Nasceu no dia 5 de Agosto de 1918, em S. Paulo de Benguela, Angola, a colónia portuguesa onde seu pai, desde muito novo, desenvolveu uma actividade empresarial ligada ao comércio da borracha.
Com apenas um ano e meio de vida, Fernando Vaz perdeu o seu pai, que faleceu vítima de uma congestão. A família foi então obrigada a retornar a Portugal indo viver para a Vila Porca de Murça, em Trás-os-Montes, onde possuíam alguma propriedade.
Na busca de uma vida melhor, anos mais tarde, mudaram-se para Lisboa e com apenas 9 anos de idade, Fernando Vaz ingressa na Casa Pia, instituição onde fará a sua formação académica e profissional com o curso comercial.
Com apenas 16 anos de idade foi trabalhar para o Banco Lisboa & Açores, colocado no sector da correspondência com o estrangeiro, pois dominava bem o francês e o inglês. Já nesta altura, a paixão pelo futebol era patente em Fernando Vaz que desde muito novo jogou nas equipas casapianas.
As suas qualidades futebolísticas foram descobertas pelo técnico Artur John, um dos melhores treinadores a trabalhar em Portugal e com apenas 17 anos de idade integrou a equipa principal do Casa Pia AC, uma das mais poderosas formações do futebol português naquela altura.
Fez parte da equipa do Casa Pia AC que na época de 1938/39 participou pela única vez na história do clube no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, precisamente, na temporada de estreia desta competição.
O direito que o Casa Pia AC alcançou de disputar a principal competição nacional deve-se, em grande medida, às actuações do jovem jogador Fernando Vaz e, sobretudo, ao decisivo golo que apontou no triunfo de 2-1 sobre o União de Lisboa, numa decisiva partida disputada no Campo Grande.
Com apenas 22 anos de idade colocou um ponto final na carreira de futebolista, pois as exigências como empregado bancário aumentavam significativamente e conciliar o trabalho com o futebol era cada vez mais difícil.
Priorizou, naturalmente, o trabalho em detrimento da prática do futebol, sobretudo devido à ajuda financeira que prestava à família, mas nunca abandonou a paixão pelo jogo e uma infinita vontade de saber, aprofundando conhecimentos com um estudo consecutivo de todos os aspectos relevantes ao nível técnico, táctico e psicológico.
A grande fonte do saber, o mestre onde repetidamente buscava todos os ensinamentos, era o saudoso Cândido de Oliveira, personalidade com quem Fernando Vaz privava regularmente.
Aos 26 anos deixa o Banco e aventura-se no negócio, tornando-se gerente de uma casa comercial em Lisboa. Apenas dois anos depois o negócio faliu e Fernando Vaz perdeu o emprego.
Nesta altura, já Fernando Vaz dava asas aos seus dotes de jornalista. Era colaborador e escrevia com regularidade na secção desportiva do Diário de Lisboa e na extinta revista desportiva Stadium.
Desempregado, Fernando Vaz é então convidado, em 1946, por Cândido de Oliveira para integrar o grupo de redactores do Jornal A Bola. Começa então a escrever nesse conceituado jornal desportivo onde chegaria, uns anos depois, a ser chefe de redacção.
A partir da temporada de 1947/48 abraça também a carreira de treinador. Cândido Oliveira reconhecia em Fernando Vaz a aptidão e capacidade necessária para treinar uma equipa de futebol do mais alto nível.
Assumindo a função de treinador da equipa principal do Sporting CP, Cândido Oliveira convida o discípulo Fernando Vaz para ser seu adjunto e, simultaneamente, secretario técnico da equipa leonina.
Em Alvalade vive-se o período áureo da história do Sporting CP, a fase dos famosos cinco violinos, altura em que a equipa leonina vence os campeonatos nacionais de futebol de forma quase consecutiva.
Em 1947/48 e 1948/49, Fernando Vaz, como adjunto de Cândido de Oliveira vence consecutivamente o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, juntando-lhe na primeira das referidas épocas, ainda, uma vitória na Taça de Portugal.
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O CF Belenenses faz uma boa recuperação na tabela e termina a prova no 4º lugar do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, com os mesmos pontos do 3º classificado, o FC Porto.
Ainda no final da temporada de 1951/52 o treinador Fernando Vaz vai assumir os destinos do Vitoria de Setúbal, naquela altura a militar na 2ª Divisão Nacional, com o objectivo de voltar ao primeiro escalão do futebol português.
