Glórias do Passado: Rui Lopes

 

Rui Lopes


A história do futebolista Rui Lopes, que percorreu 12 temporadas consecutivas na 1ª Divisão Nacional, contempla uma passagem pela cidade de Guimarães, altura em que representou o Vitoria SC nas épocas de 1975/76 e 1976/77. Alias, a primeira época ao serviço do Vitoria SC terá sido, talvez, a sua melhor temporada de sempre na sua longa carreira de futebolista profissional, onde conheceu vários clubes portugueses.

Armando Rui Augusto Lopes, nasceu no dia 17 de Março de 1954 na cidade de Lisboa. Alfacinha de gema, Rui Lopes iniciou oficialmente a sua carreira de futebolista na época de 1971/72, já com 17 anos de idade, no SL Águias de Campo de Ourique.

No ano seguinte, fruto do destaque alcançado na modesta colectividade de Campo de Ourique, foi convidado a integrar a equipa de juniores do SL Benfica, clube onde viria a terminar o seu período de formação. Esteve duas temporadas no SL Benfica, uma na equipa de juniores, onde conquistou, por exemplo, o Torneio Internacional de Itália, o Torneio Internacional de Juniores do SL Benfica, o Campeonato Regional de Juniores da AF Lisboa e o titulo de Campeão Nacional naquele escalão.

Foi um dos jogadores em destaque na formação encarnada de juniores na temporada de 1972/73, onde chegou a representar a Selecção Nacional de Juniores, tendo, na época seguinte - a segunda no SL Benfica - integrado o plantel principal sob as ordens do treinador Jimmy Hagan, que acabou por exercer enorme influencia no estilo de jogo de Rui Lopes.

Todavia, apesar de Rui Lopes integrar o plantel principal do SL Benfica que atacou este Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1973/74, no qual os encarnados foram vice campeões, o seu nome não consta como um dos jogadores utilizados naquela temporada, já que não chegou a alinhar em nenhum dos encontros disputados pelos encarnados naquela competição, resumindo-se a sua utilização, apenas, aos jogos de reservas e partidas amigáveis.

