).
Na eliminatória seguinte calhou em sorte a equipa do FC Penafiel que o Vitoria SC também deixou pelo caminho. Duas vitorias nos dois jogos da eliminatória. Em Penafiel vitoria por 1-2 e em Guimarães nova vitoria desta feita por 5-0.
Nos oitavos de final o Vitoria SC teve que medir forças com o rival SC Braga. Logo em Guimarães a equipa do Vitoria SC foi surpreendida por 1-2 e, na cidade dos arcebispos, acabou por perder novamente, desta feita por um resultado bem mais constrangedor. 5-0 Foi o desiderato final naquela partida que colocou o Vitoria SC definitivamente fora da prova.
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Nos oitavos de final o Vitoria SC teve que medir forças com o rival SC Braga. Logo em Guimarães a equipa do Vitoria SC foi surpreendida por 1-2 e, na cidade dos arcebispos, acabou por perder novamente, desta feita por um resultado bem mais constrangedor. 5-0 Foi o desiderato final naquela partida que colocou o Vitoria SC definitivamente fora da prova.
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Por ultimo referencia para a Taça Ribeiro dos Reis em que a formação do Vitoria SC entrava com a sua equipa de reservas. O Vitoria SC ficou na série I onde foi o 5º classificado, atrás de SC Salgueiros, FC Porto, Leixões SC e FC Tirsense, não se apurando para a fase final. Assinale-se que o vencedor desta competição acabou por ser o SC Espinho que derrotou na final o Vitoria de Setúbal por 1-0.
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(Equipa de juniores do Vitoria SC em 1967)
