O vimaranense Machado integra o restrito lote daqueles que são considerados os mais lendários guarda-redes da história do Vitoria SC. Sucede, temporalmente, ao mítico Ricoca, guarda-redes vitoriano da década de 30, e permanece ao longo de toda a década de 40 como o titular da baliza do Vitoria SC.
António José Alves Machado, ou simplesmente Machado, nasceu na cidade de Guimarães no ano de 1919. Desde muito novo que tinha o habito de jogar futebol com os amigos nas ruas junto à sua casa na cidade de Guimarães.
Começou por integrar a equipa da sua rua, o Cruz de Pedra FC, nos tradicionais torneios populares de futebol realizados na cidade beço. Os responsáveis do Vitoria SC, sempre atentos ao surgimento de novos talentos, seguiam de perto essas partidas de futebol entre os jovens vimaranenses.
Certo dia, um emissário de Alberto Augusto, treinador do Vitoria SC, detectou o jovem Machado a jogar pelo Cruz de Pedra FC. Impressionado pela condição física do jovem vimaranense logo o convenceu a prestar provas no Vitoria SC.
Estávamos no ano de 1936. Já perante Alberto Augusto, o jovem Machado começou a treinar no Vitoria SC. Alberto Augusto, sábio treinador, logo percebeu as potencialidades físicas de Machado para a concreta posição de guarda-redes e nesse momento decidiu fazer do jovem vimaranense o sucessor do mítico Ricoca e torna-lo um guardião de nível nacional.
Perante a incredulidade de quase todos aqueles que diariamente se deslocavam ao Campo do Benlhevai para assistir aos treinos do Vitoria SC e que, inicialmente, não acreditavam nas capacidades de Machado para a função, o treinador Alberto Augusto ia insistindo com o jovem atleta.
A verdade é que Ricoca ia envelhecendo e começava a ser urgente preparar um substituto à altura. Alberto Augusto dedicou horas fio, treinos inteiros à preparação individual do jovem Machado.
Quase um mês e meio depois lá começou a surgir o guarda-redes Machado a defender uma das balizas nos treinos de conjunto. Imediatamente se percebeu a evolução do atleta e que na realidade o técnico Alberto Augusto tinha razão. Estava ali um verdadeiro talento com capacidades ímpares para defender a baliza do Vitoria SC.
Começou a jogar, naturalmente, na equipa de juniores do Vitoria SC disputando os campeonatos regionais da categoria e logo se destacou. Na verdade, causava admiração e a todos impressionava a estampa física do guarda-redes do Vitoria SC, pouco comum no futebol regional e até mesmo invulgar a nível nacional.
António José Alves Machado, ou simplesmente Machado, nasceu na cidade de Guimarães no ano de 1919. Desde muito novo que tinha o habito de jogar futebol com os amigos nas ruas junto à sua casa na cidade de Guimarães.
Começou por integrar a equipa da sua rua, o Cruz de Pedra FC, nos tradicionais torneios populares de futebol realizados na cidade beço. Os responsáveis do Vitoria SC, sempre atentos ao surgimento de novos talentos, seguiam de perto essas partidas de futebol entre os jovens vimaranenses.
Certo dia, um emissário de Alberto Augusto, treinador do Vitoria SC, detectou o jovem Machado a jogar pelo Cruz de Pedra FC. Impressionado pela condição física do jovem vimaranense logo o convenceu a prestar provas no Vitoria SC.
Estávamos no ano de 1936. Já perante Alberto Augusto, o jovem Machado começou a treinar no Vitoria SC. Alberto Augusto, sábio treinador, logo percebeu as potencialidades físicas de Machado para a concreta posição de guarda-redes e nesse momento decidiu fazer do jovem vimaranense o sucessor do mítico Ricoca e torna-lo um guardião de nível nacional.
