Glórias do Passado: Paulo Bento

 

Paulo Bento


Paulo Bento é actualmente um promissor técnico de futebol integrando uma nova vaga de treinadores que tem surgido recentemente em Portugal. Teve uma ascensão célere na sua carreira de treinador de futebol, assumindo prematuramente o cargo de treinador de um grande clube do futebol nacional, quando na época de 2005/06 substituiu José Peseiro no comando técnico do Sporting CP.

A verdade é que, já enquanto jogador e devido ao seu carácter e personalidade, facilmente se apercebia, e já muitos apontavam, que Paulo Bento poderia tornar-se num excelente treinador de futebol. Mas a sua ainda curta carreira de técnico da modalidade está alicerçada em muita da experiência acumulada nos campos de futebol e no saber que ao longo da sua carreira foi colhendo dos técnicos que teve enquanto jogador de futebol.

Paulo Jorge Gomes Bento, nasceu em Lisboa no dia 20 de Junho de 1969. Como jogador de futebol, Paulo Bento era um médio centro com funções essencialmente defensivas. Caracterizava-se particularmente pela sua eficiência e regularidade, exímio a roubar bolas ao adversário e exemplar na forma como distribuía jogo sempre com uma enorme projecção ofensiva. Paulo Bento configura o exemplo do que vulgarmente se chama um “carregador de piano”. Era também um excelente jogador de contenção, inteligente ao interpretar o futebol, técnico o quanto baste e com grande visão de jogo. Pelo seu posicionamento em campo era um mestre a cortar as linhas de passe aos adversários, o seu futebol era fácil e sustentado.

A sua personalidade era marcante, sério e trabalhador. Um verdadeiro profissional. Dele se diz um bom garfo, apreciador da típica gastronomia portuguesa e do vinho verde da nossa região. Em Guimarães, por exemplo, era frequente vê-lo no Diplomata nas Caldas das Taipas, vila do nosso concelho onde residia enquanto foi jogador profissional do Vitoria.
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Iniciou a sua carreira de futebolista no modesto CA Alvalade, na época de 1982/83 à qual remonta a sua primeira inscrição federativa com apenas 13 anos de idade. Ainda miúdo, pela mão do seu tio Rogério Gomes, antigo olheiro do Vitória, foi levado aos treinos de captação do Sporting CP. Nem chegou a treinar, pois não gostou da forma como foi tratado pelo responsável sportinguista que organizava a chegada dos vários miúdos que se apresentavam a prestar provas. Já naquele tempo o seu carácter e personalidade estavam bem vincados.
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(No Clube Atletico de Alvalade em 1984, em baixo segurando a bola com a braçadeira de capitão de equipa)
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Jogou ainda no Palmelense FC e posteriormente no Futebol e Benfica, clube pelo qual disputou o Campeonato Nacional da 3ª Divisão, Série E, na temporada de 1988/89, terminando a prova no 11º lugar. Até que surge João Alves na sua carreira, treinador que se tornou o grande impulsionador de Paulo Bento e a quem este sempre faz questão de agradecer e reconhecer.

No final da época de 1988/89, Paulo Bento ainda jogador do Futebol e Benfica é chamado a treinar à experiência no Estrela da Amadora treinado pelo português João Alves. Segundo refere João Alves, apenas treinou durante 15 minutos e imediatamente foi ordenada a sua saída do campo. Paulo Bento ficou apreensivo pois entendeu que as suas qualidades não tinham sido apreciadas. Todavia, não foi isso que aconteceu, já que João Alves apreciou de tal forma os seus atributos que a ordem de abandonar o terreno de jogo dada a Paulo Bento foi uma medida destinada a evitar a chamada de atenção aos muitos observadores que se encontravam presentes naquele treino.

