Glórias do Passado: Vítor Santos

 

Vítor Santos


Vítor Santos nasceu no dia 6 de Setembro de 1965 no Seixal e foi pelo principal clube daquela localidade da região de Setúbal que deu os primeiros pontapés na bola como atleta federado na época de 1979/80.

Pela qualidade evidenciada ao serviço da equipa de iniciados daquele modesto clube o jovem Vítor Manuel Fernandes Santos ingressou nos escalões de formação do Sporting CP onde realizou toda o seu percurso no futebol juvenil até atingir a idade de sénior.

Finalizando o percurso no futebol juvenil Vítor Santos rubricou um contrato profissional com o Sporting CP, que todavia não o integrou desde logo no seu plantel principal, optando por ceder sucessivamente os seus serviços a clubes de menor nomeada visando dar rodagem ao jovem jogador.

Ocupava preferencialmente o lado esquerdo da defesa mas cumpria com segurança a posição de médio interior/ala esquerdo. É que, na verdade, as características de Vítor Santos elevavam-se no aspecto ofensivo, já que possuía um pé esquerdo com alguma técnica, mas na vertente defensiva era muito mais permissivo para as exigências daquela posição no terreno de jogo. Era suficientemente rápido para ocupar toda a ala esquerda da equipa, mas fisicamente denotava alguma debilidade não só pelo seu aspecto franzino mas também pelas consecutivas lesões que sofreu ao longo da carreira.

O Sporting CP cedeu o jogador a título de empréstimo em 1984/85 ao SC Olhanense, na temporada seguinte ao SC Covilhã, então na 1ª Divisão Nacional, e na época de 1986/87 ao SC Farense onde realizou boas exibições nos 12 jogos em que foi utilizado.
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(Vitor Santos no SC Farense)
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Pelas performances evidenciadas ao serviço dos leões de Faro acabou por regressar à casa mãe com quase 22 anos de idade e assim integrar o plantel do Sporting CP para a época de 1987/88. Naquela temporada no Sporting CP alinhou ao lado de jogadores como Vítor Damas, Paulinho Cascavel e Silvinho entre outros, numa época em que realizou 12 partidas oficiais no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Apesar de não ser um jogador titular indiscutível na equipa de Alvalade, Vítor Santos revelava qualidade e como um jovem que era muitos eram aqueles que acreditavam no seu potencial, de tal forma que chegou mesmo a tornar-se internacional por Portugal na formação de Esperanças pelo menos em 3 ocasiões.
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(Equipa do Sporting CP na época de 1987/88 com Vitor Santos)
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(No Sporting CP na temporada de 1987/88)
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(Equipa do Sporting CP na época de 1987/88 com Vitor Santos)
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Na época de 1988/89 o Vitoria transferiu o defesa central Miguel para o Sporting CP e nesse negocio envolveu, alem de uma quantia pecuniária, a cedência a titulo definitivo dos passes do defesa central Germano, do extremo brasileiro Silvinho e do lateral/médio esquerdo Vítor Santos.

Assim, Vítor Santos chega à cidade de Guimarães na época de 1988/89 para representar o Vitoria durante 3 temporadas consecutivas. Todavia, durante o período que representou os vimaranenses o defesa/médio esquerdo Vítor Santos nunca conseguiu afirmar-se como titular, limitando-se a esporádicas aparições no onze principal do Vitoria em substituição de algum jogador que se encontrava lesionado ou castigado ou devido a isoladas mudanças tácticas empreendidas na equipa que exigiam um jogador com as suas características.
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(Plantel do Vitoria em 1988/89)
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(Plantel do Vitoria com Vitor Santos na época de 1988/89)
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(Vitor Santos com o equipamento do Vitoria)
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Na primeira época com o D. Afonso Henriques ao peito, Vítor Santos ainda foi aposta inicial do técnico brasileiro Geninho, mas posteriormente foi substituído por Basílio ou Roldão que foram os titulares na posição de lateral esquerdo. Em 1988/89 Vítor Santos actuou em 9 jogos oficiais no Campeonato Nacional da 1ª Divisão em que o Vitoria acabou classificado na 9ª posição da tabela geral.