Perante a incredulidade de quase todos aqueles que diariamente se deslocavam ao Campo do Benlhevai para assistir aos treinos do Vitoria SC e que, inicialmente, não acreditavam nas capacidades de Machado para a função, o treinador Alberto Augusto ia insistindo com o jovem atleta.
A verdade é que Ricoca ia envelhecendo e começava a ser urgente preparar um substituto à altura. Alberto Augusto dedicou horas fio, treinos inteiros à preparação individual do jovem Machado.
Quase um mês e meio depois lá começou a surgir o guarda-redes Machado a defender uma das balizas nos treinos de conjunto. Imediatamente se percebeu a evolução do atleta e que na realidade o técnico Alberto Augusto tinha razão. Estava ali um verdadeiro talento com capacidades ímpares para defender a baliza do Vitoria SC.
Começou a jogar, naturalmente, na equipa de juniores do Vitoria SC disputando os campeonatos regionais da categoria e logo se destacou. Na verdade, causava admiração e a todos impressionava a estampa física do guarda-redes do Vitoria SC, pouco comum no futebol regional e até mesmo invulgar a nível nacional.
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Passou dois anos nos juniores do Vitoria SC e depois uma temporada na equipa de reservas. Nesse período teve que cumprir o serviço militar. Rumou, inicialmente, à cidade de Lisboa e no SL Benfica manteve a forma.
Na verdade, Alberto Augusto tinha relações privilegiadas com os dirigentes benfiquistas e sabendo da ida do jovem Machado para Lisboa logo solicitou aos encarnados que permitissem que o jogador treinasse nas instalações do SL Benfica.
Sucede que o jovem Machado começou a impressionar seriamente os técnicos benfiquistas, os quais, obviamente, perante tão grande talento, imediatamente começaram a tentar convencer o vimaranense a jogar pelo SL Benfica.
Machado foi irredutível. Jogar futebol oficialmente só no Vitoria SC. Entretanto, Machado, ainda no cumprimento do serviço militar, veio para a cidade do Porto, passando então a treinar-se e a jogar, apenas em jogos particulares, pelo Académico do Porto.
Já na ponta final do cumprimento do serviço militar, Machado veio para Viana do Castelo e aí já voltou a treinar e a jogar no Vitoria SC. Estávamos na temporada de 1938/39 e Machado defendia a baliza da equipa de reservas do Vitoria SC.
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Na verdade, Alberto Augusto tinha relações privilegiadas com os dirigentes benfiquistas e sabendo da ida do jovem Machado para Lisboa logo solicitou aos encarnados que permitissem que o jogador treinasse nas instalações do SL Benfica.
Sucede que o jovem Machado começou a impressionar seriamente os técnicos benfiquistas, os quais, obviamente, perante tão grande talento, imediatamente começaram a tentar convencer o vimaranense a jogar pelo SL Benfica.
Machado foi irredutível. Jogar futebol oficialmente só no Vitoria SC. Entretanto, Machado, ainda no cumprimento do serviço militar, veio para a cidade do Porto, passando então a treinar-se e a jogar, apenas em jogos particulares, pelo Académico do Porto.
Já na ponta final do cumprimento do serviço militar, Machado veio para Viana do Castelo e aí já voltou a treinar e a jogar no Vitoria SC. Estávamos na temporada de 1938/39 e Machado defendia a baliza da equipa de reservas do Vitoria SC.
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A partir da época de 1939/40 Machado começa a alternar com Ricoca na baliza da equipa principal do Vitoria SC. Nesta temporada o Vitoria SC sagrou-se, novamente, campeão distrital e campeão do Minho, provas que viria a vencer novamente na época seguinte em 1940/41.
Desta forma, na temporada de 1940/41 o Vitoria SC conquista o penta-campeonato distrital e o tri-campeonato do Minho. A equipa vitoriana era, indiscutivelmente, a maior força futebolística da região.
