Celton António Nunes nasceu na cidade de Belo Horizonte, no Brasil, em 21 de Novembro de 1945. Começou a jogar futebol oficialmente com 15 anos de idade, destacando-se na carreira que realizou no seu país natal a passagem pelo Cruzeiro de Belo Horizonte.
A Portugal chegou na temporada de 1973/74, já com 28 anos de idade e bastante experiência adquirida no futebol brasileiro, para reforçar a equipa do Gil Vicente FC, treinada pelo celebre Joaquim Meirim, a militar na 2ª Divisão Nacional, Zona Norte, onde havia uma verdadeira colónia de jogadores brasileiros.
(Equipa do Gil Vicente FC na época de 1973/74)
Realizou duas grandes temporadas ao serviço da turma de Barcelos nas épocas de 1973/74 e 1974/75 e, consequentemente, despertou o interesse e a cobiça de vários clubes do primeiro patamar nacional, entre eles, claro está, o Vitoria SC.
(Equipa do Gil Vicente FC na época de 1974/75)
O brasileiro Celton transferiu-se para o Vitoria SC ainda no decurso da temporada de 1975/76. Nesta época, com os vimaranenses sob o comando de Fernando Caiado, o defesa central apenas realizou 1 jogo no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
Na época seguinte, as expectativas sobre o brasileiro Celton foram crescendo, na medida em que era apontado como o sucessor do valioso capitão do Vitoria SC, o defesa central Rui Rodrigues, que deixou Guimarães para regressar à Académica de Coimbra.
(Ao fundo na imagem, desta feita no Estádio de Alvalade)
No início da temporada de 1976/77, o treinador do Vitoria SC, o português Fernando Caiado, apostou na titularidade de Celton, ao lado de Torres, no centro da defesa vimaranense.
A equipa do Vitoria SC andou sempre pela metade baixa da tabela classificativa nesta época de 1976/77, apenas garantindo matematicamente a manutenção num jogo decisivo frente ao Leixões SC no Estádio Municipal de Guimarães em que os vimaranenses venceram por 2-0, com ambos os tentos a ser apontados por Tito. O Vitoria SC terminaria a época numa tranquila 9ª posição da tabela geral do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
Efectivamente a temporada de 1976/77 não correu de feição às hostes vitorianas. Ao longo da época várias foram as alterações efectuadas na equipa principal com o intuito de alterar o rumo dos acontecimentos.
Um dos sacrificados pelos maus resultados foi precisamente o brasileiro Celton, atleta que nunca conseguiu afirmar-se e fazer esquecer o celebre Rui Rodrigues. Mais tarde, o centro da defesa vitoriana passou a ser composto na maioria das vezes por Torres e Ramalho, relegando Celton para o banco de suplentes.
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O defesa brasileiro Celton, era um central de marcação alto e muito forte. A sua fisionomia era realmente imponente, com um porte atlético impressionante e o seu estilo de jogo duro e incisivo.
Forte no jogo aéreo e implacável nas marcações individuais, Celton era, todavia, muito ruim tecnicamente. A sua forma de jogar assentava que nem uma luva ao futebol praticado nos pelados da 2ª Divisão Nacional, mas revelava algumas dificuldades em se impor no futebol mais técnico do primeiro escalão.
Certamente por isso, os clubes onde o brasileiro Celton teve maior sucesso foram nas suas passagens pelo segundo escalão do futebol português, onde efectivamente este impetuoso defesa central se destacava.
Em 1977/78 dá-se novamente o regresso do treinador Mário Wilson ao comando técnico da equipa do Vitoria SC. Celton mantém-se no plantel vimaranense, mas não muda a sua condição de suplente com o capitão Mário Wilson, situação que, alias, ate se agudizou com a contratação do defesa central Soares ao SC Beira Mar, já que p central brasileiro realizou menos jogos oficiais que na temporada anterior.
Na época de 1977/78, Celton apenas actuou em 8 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde o Vitoria SC foi o 6º classificado. O quarteto defensivo da formação vimaranense era formado, na maioria dos jogos, por Torres e Soares, no centro da defesa, e Alfredo e Ramalho nas faixas laterais daquele sector.
(Celton no relvado do Estádio Municipal de Guimarães)
(Ao fundo ao lado de Torres, enquanto Mario Wilson conversa com Romeu, durante um treino no Estadio Municipal de Guimarães)
(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1977/78)
(Equipa do Vitoria SC na época de 1977/78)
(No SL Benfica - Vitoria SC da temporada de 1977/78 no Estádio da Luz, Celton não consegue impedir o remate do jovem benfiquista Cavungui).
(FC Penafiel na temporada de 1979/80)
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(Celton com a camisola do FC Penafiel)
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(Equipa do FC Penafiel na época de 1979/80)
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(Celton no FC Penafiel na época de 1980/81)
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Depois de uma temporada histórica em Guimarães, os espectativas estão altas. Mas com o Vitória a pisar os calcanhares aos três clubes que dominam o futebol português desde sempre, o clube torna-se um alvo apetecível de apitos, sistemas e esquemas afins.
ResponderEliminarEste blog nasce com o contributo de três bloguers vimaranenses e vitorianos. O nosso objectivo será, durante o próximo campeonato, dissecar online o tema mais discutido do futebol nacional: as arbitragens.
Serão 30 semanas de actividade, analisando os encontros do Vitória. Por aqui vão também passar as noticias da semana no que à arbitragem nacional diz respeito e algumas das novidades internacionais acerca da integração de novas tecnologias, mudanças de regras, etc. No final de cada semana, vamos fazer as contas entre o "deve e o haver" dos jogos do Vitória.
Para que no fim possamos fazer todas contas - com rigor e seriedade.
Visitem www.contabilidadeorganizada.blogspot.com
Parabéns pela página dedicada ao Celton!! Ficou perfeita!
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