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(Em 1993/94 no SC Farense)
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(Equipa do SC Farense na temporada de 1993/94)
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No final da época de 1993/94 o guarda-redes Brassard deixou o Vitoria regressando ao SL Benfica no final do contrato de empréstimo de uma temporada. Para a época de 1994/95 foi contratado o internacional brasileiro Zé Carlos que assim integraria o plantel do Vitoria às ordens do mister Quinito onde já se encontrava os guarda-redes portugueses Madureira e o jovem Nuno Espírito Santo.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1994/95)
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À partida, Zé Carlos seria o guarda-redes principal do Vitoria. E assim foi, Zé Carlos começou como titular na baliza do Vitoria. Todavia, à 10ª jornada, depois de uma derrota do Vitoria no Estádio das Antas frente ao FC Porto por 3-0, Quinito decidiu dar uma oportunidade a Madureira que assim foi o titular no encontro da semana seguinte frente ao Gil Vicente FC.
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Todavia, o azar haveria de bater à porta do português Madureira que nesse encontro frente aos gilistas se lesionou com gravidade, sendo substituído pelo jovem Nuno que era assim lançado na baliza do Vitoria.
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(No Vitoria SC na temporada de 1994/95)
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Zé Carlos regressou à baliza do Vitoria na 12ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão num empate dos vimaranenses em Chaves, frente ao Desportivo local por 1-1. Porem, também Zé Carlos foi vítima do azar e à 15ª jornada no Estádio do Restelo, já perto do final do encontro entre o Vitoria e o CF Belenenses, lesionou-se também com gravidade cedendo o seu lugar a Nuno.
A partir de então, Nuno foi o dono da baliza do Vitoria. Zé Carlos ainda regressaria à 22ª jornada para realizar aquele que seria o último jogo do internacional brasileiro com a camisola do Vitoria de Guimarães. Esse jogo correu muito mal a Zé Carlos. Apesar de o Vitoria ter vencido o encontro frente ao Beira Mar em Aveiro por 2-3, o guarda redes do Vitoria foi o evidente culpado nos dois lances dos golos aveirenses.
Caracteristicamente, Zé Carlos era um guarda-redes alto, com uma excelente envergadura, bons reflexos e uma elasticidade assinalável. Se em Faro foi um guarda-redes das defesas impossíveis, ágil e seguro e onde a regularidade era o seu toque essencial, já em Guimarães, revelou muita lentidão nos movimentos e dificuldades no jogo aéreo.
Pelo Vitoria estreou-se oficialmente na 1ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1994/95 no Estádio Municipal de Guimarães num encontro entre o Vitoria e o Boavista FC, em que os vimaranenses venceram por 2-0 com golos de Pedro Barbosa e Pedro Martins.
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Pelo Vitoria contabilizou assim 15 jogos no Campeonato Nacional, sendo que Madureira, com 1 jogo realizado e Nuno com 20 jogos, foram os outros guarda-redes utilizados pelo Vitoria Sport Clube. Manifestamente, não foi ao serviço do Vitoria um guarda-redes feliz e por esse facto não viu renovado o contrato que o ligava ao conjunto da cidade berço.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1994/95)
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Na época seguinte ainda permaneceu em Portugal para representar o FC Felgueiras que acabava de subir à 1ª Divisão Nacional. No FC Felgueiras, apesar de ostentar o n.º 12, foi o guarda-redes principal, tendo como suplente Lopes, também ele um ex jogador do Vitoria.
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A equipa felgueirense, treinada por Jorge Jesus e onde a principal estrela era Sérgio Conceição, não conseguiu resistir ao poderio dos adversários e acabou por ser relegada novamente à 2ª Divisão de Honra no final da época de 1995/96.
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(Zé Carlos no FC Felgueiras)
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(Equipa do FC Felgueiras na temporada de 1995/96)
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Zé Carlos que alinhou em 26 jogos oficias no Nacional maior pelo FC Felgueiras, fez a sua estreia na 1ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1995/96 no Estádio Dr. Machado de Matos em Felgueiras, no desafio que terminou empatado 2-2 entre o FC Felgueiras e o GD Chaves.
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(No FC Felgueiras na época de 1995/96)
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(Plantel do FC Felgueiras na temporada de 1995/96)
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(Com a camisola do FC Felgueiras na temporada de 1995/96)
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No final da época em Portugal, retornou ao Brasil para realizar o 2º semestre do ano de 1996 ao serviço do CR Flamengo, o principal clube da sua historia, onde ainda conquistou o Campeonato Estadual Carioca, a Taça da Cidade do Rio de Janeiro e a Copa Guanabara, todos no ano de 1996.
Foi nesta altura que adicionaria um elemento histórico importante na sua carreira de jogador do CR Flamengo. Aos assinaláveis 352 efectuados com a camisola do popular clube da Gávea, Zé Carlos adicionou a obtenção de um golo num jogo de carácter oficial.
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Ocorreu no dia 27/02/1997 no Estádio Vivaldo Lima em Manaus. Defrontavam-se o Nacional e o CR Flamengo para a Copa do Brasil. A um minuto do final do encontro, já o mengão vencia por 2-5, quando o árbitro assinalou uma grande penalidade a favor do conjunto da cidade do Rio de Janeiro. Zé Carlos, que foi o guarda-redes do CR Flamengo nesse encontro foi desafiado pelos companheiros a converter o castigo máximo, o que conseguiu, vencendo assim o encontro por 2-6, com o guardião internacional brasileiro, naquela altura com 35 anos de idade, a apontar o único golo oficial da sua carreira.
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(Equipa do CR Flamengo na temporada de 1996)
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Neste regresso ao CR Flamengo, o guardião Zé Carlos apenas permanceu por um ano já que no segundo semestre do ano de 1997 seguiu para a Bahia para representar o Vitoria da Bahia no Campeonato Nacional.
Seguiu-se na sua carreira as formações do Esporte Clube XV de Novembro da cidade de Piracicaba no interior do Estado de S. Paulo onde disputou o estadual paulista de 1999. Mais tarde representou o América do Rio de Janeiro onde jogaria o Campeonato Nacional da 1999.
O seu último clube como jogador de futebol foi o Tubarão FC, clube da cidade de Tubarão no Estado de Santa Catarina no Brasil, onde em 2000 ainda venceu o Torneio Selectivo Catarinense de 2000.
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Depois de encerrar a notável carreira de jogador profissional, Zé Carlos permanece ligado ao futebol, nomeadamente, como supervisor desportivo no América do Rio de Janeiro.