Paulo Bento assinaria contrato com o Estrela da Amadora e assim integraria o plantel do clube da Reboleira para a temporada de 1989/90. A sua estreia no Campeonato Nacional da 1ª Divisão daquela época e na mais alta montra do futebol nacional dá-se a 14 de Janeiro de 1990, frente ao SL Benfica, no Estádio José Gomes na Reboleira. Era uma aposta arrojada de João Alves, mas efectivamente premiada pois, a partir de então, Paulo Bento tornou-se um jogador imprescindível na equipa da Amadora.
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(Com a camisola do Estrela da Amadora na epoca de 1989/90)
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(Plantel do Estrela da Amadora na época de 1989/90)
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O Estrela da Amadora terminou o Campeonato Nacional classificado na 13ª posição, realizando Paulo Bento apenas 12 jogos oficiais. O ponto alto todavia daquela época foi a conquista da Taça de Portugal.
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Após terem eliminado o Vitoria nas meias finais, o Estrela da Amadora encontraria o SC Farense na final da competição. Depois de um empate no primeiro jogo da final, foi necessário recorrer a uma finalíssima, para encontrar o vencedor da edição de 1989/90 da Taça de Portugal. Nessa finalíssima o Estrela da Amadora derrotou o SC Farense por 2-0, com o primeiro golo a ser apontado pelo próprio Paulo Bento aos 30 minutos de jogo e o segundo golo, por Ricardo Lopes, aos 63 minutos. Paulo Bento conquistava assim o primeiro troféu da sua longa carreira de futebolista.
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(Na Reboleira ao serviço do Estrela da Amadora)
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(Equipa do Estrela da Amadora na final da Taça de Portugal no Estadio do Jamor em 1989/90)
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Entretanto João Alves abandonaria o Estrela da Amadora e para suceder no cargo de técnico da equipa para a temporada de 1990/91 foi escolhido Manuel Fernandes. No início da época Paulo Bento no Estrela da Amadora, perderia a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira para o FC Porto, que havia sido campeão nacional na época anterior. Depois de uma vitoria do Estrela da Amadora por 2-1 no jogo da 1ª mão, disputado no Estádio José Gomes, com golos de Baroti e Miranda, o FC Porto levaria de vencida o troféu ao golear a equipa da Reboleira por 3-0 na cidade do Porto.
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No Estrela da Amadora, Paulo Bento era peça essencial no terreno de jogo, disputando 25 jogos no Campeonato Nacional da época de 1990/91. Contudo, a época foi aziaga para o conjunto da Amadora pois fruto de um 18º lugar na classificação, num Campeonato disputado por 20 clubes, acabaria por ser relegada à 2ª Divisão de Honra.
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(Plantel do Estrela da Amadora na temporada de 1990/91)
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Em Guimarães, entretanto, já se preparava a época de 1991/92. João Alves era o técnico dos vimaranenses, com papel preponderante na escolha dos elementos que iriam compor o plantel do Vitoria Sport Clube para a temporada que se aproximava. Frederico, Caetano e Jaime Alves chegavam contratados ao Boavista FC. Da Amadora viriam Paulo Jorge e Basaula, e ainda, de outras paragens, os centrais Matias e Taoufik, Quim Machado, Fonseca, Moreira de Sá e Pedro Barbosa.
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Todavia faltava ainda um elemento que João Alves não prescindia e que de certa forma impôs ao Presidente Pimenta Machado a sua aquisição. Era Paulo Bento, o jovem jogador de 22 anos por quem o Vitoria pagou uma avultada quantia após prolongadas negociações com o Presidente do Estrela da Amadora que se mostrava irredutível em vender os direitos desportivos do médio.
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(Equipa do Vitoria na época de 1991/92)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1991/92)
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(Em 1991/92 no Vitoria num confronto com o SL Benfica)
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Chega a Guimarães em Agosto de 1991, já com a pré-temporada em andamento, mas a tempo de fazer a sua estreia com a camisola do Vitoria logo no jogo da 1ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, frente ao FC Famalicão, numa brilhante vitoria dos vimaranenses na casa do adversário por 4-1. Ao longo da época efectuou 32 jogos com a camisola do Vitoria que terminou classificado no 5º lugar da tabela geral concretizando, desta forma, objectivo proposto de conquistar um lugar nas provas internacionais de clubes.
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Ao longo da sua primeira época no Vitoria, Paulo Bento apontou 3 golos. O seu primeiro golo com o emblema do Vitoria ocorreu à 16ª jornada, numa tarde de sol, em jogo disputado num lotado Estádio Municipal de Chaves, aquando do empate a uma bola contra o Desportivo de Chaves, sendo Paulo Bento o autor do golo da igualdade aos 70 minutos de jogo.
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(Equipa do Vitoria em Vidal Pinheiro na época de 1991/92)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1991/92)
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Nesta época, Paulo Bento concretizaria ainda um outro golo importante para o Vitoria. Desta feita, no Estádio Municipal de Guimarães com cerca de 25.000 pessoas a assistir, o Vitoria empatou a um golo contra o FC Porto, com o tento vitoriano a ser apontando por Paulo Bento aos 22 minutos. Desse jogo, recorda-se ainda uma péssima arbitragem de Pinto Correia de Lisboa que prejudicou consecutivamente o Vitoria de Guimarães.