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Desta forma, na temporada de 1940/41 o Vitoria SC conquista o penta-campeonato distrital e o tri-campeonato do Minho. A equipa vitoriana era, indiscutivelmente, a maior força futebolística da região.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1939/40)
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(Machado no Vitoria SC)
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(Novamente na partida frente ao Boavista FC na decada de 30)
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Será na época desportiva de 1941/42 que o jovem Machado, já com 23 anos de idade, irá assumir, definitivamente, o posto de titular na baliza do Vitoria SC, deixando no banco de suplentes o glorioso guardião Ricoca.
Esta é a temporada que fica marcada na história do clube como aquela em que o Vitoria SC disputou pela primeira vez o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Também nessa época o Vitoria SC alcançaria outro feito histórico, apurando-se, também pela primeira vez na sua história, para a final da Taça de Portugal, a segunda mais importante prova nacional.
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Esta é a temporada que fica marcada na história do clube como aquela em que o Vitoria SC disputou pela primeira vez o Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Também nessa época o Vitoria SC alcançaria outro feito histórico, apurando-se, também pela primeira vez na sua história, para a final da Taça de Portugal, a segunda mais importante prova nacional.
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A temporada de 1941/42 iniciou-se novamente com o título de campeão distrital. Essa conquista permitia ao Vitoria SC disputar com o campeão da A.F. de Aveiro o acesso à 1ª Divisão Nacional.
Era um jogo decisivo e importante para o clube, mas também, e essencialmente, para as gentes de Guimarães que sonhavam com a participação do clube na mais alta prova desportiva nacional.
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Era um jogo decisivo e importante para o clube, mas também, e essencialmente, para as gentes de Guimarães que sonhavam com a participação do clube na mais alta prova desportiva nacional.
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Esse jogo histórico realizou-se no Campo da Constituição, na cidade do Porto, concretamente, no dia 11 de Janeiro de 1942, onde o Vitoria SC defrontou o União de Lamas. O Vitoria SC venceu aquele decisivo encontro por 6-4, figurando já na baliza dos vimaranenses o sucessor de Ricoca, o guardião Machado.
Estava assim concretizado o grande sonho e o Vitoria SC participaria no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1941/42, que se iniciou em Janeiro de 1942, competição em que participavam os maiores clubes nacionais da altura.
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Estava assim concretizado o grande sonho e o Vitoria SC participaria no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1941/42, que se iniciou em Janeiro de 1942, competição em que participavam os maiores clubes nacionais da altura.
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A prova foi disputada por 12 clubes e o Vitoria SC, estreante, terminou a classificado na 11ª posição. Machado foi o guarda-redes titular alinhando em 17 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
Esta época de 1941/42 teve ainda outro ponto alto, quando os vitorianos atingiram a final da Taça de Portugal, depois de eliminar, sucessivamente, o GD Estoril Praia, o SC Espinho e o Sporting CP.
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Esta época de 1941/42 teve ainda outro ponto alto, quando os vitorianos atingiram a final da Taça de Portugal, depois de eliminar, sucessivamente, o GD Estoril Praia, o SC Espinho e o Sporting CP.
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A final da Taça de Portugal disputou-se no dia 12 de Julho de 1942, no Campo do Lumiar, em Lisboa, contra o CF Belenenses. Na baliza do Vitoria SC, em mais um momento histórico, estava Machado, tendo a equipa do Restelo vencido por 2-0, com golos dos célebres Quaresma e Gilberto.
Entre a temporada de 1942/43 e a de 1946/47 o Vitoria SC participou sempre no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, pois sagrou-se, consecutivamente, campeão distrital.
Na época de 1942/43 o Vitoria SC continuava a ser treinado por Alberto Augusto, o técnico que moldou o guardião Machado e lançou o jovem vimaranense na alta roda do futebol português.
O Vitoria SC sagrou-se campeão distrital da A. F. de Braga na temporada de 1942/43 com apenas uma derrota em toda a competição e como campeão distrital foi apurado para disputar a edição do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1942/43, numa prova em que a turma vitoriana terminou classificado na 8ª posição.