O CF Belenenses aceitou o pedido especial dos dirigentes sadinos e cedeu Fernando Vaz para comandar a equipa do Vitoria de Setúbal na fase final da competição nacional. Fernando Vaz e a sua acção junto da equipa vieram a revelar-se decisivos para garantir a subida à 1ª Divisão Nacional. Desde então Fernando Vaz conquistou o coração e o reconhecimento de todos os setubalenses.
A Setúbal voltaria uns anos mais tarde, mas entretanto, voltou ao CF Belenenses para comandar a equipa no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1952/53, classificando-se novamente com os mesmo pontos do FC Porto, mas agora com a equipa do Restelo no 3º lugar, enquanto a equipa nortenha ficou pela 4ª posição.
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É assim que na época de 1953/54 aceita ir treinar a equipa do SC Braga. Deixa Lisboa e ruma a norte de Portugal. Para trás deixa vários convites de clubes da região de Lisboa mas também a função de redactor do Jornal A Bola, apesar de continuar como colaborador, abraçando a tempo em inteiro a carreira de treinador de futebol.
Guiou a modesta equipa do SC Braga a uma temporada de grande nível, terminando o Campeonato Nacional da 1ª Divisão em 5º lugar e exibindo um futebol espectacular. Alem de um regular desempenho e grandes exibições, no SC Braga de 1953/54 destacam-se as goleadas, sensacionalmente, impostas ao SL Benfica por 5-0 e ao CF Belenenses por 7-0 na principal competição nacional.
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Depois de uma derrota em casa com a Argentina por 1-3, Salvado da Costa deixou o cargo de seleccionador nacional português. Em Dezembro de 1954 Portugal jogaria contra a Alemanha, o recente campeão do mundo no Mundial da Suiça em 1954, e Fernando Vaz assumiu o comando da turma das quinas. Portugal não conseguiria, obviamente, suster a maior capacidade da equipa alemã e acabou, inevitavelmente, derrotado por 0-3.
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Fernando Vaz, treinador já conceituado no meio futebolístico nacional, decide aceitar o repto dos dirigentes vitorianos para treinar o clube na 2ª Divisão Nacional. Como era típico, Fernando Vaz não recusou o desafio e assumiu o cargo de treinador do Vitoria SC na temporada de 1955/56.
Seria aquela a primeira de um conjunto de três épocas consecutivas que o Vitoria SC passou no segundo escalão do futebol português da fatídica descida de divisão no final da temporada de 19954/55.
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O Campeonato Nacional da 2ª Divisão, 1ª fase, iniciou-se de pior forma para os vimaranenses, com quatro resultados negativos. Naturalmente, os maus resultados e os protestos vindos dos apaixonados adeptos vitorianos obrigaram o técnico Fernando Vaz a proceder a algumas alterações que se revelaram essenciais para a encetada recuperação.
Deste modo, Silveira – que até então jogava a avançado – passou a jogar no centro da defesa, posição na qual se notabilizou, formando com Virgílio e Francisco Costa um trio defensivo que transmitia segurança a equipa, enquanto na frente de ataque surge o avançado brasileiro Ernesto Paraíso, que denotava uma especial apetência pelo golo.
A partir da 5ª jornada o Vitoria SC principiou uma recuperação notável, exibindo-se ao mais alto nível, contabilizando cinco triunfos consecutivos, interrompidos apenas por uma derrota em São João da Madeira, frente ao AD Sanjoanense, por 1-0.
Na fase final houve um jogo que comprometeu definitivamente o acesso directo do Vitoria SC à 1ª Divisão Nacional, concretamente, o encontro disputado na cidade do Porto frente ao Boavista FC. Mais uma vez, o árbitro Joaquim Campos influenciou decisivamente o desenrolar do jogo beneficiando consecutivamente a equipa axadrezada.
Segunda rezam as crónicas, além de ter prejudicado o Vitoria SC em diversos lances de jogo ainda expulsou, sem razão evidente, o argentino Rosato, deixando a equipa vimaranense a jogar com menos um homem. O Boavista FC venceu o desafio por 1-0, ficando assim o 1º lugar na classificação da fase final da 2ª Divisão Nacional entregue ao COL Oriental que dessa forma garantiu a subida automática à 1ª Divisão Nacional.