Completamente tapado no SL Benfica por nomes como Nené, Moinhos, Vítor Baptista ou Jordão, Rui Lopes optou por sair daquele que ainda hoje é o seu clube do coração e do qual é associado desde o dia em que nasceu, para rumar ao SC Olhanense, que na época de 1974/75 militava na 1ª Divisão Nacional.
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Na equipa algarvia, sob às ordens de Manuel Oliveira, técnico que sempre apreciou a sua qualidades futebolísticas, Rui Lopes facilmente conquistou a titularidade, mas mais que isso ganhou experiência e maturidade. Na equipa do SC Olhanense, que acabou nesta época de 1974/75 por descer à 2ª Divisão Nacional e nunca mais voltar ao convívio dos grandes, o avançado Rui Lopes foi a figura de destaque no quadro algarvio.
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(SC Olhanenses época de 1974/75)
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(No SC Olhanense na temporada de 1974/75)
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Nesta que se tratou da sua primeira época a disputar efectivamente a 1ª Divisão Nacional, Rui Lopes actuou em 26 partidas, tendo anotado 8 golos no seu pecúlio pessoal, concretizando-se como o segundo melhor marcador da formação do SC Olhanense nesta temporada, apenas suplantado pelo brasileiro Ademir, seu parceiro no ataque.
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Evidenciou-se de tal forma ao serviço do SC Olhanense que ganhou um lugar na equipa de esperanças da Selecção Nacional onde se estreou em 1975 no Estádio da Luz num encontro entre Portugal e a Inglaterra.
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(Rui Lopes no SC Olhanense)
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Seguir-se-ia, na sua ainda curta carreira, o Vitoria SC, clube atento a evolução deste avançado, que o escolheria como solução para colmatar a saída de Romeu dos vimaranenses para o SL Benfica.
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No final da época de 1974/75 o Vitoria SC perde os seus dois avançados mais influentes. O brasileiro Jeremias foi transferido para Espanha, enquanto Romeu rumava ao SL Benfica. Fernando Caiado, o treinador que regressava à cidade berço no inicio da época de 1975/76, teria como reforços para aquele sector o recordado Rui Lopes e Ferreira da Costa, que, todavia, apesar de ter chegado como avançado viria a ocupar um lugar no meio campo do Vitoria SC.
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(Rui Lopes, no Vitoria SC em 1975/76, ultrapassa Rodolfo do FC Porto)
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(Vitoria SC temporada de 1975/76)
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A estreia oficial de Rui Lopes com a camisola do Vitoria SC aconteceu na jornada inaugural do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1975/76, no Estádio Municipal de Guimarães, frente ao CF Belenenses, integrando uma dupla de ataque com Tito. O Vitoria SC empatou este encontro a 2-2.
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O Vitoria SC realizou um Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1975/76 num nível aceitável, atingindo um 6º lugar na classificação final. Do conjunto vitoriano ressaltava essencialmente uma forte segurança e coesão defensiva e uma frente de ataque excepcionalmente venenosa formada por Rui Lopes, Tito e Pedrinho.
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(No Vitoria SC - Sporting CP em 1975/76 a contar para a Taça de Portugal, Abreu vai desmarcar Rui Lopes na jogada que dará o golo da vitoria)
.(Vitoria SC temporada de 1975/76)
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(Vitoria SC época de 1975/76)
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Esta terá sido provavelmente a melhor época de sempre da carreira de Rui Lopes, como os números de resto comprovam, actuando em 27 partidas da principal competição nacional e anotando 9 golos na sua conta pessoal. Voltou também no Vitoria SC a ser o segundo melhor marcador da equipa, mas, alem dos golos que concretizou, foi também um dos grandes responsáveis pelos números atingidos por Tito, que apontou 16 golos.
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O desempenho no Campeonato Nacional da 1ª Divisão seria todavia suplantando pela carreira da equipa do Vitoria SC na Taça de Portugal, onde atingiu a final da competição. Depois de eliminar o FC Porto nos quartos de final e o Sporting CP nas meias-finais, em partidas onde préstimos de Rui Lopes foram influentíssimos, o Vitoria SC chegou à final da Taça de Portugal.
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(Rui Lopes camisola n.º 9 no Vitoria SC - Sporting CP)
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(Vitoria de Guimarães temporada de 1975/76)
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Aquela final foi disputada no Estádio das Antas, frente ao Boavista FC, comandado pelo mestre José Maria Pedroto. O Boavista FC venceria aquele decisivo encontro por 2-1, sendo o golo do Vitoria SC apontado por intermédio de Rui Lopes.

O Vitoria SC já perdia por 2-0 quando Rui Lopes numa magnífica execução individual bateu o guardião axadrezado Botelho, reduzindo o marcador e alimentando o ânimo da enorme falange de apoio vitoriana.
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Este jogo, ficou todavia marcado pela actuação do árbitro António Garrido, o juiz escolhido para apitar a final, que segundo a unanimidade da imprensa da época fez uma habilidosa arbitragem que impediu equipa do Vitoria SC de conquistar o troféu.
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(Equipa do Vitoria SC na final da Taça de Portugal)
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(Rui Lopes)
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Quanto a Rui Lopes era considerado nesta altura como uma das maiores promessas do futebol português. Dele diziam ser um “novo furacão” e a mais recente coqueluche do Vitoria de Guimarães.

Era de facto um excelente jogador que alinhava em toda a linha atacante, ora descaído para os flancos, onde fazia uso da sua mobilidade, aliada à velocidade e capacidade de desmarcação, ou nas costas e apoio ao ponta de lança, com funções de municiador fazendo uso da pura técnica individual.
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Com Tito formava uma dupla atacante que se complementava na plenitude. Era também um bom goleador, característica importantíssima onde se resume um bom avançado e exímio na cobrança de lances de bola parada, especialmente a transformação de grandes penalidades.
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(Rui Lopes no Vitoria de Guimarães)
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(Vitoria SC época de 1976/77)
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(Rui Lopes)
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A sua ascensão foi contudo interrompida por uma grave lesão que sofreu na época de 1976/77 ao serviço do Vitoria SC que o impediu durante largos meses de dar o seu contributo à equipa.
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O desempenho do Vitoria SC na época de 1976/77 sofreu as consequências da ausência de Rui Lopes. Ficaram muito reduzidas as opções no ataque vimaranense depois da imprevisível e longa lesão de Rui Lopes, resumindo-se a frente de ataque, praticamente durante toda a temporada, a presença do avançado Tito.
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(Rui Lopes no Vitoria SC)
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(Caricatura de Rui Lopes)
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Foi mesmo um ano negro para Rui Lopes que apenas alinhou em 2 jogos oficiais pelo Vitoria Sport Clube, que foi o 9º classificado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1976/77, tendo ainda concretizado 2 golos.