Machado foi o guarda-redes titular do Vitoria SC na competição, actuando 15 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, relegando para o banco de suplentes o veterano Ricoca.
No final desta temporada de 1942/43 despoletou-se uma celebre polémica em torno do guardião vitoriano Machado. Na ponta final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC, com a classificação resolvida, tinha que deslocar-se a Lisboa para defrontar o Unidos de Lisboa.
Machado, convocado para o encontro, não compareceu à hora marcada para a viagem e o Vitoria SC seguiu para Lisboa sem o seu guarda-redes titular e sem o veterano Ricoca que, não convocado, também não compareceu.
Foi o jovem Nicolau que defendeu as redes vitorianas com o resultado histórico que ainda hoje figura no palmarés do clube como a maior goleada sofrida de sempre. O Vitoria SC perdeu com o Unidos de Lisboa por 14-0.
A polémica instalou-se e Machado foi suspenso pelos responsáveis vitorianos. A explicação para o sucedido era, porem, bem simples. Machado estava perante um dilema decisivo, por um lado, o Vitoria SC, mas por outro, o seu ofício onde retirava o seu sustento.
Machado não quis abusar mais uma vez da bondade dos seus patrões pedindo a dispensa ao trabalho para poder viajar com o Vitoria SC para Lisboa, enquanto, por outro lado, assumiu, não teve a coragem de comunicar a sua indisponibilidade ao clube.
A mal entendido estendeu-se porem a Ricoca. É que, segundo Machado, nesse dia e quando já tinha decidido não viajar com a equipa do Vitoria SC para Lisboa terá passado na rua onde habitava Ricoca e informou o veterano guardião da sua indisponibilidade.
A verdade é que a Direcção suspendeu o jogador. Machado, sentindo-se culpado pela situação e envergonhado pela derrota do Vitoria SC, desfez-se em desculpas e penitenciou-se publicamente pelo erro.
Clamou perdão e jurou fidelidade ao Vitoria SC. É que, naturalmente, logo lhe surgiram propostas de outros clubes para continuar a jogar e algumas provenientes de eternos rivais do Vitoria SC.
A todos Machado disse não. Jogar futebol só o faria no Vitoria SC e caso os seus dirigentes e associados não lhe concedessem outra oportunidade, Machado dava por encerrada a carreira de futebolista.
Debatido abundantemente o assunto, considerou-se o comportamento de Machado como um acto irreflectido, mas que o jogador, pelo seu passado e pelo futuro que podia contribuir para o clube devia ser desculpado.
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Entre a temporada de 1942/43 e a de 1946/47 o Vitoria SC participou sempre no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, pois sagrou-se, consecutivamente, campeão distrital.
Na época de 1942/43 o Vitoria SC continuava a ser treinado por Alberto Augusto, o técnico que moldou o guardião Machado e lançou o jovem vimaranense na alta roda do futebol português.
O Vitoria SC sagrou-se campeão distrital da A. F. de Braga na temporada de 1942/43 com apenas uma derrota em toda a competição e como campeão distrital foi apurado para disputar a edição do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1942/43, numa prova em que a turma vitoriana terminou classificado na 8ª posição.
Machado foi o guarda-redes titular do Vitoria SC na competição, actuando 15 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, relegando para o banco de suplentes o veterano Ricoca.
No final desta temporada de 1942/43 despoletou-se uma celebre polémica em torno do guardião vitoriano Machado. Na ponta final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC, com a classificação resolvida, tinha que deslocar-se a Lisboa para defrontar o Unidos de Lisboa.
Machado, convocado para o encontro, não compareceu à hora marcada para a viagem e o Vitoria SC seguiu para Lisboa sem o seu guarda-redes titular e sem o veterano Ricoca que, não convocado, também não compareceu.