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Todavia, a equipa vitoriana acabou derrotada pela Académica de Coimbra por 1-0. Nesse jogo destacou-se, essencialmente, pelas magníficas intervenções, evitando os golos vitorianos, o guarda-redes conimbricense Ramin, que anos mais tarde viria a representar o Vitoria de Guimarães.
Fernando Vaz não conseguiu fazer regressar o Vitoria SC à 1ª Divisão Nacional durante a época de 1955/56, mas numa espécie de cumprimento de promessa, iria conseguir tão ansiado desiderato na temporada de 1957/58.
O técnico Fernando Vaz haveria então de voltar à cidade de Guimarães na época de 1957/58, para nessa temporada conseguir recolocar o Vitoria SC, finalmente, na 1ª Divisão Nacional.
O Campeonato Nacional da 2ª Divisão de 1957/58 disputar-se-ia exactamente nos moldes anteriormente referidos. A competição começa de forma satisfatória para os objectivos do Vitoria SC com três vitória consecutivas nas primeiras três jornadas.
Seguem, todavia, duas derrotas consecutivas à 4ª e 5ª jornada, uma delas em casa frente ao Boavista FC, por 2-3, e outra na Covilhã, frente ao SC Covilhã, por 5-1, resultados que colocam os adeptos vitorianos apreensivos e em estado de alerta.
(Fernando Vaz no Vitoria SC)
O Vitoria SC endireitou o seu percurso, chegando ao final da 1ª volta do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, praticamente, com o apuramento garantido, pois levava 5 pontos de avanço do 4º classificado que era o SC Espinho. Na segunda volta, o Vitoria SC realizou apenas resultados positivos e terminou a competição no 1º lugar da série, apurando-se, naturalmente, para a fase final.
Na 1ª volta da fase final o Vitoria SC termina em 2º lugar, a um ponto do SC Covilhã, depois de ter sido derrotado em casa do clube serrano por 2-0, numa partida marcada pela ausência de Bártolo e Ernesto Paraíso.
(Equipa do Vitoria SC na época de 1957/58)
Todavia, o Vitoria SC, à partida, teria vantagem na 2ª volta, pois apenas dependia de si mesmo, já que disputaria com o jogo com o 1º classificado, o SC Covilhã, no Campo da Amorosa, na cidade de Guimarães.
Todavia, as contas e o acesso à 1ª Divisão Nacional complicou-se bastante para o Vitoria SC, essencialmente, com a derrota caseira consentida frente ao SC Covilhã por 1-2 e com a derrota no Bessa, contra o Boavista FC, por 5-2.
(Entre os seus jogadores num treino na época de 1957/58)
Porem, quase milagrosamente, o Vitoria SC acabou por terminar a prova no 2º lugar da tabela classificativa, o que lhe permitia desde logo manter acesas as esperanças do regresso à 1ª Divisão Nacional. Para isso, os vimaranenses teriam que vencer o SC Salgueiros, o clube que ficou em penúltimo lugar na 1ª Divisão Nacional, nos apelidados jogos de passagem.
A 1ª mão dos jogos de passagem disputou no dia 8 de Junho de 1958, no Campo Engenheiro Vidal Pinheiro, na invicta cidade do Porto, a casa do SC Salgueiros. O Vitoria SC realiza uma grande partida surpreendendo o primodivisionario SC Salgueiros em sua própria casa, vencendo a contenda por 1-2.
(Comitiva do Vitoria SC numa viagem durante a temporada de 1957/58)
Estavam abertas as portas do regresso à 1ª Divisão Nacional. Para isso, havia, pelo menos, que não perder o encontro da 2ª mão a disputar na cidade de Guimarães. Naturalmente, que o Campo da Amorosa se encheu de vitorianos ávidos para festejar o regresso do clube ao primeiro patamar do futebol luso.
O encontro da 2ª mão disputou-se no dia 15 de Junho de 1958. O jogo foi tremendamente difícil com a equipa do SC Salgueiros a tudo fazer para dar a volta à eliminatória.
No Campo da Amorosa, logo após o apito final, exuberantes festejos eclodiram entre jogadores, técnicos, dirigentes, massa associativa e vimaranenses em geral que invadiram o terreno de jogo onde abraçaram e vangloriaram os heróis que acabavam de conquistar a subida de divisão.
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Um dos grandes ídolos, clara está, era o treinador Fernando Vaz. Ele acabou por ser fundamental no sucesso da equipa vitoriana, numa época que não foi nada fácil, não só pelo valor dos oponentes, como pelas dificuldades causadas pelas lesões em jogadores importantes em períodos determinantes da temporada.