O seu 3º golo na época foi aquele que abriu caminho a vitoria no jogo disputado no Estádio Municipal de Guimarães frente ao Desportivo de Chaves e que carimbou finalmente o passaporte para as competições europeias. À 33ª Jornada o Vitoria goleou a equipa flaviense por 4-0 com o primeiro golo a ser apontado por Paulo Bento aos 20 minutos de jogo. Os restantes golos, que carimbaram a expressiva vitoria e que colocaram em festa a cidade de Guimarães, foram da autoria de Caio Júnior, Quim Machado e Ziad.

No Vitoria de 1991/92 foi a figura da equipa. Era o fiel da balança e o espelho da postura da equipa vitoriana. Um talento imenso, uma capacidade de luta inesgotável e uma disciplina táctica a todos os níveis notável. Contribuiu de forma inquestionável para a excelente campanha da equipa do Vitoria Sport Clube.

Os seus desempenhos ao serviço do Vitória começam a despertar o interesse dos responsáveis técnicos nacionais. Na verdade, Paulo Bento não tinha nesta altura qualquer internacionalização pela Selecção de Portugal, nem ao nível dos escalões mais jovens. É como profissional do Vitoria que vai alcançar a 1ª internacionalização pela Selecção A de Portugal. Estreou-se no dia 15 de Janeiro de 1992, em Torres Novas, contra a Selecção de Espanha, em jogo que terminou empatado a 0-0. O seleccionador nacional era o Professor Carlos Queirós.