Terminado o contrato com o Vitoria SC, Rui Lopes deixou Guimarães e regressou ao SL Benfica na época de 1977/78. Curiosamente, foi para o SL Benfica substituir Romeu, que na mesma época regressava ao Vitoria SC para ocupar a vaga deixada exactamente por Rui Lopes.

No SL Benfica versão de 1977/78, desta feita sob o comando do inglês John Mortimore, Rui Lopes alinhou em 8 partidas oficiais do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, apontando 3 golos no decurso da prova.
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Foi o autor do primeiro golo do SL Benfica no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1977/78, na partida frente ao FC Barreirense, que os encarnados venceram por 1-0, apontando o tento já no decorrer do ultimo quarto de hora.
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(SL Benfica época de 1977/78)
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Rui Lopes continuou porem tapado no SL Benfica, sendo parca a sua utilização por John Mortimore numa equipa que não foi além do 2º lugar no Campeonato, atrás do FC Porto de José Maria Pedroto que voltava a sagrar-se campeão nacional 19 anos depois.
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Na época de 1978/79 permaneceu na Luz. Continuou a ser pouco utilizado no SL Benfica que continuava treinador pelo inglês John Mortimore e que mais uma vez perderia o título de campeão para o FC Porto de José Maria Pedroto. Rui Lopes jogou 5 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão concretizando somente 1 golo.
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(SL Benfica na temporada de 1978/79)
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A temporada de 1979/80 marcou nova mudança e um novo clube na carreira de Rui Lopes. Desta feita seguiu para CS Marítimo seduzido pelo convite de Manuel Oliveira o treinador no início da época dos madeirenses. No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o CS Marítimo foi o 11º classificado, com Rui Lopes a actuar em 17 partidas e a apontar 4 golos.
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(Rui Lopes no CS Maritimo)
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(CS Maritimo na temporada de 1979/80)
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(CS Maritimo na época de 1979/80)
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(Rui Lopes com as cores do CS Maritimo)
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(CS Maritimo época de 1979/80)
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(Caricatura de Rui Lopes no CS Maritimo)
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Continuou ao serviço do CS Marítimo na época seguinte, agora sob a égide do técnico António Medeiros que havia substituído Manuel Oliveira ainda no decurso da temporada de 1979/80. Nesta segunda época na equipa maritimista, o avançado Rui Lopes apenas actuou em 11 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, nas quais apontou tão somente 1 tento.
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Individualmente não foi um ano agradável para Rui Lopes, muito pouco utilizado, mas pior foi colectivamente, já que o CS Marítimo não foi alem do 15º lugar na principal competição nacional sendo assim relegado ao escalão secundário do futebol português.
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(No CS Maritimo na temporada de 1979/80)
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(CS Maritimo na época de 1980/81)
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(CS Maritimo na temporada de 1980/81)
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(Rui Lopes no CS Maritimo)
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(CS Maritmo na época de 1980/81)
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(Rui Lopes no CS Maritimo na época de 1980/81)
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(CS Maritimo na época de 1979/80)
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(Rui Lopes no CS Maritimo)
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Regressou ao continente, e novamente ao norte do país, para ingressar no FC Penafiel na época de 1981/82. Nos penafidelenses foi um dos principais jogadores, juntamente com Ferreira da Costa, seu ex companheiro no Vitoria de Guimarães. Actuou em 29 partidas oficiais, anotando 5 golos ao longo da competição, que o consagraram como melhor marcador da equipa.
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Os seus préstimos não foram porem suficientes para ajudar a equipa do FC Penafiel a aguentar-se no primeiro escalão. A modesta equipa penafidelense não evitou a disputa da liguilha e aí acabou por descer à 2ª Divisão Nacional.
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(FC Penafiel na época de 1981/82)