As suas equipas eram sempre muito racionais e meticulosas em todas as acções. Primavam por ocupar devidamente todo o terreno de jogo de modo a encurtar, o máximo possível, os espaços livres onde o adversário pudesse jogar.
(Ao lado do Presidente do Vitoria SC no jantar da subida à 1ª Divisão)
(Juntamento com os jogadores e Direcção do Vitoria SC)
Após a subida de divisão, o Vitoria SC atravessou consideráveis dificuldades financeiras e directivas que inicialmente perturbaram a preparação da equipa de futebol para a nova época de 1958/59. O Presidente da Direcção, o Eng. Alberto Costa Guimarães, esgotado, não continuou no cargo e o facto de o clube ter passado pela 2ª Divisão Nacional prejudicou sobremaneira as finanças.
O vazio directivo foi longo, durando até Julho de 1958, altura em que um grupo de associados decidiu assumir os órgãos sociais do Vitoria SC, com o senhor António Faria Martins a empossar o cargo de Presidente da Direcção.
Compreensivelmente, a composição do elenco futebolístico vitoriano para a nova temporada começou a ser gizado tardiamente. Desde logo, o Vitoria SC não conseguiu renovar com o treinador responsável pela subida de divisão, Fernando Vaz, que rumou a Lisboa para comandar, novamente, os destinos do CF Belenenses, passando, a partir deste momento, a ser um eterno desejado da massa associativa vitoriana.
(Plantel do CF Belenenses na época de 1958/59)
O regresso de Fernando Vaz a Alvalade não foi, todavia, muito feliz. A meio da temporada, depois de um empate em casa frente à Académica de Coimbra, o treinador foi demitido, numa altura em que nada estava decidido quanto à atribuição do título de campeão nacional. Foi substituído em Alvalade por Mário Imbelloni.
(Fernando Vaz)
Deixou o Sporting CP e imediatamente assumiu a função de treinador do GD Cuf, ainda no decurso da época de 1959/60. Permaneceu um longo período ao serviço da equipa fabril, participando, talvez, no período áureo do GD Cuf no futebol português.
Um 5º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1959/60, 6º lugar, em 1960/61, 4º lugar, em 1961/62 e um 5º lugar, em 1963/64. Pelo meio, na época de 1962/63, passou novamente pelo CF Belenenses, quer terminou em 4º lugar da classificação.
(Plantel do CF Belenenses na temporada de 1962/63)
(CF Belenenses no balneario com Fernando Vaz)
Numa altura em que era treinador do GD Cuf, Fernando Vaz voltou a ceder a um especial convite do Vitoria de Setúbal. Decorria a temporada de 1961/62 quando Fernando Vaz voltou ao Bonfim para ajudar novamente a equipa do Vitoria de Setúbal durante a fase final do Campeonato Nacional da 2ª Divisão e liguilha que levou ao regresso à 1ª Divisão Nacional.
Fernando Vaz terminou a temporada de 1963/64 no GD Cuf, mas havia-a iniciado no CF Belenenses, onde veio a sair no decurso da época, em litígio com os associados do clube da cruz de Cristo, por causa do mítico Matateu não estar a jogar na equipa principal.
Dá-se depois o ingresso no Vitoria de Setúbal na época de 1964/65, clube onde permaneceu durante 5 temporadas consecutivas, tornando a equipa sadina numa das melhores de Portugal.
No Campeonato Nacional da 1ª Divisão, o Vitoria de Setúbal nunca se classificou abaixo do 6º lugar, posição que obteve apenas na primeira temporã de Fernando Vaz em Setúbal. Em 1968/69 foi o 4º colocado, enquanto nas épocas de 1965/66, 1966/67 e 1967/68 foi sempre o 5º classificado na principal competição portuguesa.
Mas seria na Taça de Portugal que o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz se tornou verdadeiro especialista. Nas quatros primeira temporadas em Setúbal, entre a época de 1964/65 até 1967/68, o Vitoria de Setúbal chegou sempre a final da prova.
(Equipa do Vitoria de Setubal vencedor da Taça de Portugal de 1964/65)
(Fernando Vaz em ombros nos festejos da vitória)
Na primeira delas derrotou, surpreendentemente, o super favorito SL Benfica, por 3-1, enquanto que na época de 1966/67, o Vitoria de Setúbal derrotou a Académica de Coimbra, por 3-2.