Apenas regressaria à Selecção A, praticamente 2 anos depois, ainda como jogador do Vitoria, já com Nelo Vingada como seleccionador nacional, num jogo particular que Portugal disputou em Oslo frente à Noruega, no dia 20 de Abril de 1994, que terminou também empatado a 0-0.
Apesar dos objectivos cumpridos o Vitoria substitui o treinador João Alves pelo bem amado da massa associativa Marinho Peres. Na temporada de 1992/93, Paulo Bento continuou a ser pedra fundamental na equipa do Vitoria que todavia fez uma campanha com mais momentos baixos que propriamente momentos altos.
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(Novamente frente ao SL Benfica na época de 1992/93)
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(Equipa do Vitoria na época de 1992/93)
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Na edição do Campeonato Nacional o Vitoria classificou-se na 11ª posição, com uma alteração no comando técnico a meio da prova quando Marinho Peres apresentou a demissão de treinador principal e foi substituído no cargo pelo seu adjunto Bernardino Pedroto. Paulo Bento foi titular indiscutível contabilizando 31 jogos disputados no total apontando 5 golos ao longo de toda a prova, destacando-se o golo apontado à 14ª jornada, na cobrança de uma grande penalidade, já perto do intervalo, no Estádio do Bessa, em encontro que o clube da cidade berço venceu por 1-3, naquele que terá sido dos melhores jogos dos vimaranenses naquela época, num verdadeiro dia de temporal.
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A nível interno, destaque ainda para a eliminação do Vitoria na Taça de Portugal já nas meias finais, depois de estar a vencer por 1-0 até 5 minutos do final do jogo, tempo, todavia suficiente, para os encarnados do SL Benfica darem a volta ao marcador para 1-2 e assim garantirem o acesso à final da prova.
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(No Vitoria em 1992/93 frente ao FC Porto)
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(Equipa do Vitoira na temporada de 1992/93)
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(Frente ao SL Benfica com a camisola do Vitoria em 1992/93)
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(Equipa do Vitoria em 1992/93 no Estadio do Restelo)
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A participação do Vitoria na edição da Taça Uefa ficou marcada essencialmente pelo excelente jogo e resultado alcançado frente aos espanhóis do R. Sociedad no jogo da 1ª mão da 1ª eliminatória da competição. Foi de facto uma retumbante vitória por 3-0 dos vimaranenses que desta forma poucas hipóteses deixaram a equipa basca de na 2ª mão em Atocha conseguirem dar a volta ao resultado. Paulo Bento foi nuclear em ambos as partidas, pois se no primeiro jogo foi o primeiro municiador do ataque do Vitoria, no segundo jogo, foi um verdadeiro mouro a estancar as investidas bascas sobre a defensiva vitoriana.
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O Vitoria foi apurado para a 2ª eliminatória onde viria a encontrar os holandeses do Ajax de Amesterdan, colosso do futebol europeu, cheio das estrelas cintilantes. Copiosa derrota no Estádio Municipal de Guimarães por 0-3, e meritória exibição no Estádio Olímpico de Amesterdan, onde o Vitoria perderia apenas por 2-1, com o golo do Vitoria a ser apontado por Ndinga aos 59 minutos.
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(No Vitoria em 1992/93)
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1992/93)
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(Com a camisola do Vitoria em 1992/93)
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A época seguinte foi preparada com Bernardino Pedroto no comando da equipa técnica do Vitoria. Paulo Bento adicionava agora a condição de titular, à qualidade de capitão de equipa do Vitoria. O seu equilíbrio e brio profissional mereciam tal distinção. Jogou 32 jogos na prova e apontou novamente 5 golos. Todavia, esta foi uma época pautada pela mediania ao nível de resultados ficando contudo o Vitoria as portas do acesso à Europa, posicionando-se na 7ª posição no Campeonato Nacional da 1ª Divisão 1993/94.
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Em primeiro lugar as arbitragens nesta época foram inqualificáveis. O Vitoria na pessoa do Presidente da Direcção – Pimenta Machado - abriu uma guerra ao Conselho de Arbitragem motivada pelas suspeitas de tráficos de influencias na escolha dos árbitros e na avaliação dos seus desempenhos. Defendia intransigentemente o sorteio dos juízes e a publicação dos relatórios de avaliação. A batalha travada nas instituições federativas levou a demissão do Presidente do Conselho de Arbitragem Laureano Gonçalves e a partir daí o Vitoria foi mais poupado pelos erros dos árbitros.
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(Em 1993/94 com a camisola do Vitoria)
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(Plantel do Vitoria na temporada de 1993/94)
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(Em acção na época de 1993/94)
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Por outro lado, a sorte também se arredou do Vitoria na ponta final da época. Nos últimos jogos, fundamentais para a qualificação europeia o Vitoria perdia pontos por manifesta falta de sorte. Paulo Bento, estaria de alguma forma ligado a esta falta de sorte, pois desperdiçou 2 penaltis em outros tantos jogos numa fase decisiva da prova. Contudo, a verdade é que ao longo de toda a época Paulo Bento andou praticamente com o Vitoria ao colo ou a viver à custa do seu futebol.
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(Em 1993/94 frente ao FC Porto)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1993/94)
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(Na temporada de 1993/94 com a camisola do Vitória)
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Foram 3 anos ao mais alto nível, aqueles que Paulo Bento protagonizou em Guimarães. Por isso, não surpreendia ninguém o interesse que os clubes de maior poderio económico manifestavam pelos serviços de Paulo Bento. A corrida ao jogador do Vitoria é ganha pelo SL Benfica, que alem de Paulo Bento, leva ainda o defesa esquerdo Dimas, a troco de uma excelente compensação pecuniária para os cofres do Vitoria.
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No SL Benfica, porem, Paulo Bento nunca foi muito feliz. O Clube da Luz iniciava aí um verdadeiro calvário em termos de resultados e diversas peripécias que manchariam a sua imagem institucional. Artur Jorge era o técnico dos encarnados que promoveu uma incompreensível revolução que descaracterizou completamente o Clube.
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(Plantel do SL Benfica na época de 1994/95)
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(Equipa do SL Benfica na temporada de 1994/95)
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A transferência de Paulo Bento do Vitoria para a Luz foi todavia alvo de muita polémica depois de consumada. É que, a Paulo Bento foi detectada uma lesão pelo departamento médico do SL Benfica, que se dizia até, incapacitante para a prática do futebol. A verdade é que Paulo Bento jogaria ainda mais 10 anos ao mais alto nível.

A verdade é que, o Presidente do Benfica Manuel Damásio, recusava-se a pagar o valor acordado com o Vitoria, alegando que o valor deveria ser reduzido em face da lesão detectada ao atleta. Obviamente que o Vitoria recusou qualquer redução no valor estipulado e afinal, após muita troca de palavras, o SL acabaria por liquidar integralmente o valor da transferência dos jogadores.