Foi o jovem Nicolau que defendeu as redes vitorianas com o resultado histórico que ainda hoje figura no palmarés do clube como a maior goleada sofrida de sempre. O Vitoria SC perdeu com o Unidos de Lisboa por 14-0.
A polémica instalou-se e Machado foi suspenso pelos responsáveis vitorianos. A explicação para o sucedido era, porem, bem simples. Machado estava perante um dilema decisivo, por um lado, o Vitoria SC, mas por outro, o seu ofício onde retirava o seu sustento.
Machado não quis abusar mais uma vez da bondade dos seus patrões pedindo a dispensa ao trabalho para poder viajar com o Vitoria SC para Lisboa, enquanto, por outro lado, assumiu, não teve a coragem de comunicar a sua indisponibilidade ao clube.
A mal entendido estendeu-se porem a Ricoca. É que, segundo Machado, nesse dia e quando já tinha decidido não viajar com a equipa do Vitoria SC para Lisboa terá passado na rua onde habitava Ricoca e informou o veterano guardião da sua indisponibilidade.
A verdade é que a Direcção suspendeu o jogador. Machado, sentindo-se culpado pela situação e envergonhado pela derrota do Vitoria SC, desfez-se em desculpas e penitenciou-se publicamente pelo erro.
Clamou perdão e jurou fidelidade ao Vitoria SC. É que, naturalmente, logo lhe surgiram propostas de outros clubes para continuar a jogar e algumas provenientes de eternos rivais do Vitoria SC.
A todos Machado disse não. Jogar futebol só o faria no Vitoria SC e caso os seus dirigentes e associados não lhe concedessem outra oportunidade, Machado dava por encerrada a carreira de futebolista.
Debatido abundantemente o assunto, considerou-se o comportamento de Machado como um acto irreflectido, mas que o jogador, pelo seu passado e pelo futuro que podia contribuir para o clube devia ser desculpado.
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Assim foi. Machado regressou à baliza do Vitoria SC e ao seu clube de coração. O guardião Machado iria merecer ainda, ao longo da sua carreira, muitas e muitas ovações pelas espantosas defesas que faria com a camisola vitoriana.
Na época seguinte se 1943/44, o Vitoria SC, sem qualquer dificuldade, sagrou-se, novamente, campeão distrital e dessa forma qualificou-se para disputar o Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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Na época seguinte se 1943/44, o Vitoria SC, sem qualquer dificuldade, sagrou-se, novamente, campeão distrital e dessa forma qualificou-se para disputar o Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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O Vitoria SC realizou uma má época fruto, essencialmente, da interdição que foi alvo o Campo do Benlhevai. O Vitoria SC repetiu o 8º lugar na classificação da principal competição nacional.
Desta feita foram 16 jogos realizados por Machado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1943/44. Nesta altura, ainda o veterano Ricoca continuava a pertencer aos quadros do Vitoria SC.
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Desta feita foram 16 jogos realizados por Machado no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1943/44. Nesta altura, ainda o veterano Ricoca continuava a pertencer aos quadros do Vitoria SC.
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Na época de 1944/45 o Vitoria SC continuava a ser treinador pelo lendário Alberto Augusto. Relativamente aos resultados alcançados pelo clube, evidencia-se, novamente, o novo título de campeão distrital da A.F. Braga.
Disputando, mais uma vez, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria SC termina na 8ª posição da classificação geral. Machado foi o guarda-redes vitoriano na competição em 18 jogos.
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Disputando, mais uma vez, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria SC termina na 8ª posição da classificação geral. Machado foi o guarda-redes vitoriano na competição em 18 jogos.
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A época seguinte de 1945/46 trás ao comando técnico do Vitoria um novo treinador. Alexandre Peics é o técnico, ficando o Dr. Moura Machado, professor no Liceu de Guimarães, com a responsabilidade da preparação física da equipa.