Alem destas competições, o Vitoria de Setúbal de Fernando Vaz, teve ainda brilhantes presenças nas competições europeias de clubes e venceu troféus internacionais de grande relevo, como foi o caso, do Taça Costa Verde, em Gijon, Espanha, na época de 1964/65, a Taça Ibérica, em Badajoz, Espanha, e o conceituado Troféu Teresa Herrera, na Corunha, na temporada de 1967/68.
Também em 1967/68 a equipa setubalense venceu a Taça do Tejo, competição organizada pela A.F. de Lisboa e o Troféu Internacional Titanic, na Califórnia, Estados Unidos da América, na época de 1968/69.
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(Fernando Vaz homenageado pelo Vitoria de Setubal)
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(Homenagem a Fernando Vaz no Vitoria de Setubal)
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No Sporting CP conseguiu novamente títulos e finalmente, como treinador principal, conseguiu conquistar o ceptro de campeão nacional, vencendo o Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1969/70. Esta conquista era um feito deveras assinalável, pois raros eram os treinadores portugueses que tinham conseguido tal proeza.
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Foi considerado pela Casa da Imprensa, por um júri constituído para o efeito, pela carreira no Vitoria de Setúbal e no Sporting CP, como o melhor treinador do ano de 1969, distinção que muito orgulhou o técnico Fernando Vaz.
Na temporada seguinte, termina a principal competição portuguesa no 2º lugar da classificação, mas compensa esse dissabor com a vitória na Taça de Portugal de 1970/71, numa final vencida sobre o SL Benfica por 4-1.
. (Fernando Vaz em 1970/71 no Sporting CP)
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Permanece à frente dos destinos da equipa madeirense no início da temporada de 1978/79, mas acaba por ceder o seu lugar a Manuel Oliveira no decurso da época. Com saída do CS Marítimo encerra a carreira de treinador de futebol e volta-se então, novamente, a tempo inteiro, para o jornalismo, ingressando outra vez no Jornal A Bola.
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(Fernando Vaz como treinador do CS Maritimo na época de 1978/79)
Esteve ainda ligado a outras tarefas ou iniciativas de grande relevo. Intelectualmente notável, escreveu e publicou vários livros ligados ao futebol e a metodologias de treino. Esteve ligado à fundação do Sindicato de Treinadores de Futebol, à formação de treinadores e ainda foi político, eleito como vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal de Lisboa.
Cumpriu o seu grande desejo que era acabar a vida no jornalismo desportivo. E assim foi. Faleceu no dia 25 de Agosto de 1986, poucas horas depois de escrever para o Jornal A Bola a crónica do jogo entre o CF Belenenses e o Rio Ave FC referente ao Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1986/87.
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ResponderEliminarCasa Pia AC, 1938/39
ResponderEliminarPos, Jogadores, Jogos, Minutos, Golos,
G Fernando de Sousa 12 1080 -42
G Armando Jorge 2 180 -14
D Pité 14 1260 0
D Frazão 13 1170 3
M Duartino 12 1080 0
M Correia 13 1170 0
M Zeferino 14 1260 0
A Vaz 2 180 0
A Carmo 8 720 0
A Marques 14 1260 1
A Pedro Santos 6 540 0
A Fernandes 3 270 0
A Louro 3 270 0
A Ramos Dias 14 1260 4
A Sérgio 11 990 0
A Costa Santos 13 1170 1
Casa Pia AC
ResponderEliminar(nomes completos)
FERNANDO Silva DE SOUSA 11/17/1911
ARMANDO JORGE
Mário José PITÉ 10/18/1912
Carlos Luz FRAZÃO 3/20/1918
DUARTINO Luz 8/2/1914
Eduardo CORREIA 2/28/1914
ZEFERINO
Fernando VAZ 5/8/1918
José dos Santos CARMO 1/5/1915
José Maria MARQUES 10/18/1912
PEDRO dos SANTOS
(Carlos Marques ?) Luis FERNANDES
LOURO
Manuel RAMOS DIAS 11/11/1916
SÉRGIO Duro Barbosa 12/20/1913
António Rui da COSTA SANTOS 9/18/1916
Treinador do Casa Pia AC de 1938/39 era o Ricardo Ornelas.
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ResponderEliminarO sr. Zé do Carmo foi muitos anos treindador principal e/ou adjunto da equipa principal do Casa Pia.
ResponderEliminarNa década de 80 ainda esteve vários anos como treinador principal.