No SL Benfica efectuou 20 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1994/95 não concretizando qualquer golo. Na classificação, a turma comandada por Artur Jorge terminou classificada na 3ª posição da prova.
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O ambiente não era famoso para os lados do Estádio da Luz e a falta de resultados agudizava os problemas. Artur Jorge manteve-se técnico do SL Benfica na temporada de 195/96, mas por muito pouco tempo. Empate caseiro a 1-1 contra o Vitoria e a demissão do técnico foi imediata.
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(Em 1995/96 no SL Benfica)
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(Plantel do SL Benfica na epoca de 1995/96)
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(Com a camisola encarnada em 1995/96)
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Com Mário Wilson ao leme do clube da Luz os desempenhos foram bem melhores. Paulo Bento assumiu-se como patrão do meio campo dos encarnados. 29 jogos na prova máxima do futebol português e 2 golos apontados. No final da temporada, conquistaria ainda o seu segundo troféu na carreira. Novamente a Taça de Portugal, na edição de 1995/96, com a vitoria dos encarnados contra o velho rival de Lisboa – Sporting CP – por 3-1.
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(Em acção pelo SL Benfica na época de 1995/96)
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Seria esta a ultima temporada de Paulo Bento de águia ao peito, já que acabaria transferido para o futebol espanhol, que por esta altura, despertara para o mercado português. O Real Oviedo apresentou uma proposta de aquisição do médio português, clube que viria a representar durante 4 temporadas. A valia de Paulo Bento e as suas qualidades permitiram-no afirmar-se como um jogador reconhecido no galáctico futebol espanhol. Foi titular indiscutível no Real Oviedo durante as 4 temporadas, realizando 136 jogos e apontando 5 golos.
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(Com a camisola o Real Oviedo)
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(Com a camisola do Real Oviedo na época de 1997/98)
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(No Real Oviedo)
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(Em acção pelo Real Oviedo na época de 1999/00)
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(Na Selecção de Portugal em 1999)
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No final da temporada de 1999/00 regressaria a Portugal para ingressar o Sporting CP que acabava de interromper um jejum de 18 anos com a conquista do Campeonato Nacional.
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A temporada de 2000/01 do Sporting CP não foi todavia famosa. Por Alvalade passariam 3 treinadores ao longo da época: Augusto Inácio, Fernando Mendes e Manuel Fernandes. No campeonato o Sporting CP foi 3º classificado, com Paulo Bento a realizar 32 jogos na prova. Conquistaria, porem, mais um troféu nacional. A Supertaça Cândido de Oliveira relativa à temporada 1999/00.
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(Plantel do Sporting CP em 2000/01)
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(Em 2000/01 frente ao Vitoria com a camisola do Sporting CP)
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(Por Portugal)
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(No ano de 2000 em representação da Selecção de Portugal)
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(Em acção por Portugal frente a Inglaterra)
. (Com Portugal num desafio contra a Roménia)
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(Paulo Bento na Selecção de Portugal do Euro 2000)
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A melhor época de Paulo Bento no Sporting CP seria a temporada de 2001/02, com o romeno Laszlo Boloni, onde conquistou a dobradinha. Foi Campeão Nacional e conquistou a Taça de Portugal, numa era dominada por João Pinto e goleador brasileiro Jardel. Paulo Bento foi também peça fundamental nas conquistas leoninas, participando em 31 jogos do campeonato nacional e concretizando um golo apenas.
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(Plantel do Sporting CP na época de 2001/02)
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(Vom a camisola do Sporting CP em 2001/02)
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(Equipa do Sporting CP em 2001/02)
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Em Julho de 2002, após o Mundial realizado na Coreia/Japão, Paulo Bento anuncia a sua retirada da Selecção Nacional depois de a ter representado em 35 ocasiões. Paulo Bento participou pela Selecção A de Portugal em diversos jogos particulares e oficiais de qualificação para os respectivos Europeus e Mundiais. Os pontos altos em representação da Selecção Nacional, foram, todavia, o Europeu da Bélgica/Holanda de 2000, onde Portugal conquistou um brilhante 3º lugar, e onde Paulo Bento foi pedra basilar da nossa Selecção, bem como o Mundial da Coreia/Japão de 2002, onde a nível colectivo Portugal foi uma verdadeira desilusão.

