Temporada de 1964/65
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
A temporada de 1964/65 marca a despedida, como recinto de jogos oficiais do Vitoria Sport Clube, do velhinho Campo da Amorosa e a estreia do novo Estádio Municipal de Guimarães. São os acontecimentos mais marcantes desta época desportiva, revelando-se passo importante no desenvolvimento e projecção do clube, que deixava assim de actuar naquela que foi a sua casa durante cerca 19 temporadas consecutivas.O Campo da Amorosa era já um velhinho campo de futebol em terreno pelado, sem capacidade ou infra-estruturas condizentes com a dimensão que o clube e cidade de Guimarães alcançaram. As próprias instâncias federativas e mesmo as governamentais impunham já há algum tempo um novo recinto de jogos ao Vitoria Sport Clube.
O novo Estádio Municipal de Guimarães era já um campo relvado, mas que apesar de oficialmente inaugurado no decurso da época de 1964/65 foi, nos anos seguintes, beneficiando de melhoramentos constantes ao nível de estrutura e serviços de apoio.
Quanto à equipa de futebol do Vitoria SC da temporada de 1964/65 registe-se que realizou um Campeonato Nacional da 1ª Divisão pautado pela mediania alcançado no final da competição um 7º lugar na classificação geral.
O treinador continuou a ser José Valle que arrancava assim para a terceira e ultima época à frente dos destinos da equipa de futebol do Vitoria SC. Em matéria de jogadores que compunham o plantel para a temporada de 1964/65, registam-se, desde logo, duas importantes saídas. O defesa capitão Silveira, já veterano, mais figuram marcante da história do clube, abandona a equipa depois de 11 épocas consecutivas como titular do Vitoria Sport Clube.
Alem de Silveira, o Vitoria SC vendeu o avançado Teodoro ao CF Belenenses. Sem tanto peso na equipa saíram ainda o defesa vimaranense Freitas e os avançados Djunga, Prata e Armando.
Em matéria de aquisições, a mais sonante foi a contratação do médio atacante Inácio ao CF Belenenses, um jogador que ingressa no Vitoria SC envolvido no negócio da transferência de Teodoro para o Restelo. Destaque ainda para a contratação do defesa Osvaldinho, um jogador que viria a ser muito importante na história do clube e, ainda, os avançados Moreira, Rocha e Eduardo, que não viriam a singrar em Guimarães.
A estas mais valias, haverá ainda que incluir Castro e Gualter, dois jogadores que foram fundamentais na equipa do Vitoria SC e produtos da escola de formação do clube. Castro era o avançado/extremo direito, que surgiu na primeira equipa na época anterior, mas que se afirmaria definitivamente na época de 1964/65. Gualter era um lateral direito de grande qualidade que surgiu nesta temporada alinhando no lugar do conceituado brasileiro Caiçara.
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A época iniciou-se com um empate a 0-0 no Campo da Amorosa entre o Vitoria SC e o FC Porto, mas o resultado mais destacado na primeira metade do Campeonato Nacional da 1ª Divisão foi a vitoria alcançada no Estádio do Sporting CP por 1-2, com o Vitoria de Guimarães a apresentar a seguinte constituição inicial que de resto foi uma das mais utilizadas ao longo do ano: Roldão; Caiçara, Manuel Pinto, Virgílio e Daniel; João da Costa, Peres e Inácio; Castro, Rodrigo e Mendes.
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(Vitoria de Guimarães-Vitoria de Setubal no Campo da Amorosa).
(Vitoria SC-Academica de Coimbra no Campo da Amorosa).
(Vitoria SC-SC Braga no Campo da Amorosa).
(FC Porto-Vitoria SC no Estádio das Antas).