O Vitoria SC sagra-se, invariavelmente, campeão da região, mas desta vez intitulado como Campeão do Minho devido à extinção da A. F. de Viana do Castelo o que levou à junção, numa só prova, das equipas da região de Braga e de Viana do Castelo.
O Vitoria SC sagra-se, invariavelmente, campeão da região, mas desta vez intitulado como Campeão do Minho devido à extinção da A. F. de Viana do Castelo o que levou à junção, numa só prova, das equipas da região de Braga e de Viana do Castelo.
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Em consequência, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 inicia-se, mas com um contratempo. O Vitoria SC é impedido de utilizar o Campo do Benlhevai pois, dizia-se na imprensa, que os maus resultados alcançados pelo Selecção Nacional de futebol devia-se ao facto de na máxima prova nacional utilizar-se campos com pequenas dimensões como do Benlhevai era exemplo.
Assim sendo, decretado aquele impedimento urgente se tornou a construção de um novo campo de futebol na cidade de Guimarães. Vai nascer o Campo da Amorosa, inaugurado a 13 de Janeiro de 1946, numa partida frente ao Boavista FC.
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Assim sendo, decretado aquele impedimento urgente se tornou a construção de um novo campo de futebol na cidade de Guimarães. Vai nascer o Campo da Amorosa, inaugurado a 13 de Janeiro de 1946, numa partida frente ao Boavista FC.
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Naquela celebre equipa que inaugura a principal casa do Vitoria SC durante quase 20 anos está o guarda-redes Machado. Este é, obviamente, mais um marco importante na carreira do guardião vimaranense.
Num Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 o Vitoria SC termina, novamente, no 8º lugar da classificação geral. O guarda-redes Machado, nesta competição, realiza 21 jogos.
Num Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1945/46 o Vitoria SC termina, novamente, no 8º lugar da classificação geral. O guarda-redes Machado, nesta competição, realiza 21 jogos.
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Nesta altura, Machado, já é encarado como um célebre guarda-redes de categoria nacional. Machado destaca-se, desde logo, pela sua altura e corpulência, como se disse, muito invulgar naquele tempo.
Era um guarda-redes muito ágil, com óptimos reflexos, destro, elegante, muito sereno e com uma frieza impressionante no desempenho da função. Tinha, de facto, todas as características para ser considerado, unanimemente, um guarda-redes formidável.
Era um guarda-redes muito ágil, com óptimos reflexos, destro, elegante, muito sereno e com uma frieza impressionante no desempenho da função. Tinha, de facto, todas as características para ser considerado, unanimemente, um guarda-redes formidável.
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Ficou célebre e conhecido como especialista a defender grandes penalidades. Ao longo da sua carreira destacam-se, desde logo, três penaltys defendidos, um no Estádio das Salésias, frente ao CF Belenenses, num histórico triunfo vitoriano em casa da equipa azul por 0-1 e outros dois num só jogo, frente ao FC Porto, no Campo da Constituição.
Nesse jogo das Salésias, o Vitoria SC venceu o CF Belenenses por 0-1. Já perto do final do encontro a equipa do CF Belenenses beneficiou de uma grande penalidade. Para marcar foi chamado o conceituado Feliciano que, perante o guarda-redes Machado, não conseguiu converter a grande penalidade. O guarda-redes vitoriano efectuou uma extraordinária defesa.
No mencionado jogo do Campo da Constituição, Machado voltou a defender, magistralmente, grandes penalidades. Agora perante as estrelas Catolino, primeiro, e Guilhar, depois, Machado foi enorme detendo os pontapés desferidos na transformação das grandes penalidades.
Nesse jogo das Salésias, o Vitoria SC venceu o CF Belenenses por 0-1. Já perto do final do encontro a equipa do CF Belenenses beneficiou de uma grande penalidade. Para marcar foi chamado o conceituado Feliciano que, perante o guarda-redes Machado, não conseguiu converter a grande penalidade. O guarda-redes vitoriano efectuou uma extraordinária defesa.