Relativamente ao Europeu realizado na Bélgica/Holanda em 2000, cabe ainda assinalar que Paulo Bento foi um dos jogadores suspensos pela UEFA após os incidentes das meias final da competição frente à França.
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A época seguinte - temporada 2002/03 - foi integralmente dominada pelo FC Porto que conquistou o Campeonato e a Taça de Portugal, com o Sporting CP a vencer a Supertaça Cândido de Oliveira. O pecúlio de Paulo Bento aumentava assim com a conquista de mais um troféu.
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(Em acção pelo Sporting CP em 2002/03)
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(Equipa do SPorting CP em 2002/03)
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(Com a camisola do Sporting CP em 2002/03)
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(Em acção por Portugal no Euro 2000)
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Com 34 anos de idade, Paulo Bento entrava para aquela que seria a sua última época como jogador profissional de futebol. Fernando Santos era o treinador do Sporting CP em 2003/04, relegando Paulo Bento, na fase inicial da prova, para o banco de suplentes, apostando no jovem médio Custodio. Contudo, após a lesão contraída pelo internacional Custodio, Paulo Bento foi promovido a titular da equipa.
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Faz o último jogo oficial da sua longa carreira ao serviço do Sporting CP precisamente contra um dos seus clubes do coração: o Vitoria Sport Clube. A 9 de Maio de 2004, no novíssimo Estádio D. Afonso Henriques Paulo Bento faz a sua despedida dos relvados.
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(Em acção pelo Sporting CP em 2003/04)
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(Plantel do Sporting CP em 2003/04)
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(O dia do ultimo jogo da sua carreira no Estadio D. Afonso Henriques em Guimarães na época de 2003/04)
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(Equipa do Sporting na temporada de 2003/04)
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No final da temporada, Paulo Bento anunciaria oficialmente o final da sua carreira de futebolista, numa conferência de imprensa marcada pela emoção, com a presença da sua esposa e do seu particular colega e amigo Pedro Barbosa. Agradeceu a todos os clubes e adeptos por onde passou, com uma menção especial à pessoa que mais o ajudou no início da sua carreira: o técnico João Alves.
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Em 2004/05 Paulo Bento assumiu o comando técnico da equipa de juniores do Sporting CP e logo nessa época conquistou o seu primeiro título enquanto treinador de futebol. Em 2005/06, com a demissão de José Peseiro foi indigitado treinador da equipa principal do Sporting CP, realizando uma excelente segunda volta no Campeonato Nacional, atingindo o 2º lugar na classificação que permitiu o acesso directo à Liga dos Campeões. Classificação que de resto viria a repetir na temporada na 1ª Liga de 2006/07, época que seria coroada com a conquista da Taça de Portugal o seu primeiro troféu como treinador de uma equipa sénior.
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(Como treinador do Sporting CP)
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(Numa conferência de imprensa)
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(Durante um treino do Sporting CP na Academia)
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(Dando indicações aos seus pupilos)
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(Chamando um dos jogadores suplentes)
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(Dando indicações para o interior do relvado)
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(Vibrando com o jogo)
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(Sentado no banco de suplentes)
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(Treinador do plantel do Sporting em 2006/07)
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(No banco de suplentes com o seu adjunto debaixo dos flashes dos reporteres)
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(Treinador do Sporting CP)
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(No seu estilo sempre interventivo)
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Actualmente, continua a exercer as funções de treinador principal da equipa de Alvalade, é um técnico respeitado e varias vezes convidado para palestras sobre o futebol.
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Autor: Alberto de Castro Abreu

É a primeira vez que cá venho e fiquei francamente admirada com a primeira figura que consultei.
Logo o Treinador do meu clube!
Nem consegui ler tudo tal o historial reunido, mas fiquei ciente que, quando quiser saber algo sobre glórias do passado é aqui que voltarei sempre.
Obrigado pelo bom trabalho.
SL
 
Ola Tite,

Obrigado pelas suas elogiosas palavras dirigidas ao blogue "Glórias do Passado".

Pois volte sempre, pois periodicamente serão recordadas outras historia e carreiras de certa forma ligadas aos SPorting CP.

Saudações Vitorianas,

Alberto
 
Pois faço minhas as palavras da Tite, também gostei muito. Abraço.
 
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