O Vitoria SC ainda iniciou a época jogando no Campo da Amorosa, mas foi mais tarde obrigado a utilizar o Estádio Municipal quase de urgência, pois tinha terminado o prazo concedido pela Direcção Geral do Desportos, sem que houvesse prorrogação, apesar de solicitada, para que os clubes que não possuíssem relvado ou não fosse a sua primeira época no primeiro escalão se adaptassem às novas condições, que exigiam que os jogos da 1ª Divisão Nacional fossem disputados em terreno relvado.
É assim que o Vitoria SC se vê obrigado a utilizar o Estádio Municipal de Guimarães, que ainda se encontrava em construção, na penúltima jornada da 1ª volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1964/65 no desafio frente ao CF Belenenses.
Na semana que antecedeu o jogo foram avultadas as obras e as horas de trabalho dispendidas, quase dia e noite, para que aquele espaço estivesse minimamente preparado para um jogo da mais alta competição nacional. O local apresentava ainda algumas precariedades, já que naquela altura não era mais que um campo relvado e um bancada central onde foram improvisados uns camarotes em madeira.
Os necessários balneários para as equipas, por exemplo, não estavam ainda construídos. Tiveram que ser utilizados os do Campo da Amorosa, um recinto praticamente vizinho ao novo Estádio Municipal. Jogadores de ambas as formações e a própria equipa de arbitragem tinham que se equipar nos balneários do Campo da Amorosa e depois descer pela encosta até ao recinto de jogo. Durante o intervalo os jogadores nem regressavam aos balneários retemperando forças no próprio terreno de jogo.
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É assim que o Vitoria SC se vê obrigado a utilizar o Estádio Municipal de Guimarães, que ainda se encontrava em construção, na penúltima jornada da 1ª volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1964/65 no desafio frente ao CF Belenenses.
Na semana que antecedeu o jogo foram avultadas as obras e as horas de trabalho dispendidas, quase dia e noite, para que aquele espaço estivesse minimamente preparado para um jogo da mais alta competição nacional. O local apresentava ainda algumas precariedades, já que naquela altura não era mais que um campo relvado e um bancada central onde foram improvisados uns camarotes em madeira.
Os necessários balneários para as equipas, por exemplo, não estavam ainda construídos. Tiveram que ser utilizados os do Campo da Amorosa, um recinto praticamente vizinho ao novo Estádio Municipal. Jogadores de ambas as formações e a própria equipa de arbitragem tinham que se equipar nos balneários do Campo da Amorosa e depois descer pela encosta até ao recinto de jogo. Durante o intervalo os jogadores nem regressavam aos balneários retemperando forças no próprio terreno de jogo.
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A data que fica então para a história é o dia 3 de Janeiro de 1965, data em que foi realizado o primeiro jogo no Estádio Municipal de Guimarães. O adversário na ocasião foi, como já referimos o CF Belenenses, com o resultado final da partida a pender para os vimaranenses por 2-1. Registe-se ainda o autor do primeiro golo marcado no Estádio Municipal de Guimarães, o jovem Castro, produto das escolas do Vitoria SC.
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(Vitoria SC-CF Belenenses no Estádio Municipal de Guimarães no dia da inauguração).
(Vitoria SC-Sporting CP no Estadio Municipal de Guimarães).
E pois naquelas condições que o Vitoria SC disputa os seus jogos na condição de visitado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Ainda regressa ao Campo da Amorosa para defrontar o Varzim SC, Seixal FC e SCU Torrense, pois os regulamentos permitiam que se jogasse em terra batida quando a equipa adversaria também actuasse em semelhante terreno na condição de visitado.
É exactamente no desafio entre os vimaranenses e o SCU Torreense a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, que o Vitoria SC ganhou por 2-0, que marca a despedida eterna do velhinho Campo da Amorosa, após 19 anos de vida, com um dos palcos da principal prova de futebol nacional.