No mencionado jogo do Campo da Constituição, Machado voltou a defender, magistralmente, grandes penalidades. Agora perante as estrelas Catolino, primeiro, e Guilhar, depois, Machado foi enorme detendo os pontapés desferidos na transformação das grandes penalidades.
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(Por interdição do campo do Vitoria SC, este jogo da época de 1945/46 disputado no Campo da Ponte, na cidade de Braga, frente ao Sporting CP)
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Segue a época de 1946/47, a ultima época em que a participação no Campeonato Nacional da 1ª Divisão dependia do título de campeão distrital. Nesta temporada há novo treinador no Vitoria SC, o celebre Artur Baeta.
Ainda assim o Campeonato Distrital da A.F. de Braga foi, de novo, conquistado pela formação de Guimarães. Todavia, a conquista deste título já não foi o passeio que havia sido nos anos anteriores.
Ainda assim o Campeonato Distrital da A.F. de Braga foi, de novo, conquistado pela formação de Guimarães. Todavia, a conquista deste título já não foi o passeio que havia sido nos anos anteriores.
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Nesta edição da competição regional o Vitoria SC teve que ultrapassar inúmeras dificuldades e puxar de todos os seus galões, enorme categoria e classe para conquistar o ceptro.
Os jogos decisivos foram os disputados frente ao SC Braga. Em Braga, o Vitoria SC venceu por 4-5, enquanto em Guimarães, impôs uma tremenda goleada por 5-0, revalidando assim o título de campeão.
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC fica, mais uma vez, classificado na 8ª posição numa prova disputada por 14 clubes, garantindo, no entanto, um lugar na prova na época seguinte.
Os jogos decisivos foram os disputados frente ao SC Braga. Em Braga, o Vitoria SC venceu por 4-5, enquanto em Guimarães, impôs uma tremenda goleada por 5-0, revalidando assim o título de campeão.
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC fica, mais uma vez, classificado na 8ª posição numa prova disputada por 14 clubes, garantindo, no entanto, um lugar na prova na época seguinte.
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(No Campo da Amorosa jogo entre o FC Porto e o Vitoria SC. Machado é surpreendido por Boavida que marca assim o 4º golo dos portistas neste encontro da temporada de 1946/47)
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Nesta edição da principal competição nacional referencia para o facto de Machado ter sido totalista, realizado todos os 26 jogos da prova. Referencia, ainda, para o facto de Machado ser o habitual titular da baliza da Selecção de Braga nas competições nacionais inter-associações.
De resto, muitas vezes se questionava os critérios de escolha dos jogadores para a Selecção Nacional. Frequentemente, se exigia a presença do guardião vitoriano na Selecção Nacional de Portugal, todavia, a internacionalizações nunca foi concretizada, sobretudo, pelo facto de ser o guardião de um clube da província, normalmente, discriminados nesse aspecto.
De resto, muitas vezes se questionava os critérios de escolha dos jogadores para a Selecção Nacional. Frequentemente, se exigia a presença do guardião vitoriano na Selecção Nacional de Portugal, todavia, a internacionalizações nunca foi concretizada, sobretudo, pelo facto de ser o guardião de um clube da província, normalmente, discriminados nesse aspecto.
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Na temporada seguinte de 1947/48 chega a Guimarães um novo treinador para substituir Artur Baeta. Alfredo Valadas é o escolhido para comandar os destinos da equipa do Vitoria SC, técnico que viria a permanecer no cargo durante duas temporadas.
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão desta época o Vitoria SC, realizando uma prova extremamente tranquila e assim garantindo a permanência no escalão, terminando classificado na 7ª posição da tabela geral.
Machado continua titular indiscutível na baliza vitoriano. Jogo 24 jogos na principal liga nacional de 1947/48, número de presenças que ira repetir na edição da temporada seguinte.