Apesar de não ter sido utilizado em nenhum dos encontros da final da Supertaça Cândido de Oliveira contra o FC Porto, Vítor Santos acaba por figurar no lote de jogadores que compõe o plantel que conquistou o único titulo de expressão nacional no palmares do clube.
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(Equipa do Vitoria na época de 1988/89 com Vitor Santos ao lado de Neno)
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(Plantel do Vitoria na temporada de 1988/89)
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Foi aposta na equipa titular do Vitoria que defrontou o Roda Kerkrade da Holanda no jogo da 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça das Taças no Gemeentelijk Sportpark, actuando na posição de médio esquerdo num encontro em que os vimaranenses foram derrotados por 2-0 comprometendo quase definitivamente o seu apuramento para a eliminatória seguinte da competição.
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(Ao lado de Neno na equipa do Vitoria da época de 1988/89)
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Na época seguinte teve como treinador principal na equipa do Vitoria o brasileiro Paulo Autuori que manteve Vítor Santos com o estatuto de suplente pois a aposta para o lugar de lateral esquerdo permaneceu no brasileiro Roldão, ou em Basílio e Cerqueira que entretanto havia sido contratado ao Desportivo de Chaves.

Assim, durante a temporada de 1989/90, Vítor Santos foi utilizado em 5 partidas oficias no Campeonato Nacional da 1ª Divisão em que o Vitoria realizou uma brilhante temporada terminando classificado na 4ª posição o que lhe garantia por si só mais um apuramento para as provas internacionais de clubes.
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(Plantel do Vitoria na temporada de 1989/90 com Vitor Santos sentado em baixo entre N´Dinga e Basílio)
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A última temporada em Guimarães continuou na mesma bitola para Vítor Santos que apenas foi utilizado por 5 ocasiões no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1990/91. Basílio e Cerqueira continuaram a ser as escolhas mais recorrentes dos treinadores do Vitoria nesta época. Quer com Paulo Autuori, quer com o uruguaio Pedro Rocha ou com português João Alves – os 3 técnicos do Vitoria nesta temporada – a aposta em Vítor Santos era diminuta.
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(Plantel do Vitoria de Guimarães da época de 1990/91 com Vitor Santos sentado na ponta ao lado de Basílio)
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É pois sem qualquer surpresa que Vítor Santos abandona o Vitoria de Guimarães e ingressa no GD Chaves onde ira permanecer durante quase 3 épocas consecutivas. Chegou na época de 1991/92 onde foi suplente do jovem Lino que começava a destacar-se na equipa flaviense que atingiu o 9º lugar na tabela classificativa. Apenas actuou em 8 partidas mantendo pois a condição de suplente que já trazia dos tempos do Vitoria de Guimarães.
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(Entre Manuel Correia e Lino está Vitor Santos no plantel do GD Chaves na época de 1991/92)
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(Equipa do GD Chaves na temporada de 1991/92)
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Na sua segunda temporada ao serviço do GD Chaves acabou por conquistar um espaço na equipa que lhe permitiu ser utilizado em 18 partidas oficiais do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1992/93. Esta foi a sua melhor marca no escalão principal do futebol português. Porem, a época não correu de feição ao conjunto flaviense que acabou por descer à 2ª Divisão de Honra do futebol nacional.
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(Vitor Santos no GD Chaves na época de 1992/93)
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(Plantel do GD Chaves na época de 1992/93)
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Ainda começou a época de 1993/94 no GD Chaves onde não alinhou em nenhuma partida do Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Honra. Por isso, em Março de 1994 decidiu deixar Trás-os-Montes e rumar a Espinho para representar o Sporting local.
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(No GD Chaves na época de 1993/94)
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(Plantel do GD Chaves na temporada de 1993/94)
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No SC Espinho foi peça importante na ponta final da época de 1993/94 e por lá continuaria na temporada seguinte de 1994/95 com o treinador Norton de Matos. Ainda realizou 6 partidas oficias no Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Honra de 1994/95, mas em Dezembro de 1994 deixou Espinho e foi contratado pelos algarvios do Louletano DC onde jogou o restante da época.
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(No SC Espinho na época de 1994/95)
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(Plantel do SC Espinho na temporada de 1994/95)
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Em 1995/96 e 1996/97 voltou ao clube que o viu nascer. Jogou pelo Seixal FC na Série F da 3ª Divisão Nacional e finalmente, na mesma série daquele escalão, representou o Amora FC na temporada de 1997/98.


Autor: Alberto de Castro Abreu

um grande jogador e um amigo q nunca se esquece mais
 
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