Como visitado o Vitoria SC ainda perdeu bastantes pontos. Alem do referido empate contra o FC Porto na jornada inaugural da prova, em casa o Vitoria SC empatou ainda com Sporting CP a 2-2 e foi derrotado pelo SC Braga por 2-3, pelo Vitoria de Setúbal por 1-2, com o GD Cuf por 1-3 e com o SL Benfica por 1-2.
Alias, este jogo com o SL Benfica que se realizou no Estádio Municipal de Guimarães, ficou marcado por uma enorme polémica, que fez historia naquela época e que levou mesmo o Vitoria SC a recorrer às instâncias federativas exigindo uma indemnização. Aconteceu que o SL Benfica veio defrontar o Vitoria SC para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na ultima jornada da prova, já com o titulo de Campeão Nacional conquistado e, como tinha outros compromissos, optou por levar a Guimarães a sua equipa suplente.
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É exactamente no desafio entre os vimaranenses e o SCU Torreense a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, que o Vitoria SC ganhou por 2-0, que marca a despedida eterna do velhinho Campo da Amorosa, após 19 anos de vida, com um dos palcos da principal prova de futebol nacional.
Como visitado o Vitoria SC ainda perdeu bastantes pontos. Alem do referido empate contra o FC Porto na jornada inaugural da prova, em casa o Vitoria SC empatou ainda com Sporting CP a 2-2 e foi derrotado pelo SC Braga por 2-3, pelo Vitoria de Setúbal por 1-2, com o GD Cuf por 1-3 e com o SL Benfica por 1-2.
Alias, este jogo com o SL Benfica que se realizou no Estádio Municipal de Guimarães, ficou marcado por uma enorme polémica, que fez historia naquela época e que levou mesmo o Vitoria SC a recorrer às instâncias federativas exigindo uma indemnização. Aconteceu que o SL Benfica veio defrontar o Vitoria SC para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na ultima jornada da prova, já com o titulo de Campeão Nacional conquistado e, como tinha outros compromissos, optou por levar a Guimarães a sua equipa suplente.
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Ora, naquela altura, os regulamentos da Federação Portuguesa de Futebol não permitiam tal procedimento, e por esse facto, o Vitoria SC apresentou um protesto junto das instâncias federativas exigindo o pagamento de uma considerável indemnização. O mais surpreendente é que o Vitoria SC ganhou aquele litígio, o que não era normal acontecer quando as pendências na F.P.F envolviam os clubes da capital.
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(Vitoria SC-SL Benfica no Estádio Municipal de Guimarães)
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Voltando aos resultados obtidos pelo Vitoria SC no Campeonato Nacional da 1ª Divisão destaca-se, pela positiva, a vitoria sobre o Leixões SC por 4-0 e a goleada de 7-1 infligida ao Varzim SC no Campo da Amorosa, no dia da estreia do lateral direito Gualter, figura histórica do clube vimaranense, mas também no FC Porto.
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(Vitoria SC-Varzim SC no Campo da Amorosa).
Nos jogos fora registam-se a conquista de 4 importantes vitorias. A já mencionada sobre o Sporting CP por 1-2, mas também, pelo mesmo resultado à Académica de Coimbra, que foi o 4º classificado na prova, e ao Lusitano de Évora. O Vitoria SC venceu ainda em Torres Vedras o SCU Torreense por 1-3.
No final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1964/65 o Vitoria SC foi o 7º colocado com 29 pontos no total. Para a estatística ficam os números: 12 vitorias, 5 empates e 9 derrotas. 44 golos marcados, 36 o numero de golos sofridos.
A equipa tipo do Vitoria SC era constituída da seguinte forma: Roldão o guarda-redes titular indiscutível nos 26 jogos); Gualter (11 jogos), Manuel Pinto (26 jogos), Virgílio (22 jogos) e Daniel Barreto (24 jogos); os médios Inácio (23 jogos) e Peres, o capitão da equipa (23 jogos); e no ataque Paulino (15 jogos), Rodrigo (24 jogos), Mendes (25 jogos ) e Castro (20 jogos).