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No Campeonato Nacional da 1ª Divisão desta época o Vitoria SC, realizando uma prova extremamente tranquila e assim garantindo a permanência no escalão, terminando classificado na 7ª posição da tabela geral.
Machado continua titular indiscutível na baliza vitoriano. Jogo 24 jogos na principal liga nacional de 1947/48, número de presenças que ira repetir na edição da temporada seguinte.
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. (Época de 1947/48 no jogo entre o Vitoria de Setubal e o Vitoria SC)
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(Jogo entre o SC Olhanense e o Vitoria SC)
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(Machado nas alturas segura o esférico)
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(Jogo entre o SC Olhanense e o Vitoria SC)
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(Machado nas alturas segura o esférico)
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(Jogo frente ao CF Belenenses. No lance disputam Teixeira da Silva pelo clube da capital e Machado, guarda-redes do Vitoria SC)
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(Machado em mais uma intervenção nas alturas na Amoreira, no jogo entre o GD Estoril Praia e o Vitoria SC na temporada de 1947/48)
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. (Contra o Atlético CP na época de 1947/48)
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(Jogo frente ao Atlético CP na época de 1948/49)
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Já em 1948/49 o Vitoria SC conquistou um brilhante 6º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, a melhor classificação de sempre até aquela altura. Acima do Vitoria SC apenas se classificaram o Sporting CP, que foi o campeão, o SL Benfica, o CF Belenenses, o FC Porto, e o GD Estoril – Praia.
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(Machado em acção pelo Vitoria SC).
(Jogo frente ao Atlético CP na época de 1948/49)
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A época de 1949/50 traz para Guimarães um novo guarda-redes que será tornará o sucessor de Machado. Vindo do Gil Vicente FC chega o guardião Silva, também ele um sensacional guarda-redes.
Nesta temporada, no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria SC quedou-se pela 11ª posição, naquilo que ficou considerado como uma péssima prestação vitoriana, salvando-se apenas da descida de divisão na última jornada da prova com uma vitória sobre o GD Estoril – Praia por 3-1.
Nesta temporada, no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria SC quedou-se pela 11ª posição, naquilo que ficou considerado como uma péssima prestação vitoriana, salvando-se apenas da descida de divisão na última jornada da prova com uma vitória sobre o GD Estoril – Praia por 3-1.
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Na casa dos 30 anos de idade, Machado perdeu nesta altura a condição de titular da baliza do Vitoria SC. Durante a época de 1949/50, Machado apenas jogou 4 jogos na principal competição nacional.
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(Na temporada de 1949/50 jogo contra o CF Belenenses).
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Pouco tempo depois o vimaranense Machado colocou um ponto final na carreira de futebolista. Foi devidamente homenageado pelo clube pelos anos de dedicação ao Vitoria SC.
Encerrada a carreira seguiu adepto do Vitoria SC. É o pai do técnico Manuel Machado, antigo treinador do Vitoria SC e, actualmente, comandando a formação madeirense do CD Nacional.
Encerrada a carreira seguiu adepto do Vitoria SC. É o pai do técnico Manuel Machado, antigo treinador do Vitoria SC e, actualmente, comandando a formação madeirense do CD Nacional.
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António José Alves Machado, o lendário guarda-redes do Vitoria SC, viria a falecer em meados do ano de 1987, com 68 anos de idade, porém, será eternamente recordado como um dos melhores jogadores do clube vimaranense.
Vi-o jogar na minha infância.
ResponderEliminarEra um dos meus herois, tal como João Bom, Lino, Zé Maria, Ferraz,Laureta a muitos outros.
Parabéns por este e muitos outros artigos focando antigas glórias Vitorianas.
P.S. - Há que pensar em editar estas histórias.
Sou seu sobrinho por afinidade... Sendo certo que nunca conheci o jogador, tive o privilégio de conhecer o HOMEM de quem guardo momentos de grande simpatia e amizade!
ResponderEliminarParabéns ao autor pelo excelente tabalho realizado!