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(Rui Lopes no FC Penafiel)
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(No FC Penafiel na época de 1981/82)
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(Rui Lopes à civil no Campo 25 de Abril em Penafiel)
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(Rui Lopes no FC Penafiel)
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(No FC Penafiel na temporada de 1981/82)
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(FC Penafiel na época de 1981/82)
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Rui Lopes era porém um jogador com cartel e decididamente um jogador com estatuto de 1ª Divisão. Dessa forma, já muito próximo dos 30 anos de idade, é contratado pelo Vitoria de Setúbal na temporada de 1982/83, onde seria uma vez mais treinado por Manuel Oliveira, figura indiscutivelmente ligada à carreira de Rui Lopes.
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No primeiro ano em Setúbal fez uma excelente época. 28 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e 3 golos na conta particular foi o contributo de Rui Lopes para o excelente 7º lugar alcançado pela equipa sadina.
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(Rui Lopes no Vitoria de Setubal)
. (Rui Lopes)
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(Vitoria de Setubal na época de 1982/83)
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(No Vitoria de Setubal na temporada de 1982/83)
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(Rui Lopes no Vitoria de Setubal)
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(No Vitoria de Setubal na temporada de 1982/83)
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(No Estádio do Bonfim em Setubal com o equipamento do Vitoria FC)
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Permaneceu em Setúbal na época de 1983/84, ainda sob o comando de Manuel de Oliveira. Porem, esta temporada, Rui Lopes praticamente não foi utilizado, actuando somente em 7 ocasiões, não conseguindo, desta feita, obter qualquer golo para a sua conta pessoal. O Vitoria de Setúbal por seu turno ainda fez melhor que na época anterior, classificando-se na 5ª posição da tabela final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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(Rui Lopes no Vitoria de Setubal)
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(Rui Lopes na época de 1983/84 no Vitoria de Setubal)
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(Caricatura de Rui Lopes no Vitoria de Setubal)
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Rumou em 1984/85 ao SC Farense. Era o regresso às terras algarvias. Rui Lopes jogou 26 jogos pelo SC Farense no Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1984/85, apontando 7 golos, revelando-se o melhor marcador da equipa algarvia, formação que não foi alem do 14º lugar, posição insuficiente para evitar a descida de divisão.
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A época de 1984/85 ao serviço do SC Farense foi a ultima época de Rui Lopes na 1ª Divisão Nacional. Daí em diante mais 4 anos de carreira como jogador profissional de futebol. Três deles passados no CF Estrela da Amadora na 2ª Divisão Nacional, entre a época de 1985/86 e o final de 1987/88, e no SG Sacavenense na temporada de 1988/89.
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(Rui Lopes no SC Farense)
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(SC Farense na época de 1984/85)
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(No SC Farense na temporada de 1984/85)
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Abandonado os relvados, Rui Lopes continuou ligado ao futebol, nomeadamente como treinador adjunto nas equipas técnicas lideradas por Jorge Jesus. Foi o braço direito de Jorge Jesus no Amora FC, no FC Felgueiras, CF União da Madeira e CF Estrela da Amadora.
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(Amora FC na época de 1992/93)
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(FC Felgueiras na época de 1994/95)
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(FC Felgueiras na temporada de 1995/96)
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(FC Felgueiras na época de 1997/98)
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(CF Estrela da Amadora na temporada de 1998/99)
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Mais tarde deixou de integrar as equipas técnicas lideradas por Jorge Jesus. Como treinador adjunto esteve mais recentemente ao serviço do SL Olivais e Moscavide, concretamente na época de 2005/06, que levou a equipa dos Olivais à 2ª Liga Nacional.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Só para desejar BOAS FESTAS e continuação de um óptimo trabalho!
 
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