Na época de 1964/65 jogaram ainda os defesas Mário Costa (10 jogos), Caiçara (6 jogos), Artur (3 jogos) e Osvaldinho (6 jogos); o médio João da Costa (13 jogos); e os avançados Moreira (5 jogos), Rocha (1 jogo) e Eduardo (3 jogos).
Os 44 golos apontados pela equipa do Vitoria SC foram divididos da seguinte forma: o brasileiro Rodrigo sagrou-se novamente o melhor marcador com 13, o médio Peres marcou 10 e Mendes o “Pé Canhão” apontou 9. O jovem Castro marcou 5, Paulino 4, Caiçara, Inácio e Rocha, marcaram 1 cada.
Antes de recordar a participação do Vitoria SC na Taça de Portugal, registar a conquista da Taça da A.F. Braga da temporada de 1964/65. Na Taça de Portugal, o Vitoria SC foi surpreendentemente eliminado pelo SC Salgueiros, da 2ª Divisão Nacional, nos oitavos de final da competição.
O Vitoria SC ate parecia bem lançado para chegar bem mais longe. Na 1ª eliminatória eliminou o primodivisionario Leixões SC com vitória em Guimarães por 5-1 e derrota insuficiente em Matosinhos por 2-1.
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No final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1964/65 o Vitoria SC foi o 7º colocado com 29 pontos no total. Para a estatística ficam os números: 12 vitorias, 5 empates e 9 derrotas. 44 golos marcados, 36 o numero de golos sofridos.
A equipa tipo do Vitoria SC era constituída da seguinte forma: Roldão o guarda-redes titular indiscutível nos 26 jogos); Gualter (11 jogos), Manuel Pinto (26 jogos), Virgílio (22 jogos) e Daniel Barreto (24 jogos); os médios Inácio (23 jogos) e Peres, o capitão da equipa (23 jogos); e no ataque Paulino (15 jogos), Rodrigo (24 jogos), Mendes (25 jogos ) e Castro (20 jogos).
Na época de 1964/65 jogaram ainda os defesas Mário Costa (10 jogos), Caiçara (6 jogos), Artur (3 jogos) e Osvaldinho (6 jogos); o médio João da Costa (13 jogos); e os avançados Moreira (5 jogos), Rocha (1 jogo) e Eduardo (3 jogos).
Os 44 golos apontados pela equipa do Vitoria SC foram divididos da seguinte forma: o brasileiro Rodrigo sagrou-se novamente o melhor marcador com 13, o médio Peres marcou 10 e Mendes o “Pé Canhão” apontou 9. O jovem Castro marcou 5, Paulino 4, Caiçara, Inácio e Rocha, marcaram 1 cada.
Antes de recordar a participação do Vitoria SC na Taça de Portugal, registar a conquista da Taça da A.F. Braga da temporada de 1964/65. Na Taça de Portugal, o Vitoria SC foi surpreendentemente eliminado pelo SC Salgueiros, da 2ª Divisão Nacional, nos oitavos de final da competição.
O Vitoria SC ate parecia bem lançado para chegar bem mais longe. Na 1ª eliminatória eliminou o primodivisionario Leixões SC com vitória em Guimarães por 5-1 e derrota insuficiente em Matosinhos por 2-1.
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Nos dezasseis avos de final eliminou a Académica de Coimbra, também a militar na 1ª Divisão Nacional, com dois triunfos por 1-0, conquistados em Guimarães e Coimbra. Acabou eliminado às mãos do modesto SC Salgueiros. Em Guimarães o Vitoria SC não foi alem do empate a 1-1. Na cidade do Porto foi surpreendentemente derrotado por 1-0 e acabou assim eliminado da prova.
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(Vitoria SC-SC Salgueiros no Estádio Municipal de Guimarães).
(Vitoria SC-SC Salgueiros no Estádio Municipal de Guimarães)
